Consequências

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JAKE

Acordei com um dor de cabeça horrível, abri meus olhos com dificuldade tentando reconhecer o lugar que eu estava. Não era a casa do Davie, onde eu geralmente acordava depois de uma festa, acho que ontem exagerei na bebida mais do que devia. Tentei me lembrar dos acontecimentos, mas minha mente estava vaga, a única coisa que eu lembrava era de ter ido na festa com a Layle, e depois o pessoal me chamar pra virar uma garrafa de vodca. Não deveria ter aceitado.

Eu estava só de calça e sem camisa, procurei por minha camisa, mas não achei. Tinha uma estranha familiaridade naquele lugar, sai do quarto e fui em direção ao que eu acreditava ser a cozinha, uma foto na parede me chamou a atenção, era a...

- Layle?

Olhei a casa mais uma vez, eu estava no apartamento da Layle? Como eu fui parar lá? No balcão da cozinha tinha um bilhete com a caligrafia impecável da Layle:

"Tive que sair cedo, tem comida no micro-ondas e remédio pra dor de cabeça (que provavelmente você vai tá sentido quando acordar) na segunda gaveta no armário. A chave do carro em cima da mesinha na sala. Tranque a porta quando sair, pode entregar a chave ao porteiro.
Layle."

- Caramba, o que aconteceu aqui?

Comi a comida e tomei o remédio que Layle havia deixado e voltei pro quarto pra procurar minha camisa, depois de olhar em todos os cantos encontrei ela em um cabide no banheiro. O que significava que eu havia tomado banho ali, cada vez eu ficava mais confuso.

Olhei em um relógio que estava na cabeceira da cama, já era perto das onze horas, decidi mandar uma mensagem pra minha mãe, antes de ir pra casa iria atrás da Layle. Se tinha alguém que sabia o que aconteceu foi ela, ao menos que ela também estivesse bêbada de mais pra lembrar, não, Layle não faria isso, ou será que faria?

Estava super confuso, cada vez que tentava lembrar minha cabeça doía, eu ainda estava com a camisa no ombro quando alguém bateu na porta, corri imaginando que a Layle teria voltado, mas quando abri a porta levei um baita susto, ele era a última pessoa que eu esperava encontrar ali:

- Se... se.. senhor Archer? O que tá... tá... tá... fazendo aqui?

Ele me olhou de cima a baixo parecendo ainda mais espantado do que eu,

- Jake? É você? Esse apartamento é meu, o que você tá fazendo aqui?

Nunca gaguejei tanto na minha vida, eu queria da uma boa explicação pra ele, mas nem eu mesmo fazia ideia de como fui parar ali.

- Jake por que você tá no apartamento da Layle, assim?

Ele apontou pra mim, só então me toquei que ainda não tinha vestido a camisa, vesti o mais rápido que pude. Não tinha desculpa pra aquilo, e eu era péssimo em mentir.

- Eu... Eu... Eu... realmente... Não sei como... Como, eu vim parar aqui.
- Você tá bêbado Jake?
- Não, não. Eu tô... só de ressaca, bêbado eu estava ontem. Por isso não lembro como vim parar aqui.
- Você dormiu aqui??
- É.
- Cadê a Layle?

Ele não esperou eu responder, me empurrou e entrou procurando ela, nunca me vi em uma situação tão constrangedora e desesperadora. Sabia que a Layle tinha herdado o comportamento meio explosivo do pai, sentia minha vida passando diante dos meus olhos a cada segundo.

- A Layle, saiu.
- Ela estava bebendo? Com você?
- A gente foi em um festa e...
- A Layle não vai em festas.

Nas linhas do destino Onde histórias criam vida. Descubra agora