Capitulo 3: Flechas de Luz!

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Momentos antes. Do outro lado da floresta.

Era fim da tarde e os trovões anunciavam a chegada de uma forte chuva, o vento começava a ficar mais forte e gelado principalmente naquele lugar. Um pequeno desfiladeiro com alguns metros de altura e que ficava a beira do mar, em volta havia uma extensa floresta e mais ao lado havia uma entrada para uma caverna.

As águas do mar batiam nas rochas em baixo com total violência que se alguém ousasse navegar naquele instante, muito provavelmente sofreria as consequências. Após alguns minutos a chuva começou primeiramente fraca, mas conforme o tempo foi passando a chuva aumentou cada vez mais.

Perto da entrada da floresta dentro da caverna, uma mulher de aproximadamente 25 anos, com cabelos pretos com mechas avermelhadas se protegia da chuva, usava uma roupa vermelha, botas pretas e luvas nas mãos. Kim Bora ou SuA como era conhecida pelas colegas de equipe estava atenta esperando a chuva passar para poder seguir caminho pela floresta.

Bora havia acordado a beira do desfiladeiro e por muito pouco não caiu nas águas logo abaixo, aparentemente a mulher estava sem ferimentos graves, porém Bora não fazia ideia de como havia parado ali, suas memórias estavam um tanto confusas em relação ao assunto.

A chuva havia apertado cada vez mais e a visibilidade era pouca, a caverna onde estava era úmida e escura, sendo iluminada apenas pelos relâmpagos que caiam do lado de fora, a água da chuva entrava no local graças à força do vento, porém Bora estava em um ponto onde não poderia se molhar tão facilmente.

A mulher estava preocupada não só com o lugar onde estava, mas também com suas amigas. Bora gostaria mais do que tudo encontra-las o mais rápido possível e assim resolver esse misterioso enigma sobre sua localização atual.

Após vários minutos de espera a chuva não parecia que daria uma trégua tão rapidamente. Bora estava um tanto impaciente e decidiu seguir caminho, porém de outra maneira.

A mulher notou que a caverna onde estava possuía uma passagem para o subterrâneo, mas antes de seguir caminho Bora decidiu que precisava de iluminação.

Com sua mão direita criou uma flecha de luz de uma cor azul que iluminava o local a sua volta por cerca de três metros, essa era sua habilidade, criar um arco e flechas de energia. Bora era conhecida por suas colegas de time como uma boa arqueira, costumava acertar seus alvos com cerca de 90% de precisão a cada disparo.

Como não conhecia o lugar Bora criou também seu arco e preparou a flecha para disparar caso visse algo que ameaçasse sua segurança. Com passos calmos e lentos caminhando com cuidado pela caverna úmida Bora notou que estava descendo mais para o subsolo, porém depois de alguns instantes o caminho ficou reto.

Bora engoliu seco e caminhou pela caverna, no alto a mulher notou algumas estalactites no teto por onde água pingava formando pequenas poças no chão que em algumas partes era lamacento. Tudo estava em silêncio total, o barulho da chuva do lado de fora nem era mais ouvido, Bora então percebeu que já estava bem fundo na caverna, porém ainda não havia encontrado nada de muito relevante.

As gotas de água caindo por muitas vezes a deixaram assustada e ainda mais atenta, sozinha com uma arma em mãos, vagando por um lugar desconhecido, Bora não poderia sequer imaginar o que poderia vir a lhe acontecer naquele espaço. Após vários minutos de uma caminhada lenta a mulher se viu diante de dois caminhos, um levava sua direita e o outro para o lado oposto.

Bora pensou um pouco antes de decidir qual caminho seguir e então apontou sua flecha para a esquerda a disparando em seguida. A flecha percorreu a distância em pouco tempo iluminando tudo a sua volta e parando ao bater em uma parede. Bora notou que havia mais um caminho a se seguir, porém antes de vasculhar o local decidiu fazer o mesmo do outro lado.

The Seven Dreamers: DystopiaOnde histórias criam vida. Descubra agora