35 - Atos de Amor (e Atlantis, de novo!)

4.4K 660 265
                                    

Alexandre topou

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Alexandre topou. Sem questionamentos.

Ele não disse absolutamente nada. Nem pediu exatamente mais detalhes sobre o que faria lá. Alexandre simplesmente topou. Não só fez isso como pagou o almoço, o que prova muito bem o que sua aparência de engomadinho diz. Mas o problema gigantesco está em algo que não parece ser a única nem a melhor solução, mas que anima as garotas a me ajudarem. Rebecca pediu emprestado uma lace da mãe dela. Uma lace tão preciosa que foi a mãe dela que veio com os braços cruzados fazer uma discussão sobre o preço e que em hipótese nenhuma deveria fazer qualquer tipo de destruição, por menor que seja.

Sim, eu também prometi que iria pagar, mesmo tendo absoluta certeza que não, eu não tenho dinheiro para pagar algo com fios humanos e que soa tão real que me sinto como se tivesse uma pessoa acima de mim.

Exagero. Rebecca não sabe colocar então é Eos que faz o procedimento. Ela prende meu cabelo, de um jeito que nada fique saindo do lugar e usa uma touca que Morgana conseguiu. A animação de Morgana me maquiando é tão grande que duvido que isso seja realmente necessário e que não esteja sendo usada de cobaia. Tipo, parando pra pensar, eu não sou a única garota de cabelo verde e teria passado despercebida.

Mas óbvio que ninguém topou simplesmente ir.

Eos cobriu minhas sardas. Morgana passou batom e rímel. É como um programa de televisão em que vai puxar uma cortina dizendo como ela mudou. E será drasticamente.

A peruca é extensa. Ondulada. Um tom de castanho claro, bem mais que o meu tom natural. Mesmo assim, soa natural e em um encaixe em mim. Quando olho no espelho, é como se eu estivesse no corpo de outra pessoa. Se eu sorrir, os dentes separados me lembrarão quem sou. Meu caminhar também lembrará quem eu sou. Mas tirando os pequenos detalhes, sou alguém diferente.

E o que visto é a típica vestimenta de alguém que acabou de sair de uma festa em um barco caro. E elas são de Sue, a ainda namorada do meu pai.

— Vocês querem um lanchinho? — meu pai pergunta, tirando os fones de ouvido e virando o rosto de onde está, com o computador.

— Tô bonita, pai?

— Natural, minha filha é melhor — retruca enquanto Morgana e Eos negam.

É uma mentira. É óbvio que estou mais bonita agora, com esse cabelo falso e esse rosto que está quase pesando. Mesmo que, sendo sincera, eu prefira me olhar no espelho sem tudo isso.

— Esse porte de modelo. — Sue diz, sorridente. — Não que já não tivesse, mas aqui... produzida, tá incrível.

— Estou sentindo que se me empurrarem, isso tudo vai cair. Tipo, eu virar pedacinhos.

— Você está básica, Gênesis.

Básica. Básica. Uma lace, base por todo canto e uma roupa que eu nunca usaria. Céus, eu nem quero ver como essa base se comporta no calor.

A Origem de GênesisOnde histórias criam vida. Descubra agora