Maldita Pandora e sua manipulação inconsciente.
Ou talvez ela saiba. Tudo premeditado. Estou levemente ansiosa, olhando o calendário completo de provas, enquanto vejo quanto tempo eu tenho para bolar um plano que não me envolva necessariamente. Eu me mudei para o fundo da sala, ignorando que odeio o barulho e que não consigo enxergar direito o quadro. E, mesmo que agora tenha percebido um lugar vago ao lado de Ana e Cecília, não vou me meter lá. Muito menos vou voltar a me sentar ao lado de Pandora. Daqui, bem longe, dá pra notar muito bem o motivo para ela ir mal.
Ela não consegue focar nem um pouco na aula. Presta um pouco de atenção, depois cochila. Às vezes, alguns rabiscos no caderno. Não estou olhando de propósito é que, enquanto não tenho uma visão legal do quadro, tenho uma privilegiada de Pandora. E, mesmo que não esteja fazendo nada, sempre que Will a cutuca e diz algo, sua resposta é uma careta e um pedido de silêncio. Ou uma resposta rápida, antes de fingir uma atenção no quadro por quinze minutos. Tipo isso.
Mas boa parte do tempo ela está fingindo que está acordada quando está claramente cochilando encostada na parede. Com os lábios semiabertos e quase babando. Que nojento, Pandora. Que nojento.
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A Origem de Gênesis
Teen FictionGênesis tinha vários objetivos para o seu ensino médio, bem organizados em uma to do list. Só que alguns, em especial, eram mais importantes. Primeiro, entraria para o tão sonhado grupo de cheerleaders Furiosas do colégio Quartzo. Segundo, ficaria b...