Capítulo 29

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13 de Abril de 2020

Acordei aborrecida, não sabia que isso era possível, mas não tinha nada para fazer —e também não tinha vontade para fazer nada em específico

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Acordei aborrecida, não sabia que isso era possível, mas não tinha nada para fazer —e também não tinha vontade para fazer nada em específico. Tenho mais três meses de licença de maternidade e estou a aproveitar estes momentos com os meus filhos mas nem a presença deles no quarto ao lado me dá ideias de como me entreter.

Viro-me umas quantas vezes na cama, na esperança de voltar a dormir mas o sono não chega. Olhei para o relógio que marcava 8:47. Com um suspiro, levanto-me e caminho para a casa de banho onde escovo os dentes, penteio o cabelo e faço o resto da minha higiene com calma. Os meninos ainda estavam a dormir.

O meu telemóvel vibra da mesinha de cabeceira e até a minha cabeça treme com isso. Hoje não estou mesmo com vontade de fazer nada.

"Estou?" Bocejo.

"Acordei-te?" Delilah pergunta.

"Não, mas ainda tenho sono." Ri-me levemente. "Está tudo bem?" Pergunto.

Caminho pelo quarto à procura de algo para vestir e decido pelas típicas calças de fato de treino e uma sweater do Louis. Adoro esta camisola, é o mesmo tom dos seus olhos e— ugh, apenas adoro a camisola e não há um explicação lógica.

"O Sam foi fazer uma reportagem e eu estou sozinha por isso estava a pensar se podia passar o dia contigo?" Perguntou.

"Não tens aulas?" Coloquei o telemóvel entre o ombro e o meu ouvido enquanto vestia as calças.

"Tive uma consulta e por isso uma colega está a substituir-me." Ela retruca.

Franzi o sobrolho. "Está tudo bem?"

"Sim, não te preocupes. Foi só algo de rotina." Ela esclarece. "Mesmo assim, ainda tenho a esperança que ela me diga que se enganou e que afinal posso ter filhos." Murmura.

"Delilah," suspiro, "não te tortures dessa forma."

"Eu sei." Ela suspira. "Seja como for, eu só estou a ligar porque acabei de sair do consultório e não me apetece ir para casa. Pediram-me para preparar uma peça de teatro para fazer com os miúdos nas férias da Páscoa."

"A sério?"

"Sim," ela grunhe, "por causa dos pais, ele despediram a única professora de teatro para poderem contratar um professor de ginástica."

"São crianças de infantário." Defendo. "Eles lá querem saber de ginástica."

"Eu sei! Mas numa das reuniões de pais, eles queixaram-se que os filhos deviam ter uma melhor alimentação na escola e mais atividades físicas."

Eu reviro os olhos. Os pais de hoje acham que a escola é que tem de resolver todos os problemas.

O Bentley ainda não vai para o jardim-infância, simplesmente deixo-o no infantário —exceto agora que estou de licença e posso estar a cuidar dele. Nem mesmo com dois filhos me consigo despegar do papel de mãe-galinha. Eu gosto de os ter perto de mim e, se pudesse, levava-os comigo para a sala de aula —ainda me custa deixar o Bentley no infantário quando vou trabalhar e ele já tem quase dois anos.

Truly Madly Deeply ● Louis Tomlinson AUOnde histórias criam vida. Descubra agora