Eu continuo me sentando em um lugar ruim e que me faz não conseguir ver bem o quadro, mas dessa vez estou evitando de todas as formas olhar para o lado, onde Pandora está. Primeiro, não preciso estar com raiva sem que seja extremamente necessário. Segundo, eu não vou falar com alguém que não admite seu erro. Ponto. Talvez o defeito disso tudo tenha sido ela não admitir o que fez e se emaranhar em mentiras irreais demais para alguém acreditar. Tenho um coração mole demais e quase estava caindo na dela, me esquecendo que ela não faria o mesmo por mim. Na verdade, acho que ninguém faria o mesmo por mim.
Por exemplo, se fosse eu quem tivesse a abandonado na porta de um cinema, ela ainda falaria comigo? Se fosse eu que tivesse a ignorado por dias, falaria comigo? Ela me ajudaria se eu estivesse indo mal? Pandora forçaria a barra de um amizade quebrada, se a culpa fosse minha?
É esse o ponto. E ela não enxerga.
Queria que por um minuto ela enxergasse isso. Não porque quero sua amizade de volta, é só que, se ela percebesse, entenderia o quão babaca é sua aproximação e o quão estúpido é me colocar em uma situação como essa. De novo. Não consigo parar de pensar nisso. Ótimo.
Estou fitando esse maldito docinho em formato de gato tentando pensar em uma forma de comer sem destroçá-lo. Provavelmente não estou aproveitando bem minhas amizades ou sou uma péssima amiga, já que estou me sentindo sozinha. Muito sozinha. A ponto de estar na Pão de Ló com pena de um doce de goiaba em formato de gatinho fofo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Origem de Gênesis
Teen FictionGênesis tinha vários objetivos para o seu ensino médio, bem organizados em uma to do list. Só que alguns, em especial, eram mais importantes. Primeiro, entraria para o tão sonhado grupo de cheerleaders Furiosas do colégio Quartzo. Segundo, ficaria b...