15 | Assassino

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No dia seguinte, não vou pra aula, nem pro trabalho. Minha Mãe estava mesmo levando essa coisa de castigo a sério.

Ela trata o Josh como se ele fosse algum tipo de virus.

Me reviro na cama, inquieta, e sem nada para fazer, caio no sono de novo.

cordo com um barulhinho irritante vindo da janela. Pego meu celular para me surpreender quando vejo que já são 16 horas. Resmungo e me levanto.

É bom que seja algo útil, estava no meio de um sonho maravilhoso com hambúrgueres, pizza e sorvete.

Vejo que alguém está jogando pedrinhas na minha janela. Coloco o rosto para fora e uma pedrinha acerta meu nariz:

- Ei! - grito. - cuidado ai porra!

A pessoa solta um riso baixo, e em seguida vejo Josh lá embaixo.

- Josh? - pergunto.

- Oi, docinho - murmura.

- O que está fazendo aqui?

- Posso subir? - ele aponta para a escada recostada na cerca em frente ao jardim.

- É o único jeito né, só se você quiser que eu dê uma de rapunzel - reviro os olhos

Josh pega a escada e sobe os degraus com cuidado. Deixo a minha janela aberta para que entre no quarto, e assim que ele pisa na madeira, dou um tapa no seu rosto e pergunto:

- Que parte de " fica longe de mim" você não entendeu?

- Aí! Pra que isso?! - ele leva a mão até a área vermelha do rosto.

- Porque você é um idiota e eu odeio você -
cerro os punhos.

- Que esquentadinha. Pra sua informação eu só vim ver se você estava legal, vi sua mãe na janela ontem, e hoje você não foi pra escola, nem pro trabalho. Você se deu mal, né?

- Você deve estar feliz com isso - digo, gélida.

Ele fica em silêncio, hesitante. Josh também não está muito confortável em estar aqui, percebo. Depois do que descobri ontem, a última coisa de que eu precisava era que ele viesse até minha casa.

- Por que eu ficaria feliz por isso?

- Ah sei lá - porque você é um psicopata. - Vai embora Josh. Não quero você aqui.

- Eu iria, mas se você esqueceu, temos um trabalho pra fazer juntos. A professora quer a base das pesquisas prontas pra amanhã. Vai ter que me aguentar, docinho - ele dá um sorriso forçado.

Sibilo frustrada, mas acabo concordando. Quanto mais rápido terminarmos, mais rápido ele pode sair daqui. Me concentro ao máximo para achar as informações necessárias, e durante o processo tento ignorá-lo ao máximo também.

Depois de 30 minutos de pesquisa, anuncio:

- Vou pegar uma água - e me levanto para ir até a porta.

Mais rápido do que eu esperava, Josh bloqueia a minha passagem com um braço, fitando meus olhos com intensidade:

- Por quê você está agindo assim? Eu não sou burro any. Ontem você estava chateada, mas hoje você está com raiva, fria, e distante. O que mudou?

Viro meu rosto para o lado, mas ele segura meu queixo e faz com que eu o encare novamente:

- Any. Me conte.

Engulo seco e fico quieta por alguns minutos. Ganhando coragem, começo:

- Eu sei o que você fez - sussurro.

BABÁ DE UM BAD BOY - ADAPTAÇÃO BEAUANYOnde histórias criam vida. Descubra agora