Gênesis tinha vários objetivos para o seu ensino médio, bem organizados em uma to do list. Só que alguns, em especial, eram mais importantes. Primeiro, entraria para o tão sonhado grupo de cheerleaders Furiosas do colégio Quartzo. Segundo, ficaria b...
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A conversa não aconteceu.
Ele disse, mas eu esperei e esperei. Nada. Em contrapartida, estou sem jeito de pedir desculpas para Pandora porque ela está com uma mancha roxa no rosto e porque ela não quer mais falar comigo. Sim, ela não quer mais falar comigo. Ainda não entendi como em tanto pouco tempo o jogo virou dessa forma. A diferença é que não vou atrás dela como ela fez. Quer dizer, por que estou me sentindo culpada se ela já fez merda e nunca pediu desculpas?
Não acertar meu rosto, mas...
Comecei a odiar ainda mais aulas de educação física. Principalmente quando elas não são no dia certo. E também decidi continuar me atrasando. Ela não fala comigo, mas corre comigo. Esse é o máximo. Ela corre, a uma distância considerável de mim, e não diz uma única palavra das suas brincadeirinhas. E tem um elefante na minha cabeça. Um elefante pesado. Não sou uma idiota e entendi que a machuquei. É tão óbvio. Tudo fica escancarado nela. Eu queria por um segundo ser uma péssima amiga e não conhecê-la bem o suficiente para entender que não foi uma simples chateação. Não a entendo. Não poderia. Mas acho que está acima de apenas se chatear.
Nós ainda somos as últimas a entrar no vestiário. Pandora está suando de cabo à rabo. O peito dela está disparado quando ela se encosta na parede, retomando fôlego. Eu me sento em um dos bancos, quase tão cansada quanto ela. As garotas ao nosso redor já estão passando desodorante e vestindo as camisetas. A gente está suada.
