Capítulo 08

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14 de Dezembro de 2016

O sol espreitou pelos cortinados cumprimentado a pele nua das minhas costas

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O sol espreitou pelos cortinados cumprimentado a pele nua das minhas costas. Sentia-me num estado de espírito tão relaxado e feliz —estava abraçada ao homem que mais amo neste mundo. Soube bem voltar a ter alguma segurança.

Virei-me cuidadosamente nos seus braços e pousei o queixo no seu peito, memorizando novamente o seu rosto. Os seus olhos azuis estavam fechados, as pestanas levemente pousadas no topo das bochechas, o cabelo castanho despenteado e os lábios entreabertos. O seu leve ressonar era o único som que enchia o quarto. Conseguia sentir o bater estável do seu coração sob a palma da mão.

Parecia que estava a sonhar, tinha medo de fazer algum movimento e acordar para a realidade mas a forma com os seus braços agarravam o meu corpo eram prova suficiente para saber que isto é a vida real e ele está mesmo aqui, nos meus braços novamente. Era como se nada tivesse mudado.

Afastei-me dele cuidadosamente e desenlacei as nossas pernas. Vesti a minha roupa interior e peguei numa t-shirt sua. Assim que me levantei, senti uma dor aguda que me fez agarrar à mesinha de cabeceira, e logo foi substituída por um desconforto na minha zona íntima.

Não esperava que doesse tanto. Se calhar devia sentir alguma vergonha por ter perdido a minha virgindade com 25 anos mas não me arrependo de ter esperado por um homem como o Louis.

Em sua defesa, ele esteve mais de dois anos fora e eu, sendo sua namorada mas muito inexperiente, tentei dar-lhe o melhor prazer que pude. Devo dizer que este homem tem tanta energia como os coelhos, pensei. Mas ele foi carinhoso e teve paciência —e muito controlo— comigo, ele fez o melhor que pôde para me deixar confortável.

Enquanto caminhava para a cozinha olhei para o apartamento com outros olhos. Parecia ter ganho uma outra vida com a chegada do Louis, mais iluminado —ou pelo menos é que parece— mas sinto um vazio. Como se faltasse alguma coisa, se calhar um cão para nos levar à loucura ou um bebé—

O quê? Ainda agora deixei o clube das virgens, por alma de quem é que pensei num bebé? E o Louis acabou de voltar depois de dois anos longe! Nós ainda temos muito para falar, temos de estabelecer a nossa relação primeiro.

Porque é que eu estou a pensar num bebé?

"Isso é uma boa pergunta." Uma voz rouca e ensonada soou atrás de mim fazendo o meu coração cair no estômago.

"Eu falei em voz alta?" Virei-me lentamente para encarar o homem de boxers encostado à ombreira da porta da cozinha; tinha o sobrolho arqueado, braços cruzados sobre o peito e estava a fazer um enorme esforço para não se rir mas apesar de tudo os seus olhos azuis estavam um pouco pálidos —aquilo era tristeza. Ele apenas acenou com a cabeça.

Senti as minhas bochechas a arder e desviei o olhar para o chão enquanto brincava com a bainha da t-shirt que tinha vestida.

"Queres um?"

Truly Madly Deeply ● Louis Tomlinson AUOnde histórias criam vida. Descubra agora