Capítulo 30

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02 de Dezembro de 2020

Depois de todos estes anos, mesmo com os filhos, a minha rotina é mesmo esta —casa, trabalho e ocasionalmente aeroporto

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Depois de todos estes anos, mesmo com os filhos, a minha rotina é mesmo esta —casa, trabalho e ocasionalmente aeroporto. Não há como falhar, é certo como um relógio. E irei odiar para sempre este aeroporto mas também irei amá-lo pelas razões certas.

"Mamã, onde está o Pai?" Bentley pergunta agarrando a bainha da minha camisola.

"Ele já vem, fofinho." Falei enquanto segurava Chris nos braços. O meu filho mais novo estava divertido a brincar com uma mexa do meu cabelo.

O aeroporto despertou-me a familiar sensação de déjà vu. Bentley estava de pé e olhava para todos os lados à procura da figura familiar que ainda não tinha chegado. No meu colo, Chris começou a balbuciar uns sons que podiam ser palavras mas ainda não eram bem formuladas.

"Eu quero o Pai." Bentley choramingou e olhou para mim, os seus olhos azuis estavam a formar algumas lágrimas.

"Benny, não chores." Pedi. "O Pai já vem, sim? Espera só mais um bocadinho, por favor." Tentei tranquilizar o menino de dois anos e meio mas ele parecia não querer e uma lágrima escapou-lhe do olho.

Partia-me o coração vê-lo assim. Ele olhava para o chão, fungando de vez em quando e brincava com os pés no linóleo. Eu não podia fazer nada, não podia obrigar ninguém a aterrar o avião apesar de ser essa a minha vontade. O Bentley ainda é demasiado novo para perceber o conceito de 'esperar'.

"Ele já chegou?" Olhei para cima e vi Carter a ofegar.

"Car!" Bentley grita e corre para o homem de cabelo preto abraçando-lhe as pernas. "O Pai não está."

"Ainda não aterrou?" Olhou para mim.

Acenei com a cabeça. "Estão a desimpedir a pista de aterragem, houve uma confusão com os horários dos voos." Expliquei o que a recepcionista me tinha informado. "O que fazes aqui?"

"Queria vir recebê-lo. Já não o vejo há meses e hoje tinha o dia livre, finalmente." Sorriu e sentou-se a meu lado com Bentley no seu colo. "Ele está mesmo entusiasmado."

"A quem o dizes." Suspirei. "Já perguntou mais de cinco vezes pelo Louis."

Carter e eu iniciamos uma conversa sobre a sua carreira, sobre a sua namorada e como ele ainda não a pediu em casamento. Eu acho que ele tem medo da rejeição mas qual é o homem que não tem?

Quando a voz computadorizada soou pelos altifalantes, Bentley saltou do colo de Carter e olhava freneticamente para todos os lados. Eu e o meu amigo rimo-nos da sua atitude e levantamo-nos, Chris continuava seguro nos meus braços.

"PAI!" Logo a seguir, Ben saiu disparado pelo átrio. Louis estava na outra ponta do átrio à saída da porta de desembarque, com um sorriso no rosto e agachou-se de braços abertos para o menino que se atirou a ele.

Truly Madly Deeply ● Louis Tomlinson AUOnde histórias criam vida. Descubra agora