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Depois de cinco anos sem interação com as outras pessoas, meus sentimentos que me tornam humana estão quase sumindo, poucas coisas me fazem sorrir, rir então nunca, me sentir triste, com raiva, é muito difícil, atração por outra pessoa então eu diria impossível. Mas depois de me encontrar mais quatro vezes naquele mês com aquele cara, ele conseguiu me fazer sorrir.

> Por que não querer saber meu nome?

Zero: faz diferença para você?

> Um pouco, pelo menos sinto que não estou saindo com uma assassina.

Zero: não está.

> Por que usa o cabelo em frente ao olho?

Zero: está fazendo tantas perguntas esta noite.

> Desculpa, é que você é tão fechada.

Zero: é melhor assim.

Naquele dia eu percebi que ele queria saber mais coisas, como o lugar onde eu morava, se eu saída de dia, foi bem estranho.

***

No outro mês, fui por uma semana naquele lugar, não vi mais ele, a garçonete disse que ele foi embora, pela primeira vez me senti, bom, não sei, sozinha. Mas o que eu estava pensando? E assim um mês se passou. Naquela manhã desci para o subsolo, e entrei na sala de tiros, cada tiro feito com maestria de certo no alvo. Ouvi batidas no vidros da sala, abaixeia arma e olhei para trás.

Simon: você está bem?

Zero: sim.

Simon: está atirando bem.

Zero: estou treinando a cinco anos pai.

Criei o hábito de chamá-lo de pai, ele era tudo o que eu tinha e eu era tudo o que ele tinha, as vezes eu o encontrava dormindo no sofá da sala com a foto da mulher e da filha no peito, sempre pego ele no colo e o levo para o seu quarto.

Simon: eu tenho alguns robôs que concertei, programei eles para lutarem igual a você, quer se alto desafiar?

Zero: posso quebrar a cabeça deles só com uma mão, mas, é bom para a agilidade.

Caminhamos para a sala de treinamento, ele fechou todas ar portas de seguranças necessárias e eu fui para o centro da sala.

Simon: está me escutando?

Zero: em alto e bom som?

Simon: que tal cinquenta para começar?

Zero: qual é pai.

Simon: ok então, cento e cinquenta só para você aquecer.

Zero: manda bala eu estou pronta.

O compartimento foi abrindo, os robôs foram aparecendo alinhados um atrás do outro como um pelotão, respirei fundo, fechei os punhos e deixei rolar.

***

Depois de um banho, eu estava em frente a penteadeira do meu quarto penteando meu cabelo, de repente ouvi a TV alta, e Simon começou a me chamar.

Simon: ZERO! ZERO! Filha corre aqui.

Cheguei lá em baixo em segundos e ele estava catatônico em frente a TV.

Simon: olha, está em todos os canais, olha.

Imagens de aéreas de explosões e tiroteio estava em todos os noticiários.

>> Estamos aqui em frente ao que parece um cenário de guerra, uma base militar do distrito 24 foi atacada por um grupo de terrorista que ainda parece ser desconhecido, o maior problema parece ser que os meliantes atacaram pelo que parece com uma nova tecnologia, mais forte e mais potente do que as que os nossos soldados, armados com as armas criadas pelo General Andres. Pelo que tudo indica é que há soldados baleados entre a troca de fogo, o reforço parece não conseguir penetrar na área de conflito, os momentos são de aflição. <<

Simon: viu!

Zero: eu sei.

Simon: ele vai ligar.

Zero: pai eu acho que ele não vai ligar.

Simon: Zero olha isso, soldados sendo feridos, uma tecnologia que eles desconhecem.

Zero: e se essa tecnologia for mais forte que eu?

Simon: nada e mais forte que você Zero!! Nada! Eu passei noites e noites acordado para me certificar disso. Então eu sei que ele vai ligar.

Ele pegou o celular dele, colocou na mesa de centro na sala, se sentou cruzou os braços e ficou olhando fixamente, eu me sentei na poltrona olhando para o noticiário e tudo parecia piorar ainda mais, cenas rápidas mostraram que eles tinham uma espécie de robô ou coisa parecida.

Zero: pai...

Simon: ele vai ligar menina!

Os minutos foram passando e nada...

Meu sono foi chegando, meu corpo foi relaxando na poltrona, minha visão foi ficando pesada, analisei Simon e os batimentos dele estava em cento e doze, a respiração acelerada.

De repente o celular dele tocou, ele ficou de pé no mesmo momento e saltei na poltrona, e em vez de atender ele ficou parado olhando.

Zero: atende homem!

Ele saiu do choque e pegou o celu
lar.

Simon: Simon falando...boa noite General....

Ele disse olhando para mim e o motivo pelo qual ele me criou, os cinco anos de espera, tudo absolutamente tudo ganharia sentido.

***

Fomos levados por um helicóptero as presas para o local de combate, o General demorou um pouco para sair da cabine do piloto e eu estava sentindo algo estranho no ar. Os soldados que estavam lá dentro me olhavam assustados, Simon arrumava o traje que ele tinha feito especialmente pra mim com um capacete. Então ele saiu, um homem alto, negro, extremamente musculoso, com barba e cabelo branco olhando para a mim como se eu fosse um rato de esgoto dentro da operação dele.

Andres: senhor Simon, quero deixar claro que isso só esta acontecendo por estarmos em condições desesperadoras e a vida dos meus soldados esta em risco.

Simon: eu entendo eu...

Andres: eu ainda não terminei de falar. Com tudo quero que essa...coisa...

Ele disse olhando fixamente para mim e logo depois voltou olhando para Simon, ele falava em um tom ameaçador, de repente eu comecei a me sentir irritada, eu não era uma pessoa ruim e com certeza não iria deslizar para o lado do mal, sabendo que o poder que tenho vai vingar a morte da minha mãe, mas naquele momento que vi ele ameaçando o homem que me salvou sendo que era ele que precisava de ajuda, me deixou irritada.

Andres: deve seguir minhas ordens sem questionar, os alvos estão separados aqui, aqui, e aqui. Iremos pousar aqui e sua coisa deverá começar por...

Zero: Zero!

Andres: o que?

Zero: meu nome é Zero.

Andres: a coisa tem nome...ok Zero.

Zero: olha vamos parar com a palhaçada.

Fiquei de pé e todos apontaram as armas para mim, Andres não móvel um musculo mas vi seus batimentos cardíacos aumentarem.

Zero: eu não quero sua...simpatia, não preciso disso, estou aqui para ajudar a salvar as pessoas, coisa que vocês não estão conseguindo fazer, agora se vamos fazer isso é preciso que você confie em mim, pois isso aqui...

Peguei uma arma esmaguei ela com a mão, os soldados em volta foram abaixando um de cada vez as armas apontadas para mim.

Zero: não vai funcionar em mim, se eu quisesse fazer mal a vocês eu já teria matado todo o seu pelotão, derrubado esse helicóptero e saído andado da explosão. Então, podemos trabalhar juntos General Andres? Para o bem dos seus soldados e de todos os moradores desse distrito?

Ele engoliu seco, e confirmou com a cabeça.

Zero: ótimo, agora cancele o pouso e me avise quando chegarmos, eu saltarei do helicóptero. Pode me contar o que sabe sobre o ataque até agora?

Andres: sim. Tragam a planta do local.

Zero: obrigado.

_ZERO_Onde histórias criam vida. Descubra agora