12 | Detenção

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É a primeira vez na vida que estou tendo detenção, e minha mãe não vai deixar barato apenas porque sou sua filha, muito pelo contrário... Exatamente por esse motivo ela vai pegar ainda mais pesado.

Estamos sentados em duplas. Minha mãe instruiu muito bem a professora para que não deixasse eu e Josh sentarmos juntos, então estou com Sabina. Bailey e Josh estão em outra mesa, e Emma se fez de pobre coitada e saiu ilesa, sentando sozinha. Reviro os olhos. Tão previsível.

Ouvi tudo que Josh disse, ameaçando-a sobre
krys. Não sei quem é esse rapaz, mas acho que quando Josh estiver pronto para contar o que aconteceu, ele vai falar. Quanto a Emma... Ela mereceu tudo e ainda merecia mais, mas pelo menos sei que posso ficar relaxada agora.

Sabina está dormindo ao meu lado, e volta e meia pego Josh me observando com interesse.

Olho para Bailey, com o maxilar tenso, e sussurro baixinho para ele:

- Você não devia confiar em Emma.

- Ela foi minha namorada, sei como ela é. E seja lá o que estava fazendo com ela - ele fuzila Josh com os olhos. - Ela não merecia.

- E a minha irmã? Como vai explicar isso pra ela?

- Que eu estava defendendo uma amiga? Não vejo o que há para explicar.

Ótimo, eu estava melhor antes de conhecer esse mané.

Depois de duas horas, a professora troca de lugar com outra, e rapidamente me sento ao lado de Josh, expulsando Bailey e obrigando-o a ficar do lado de Sabina adormecida.

- Bailey é mais idiota do que pensei - murmuro.

- É. Ele seria um cara legal... Se não fosse tão cego.

Aceno em concordância.

Josh entrelaça os dedos com os meus e respira fundo:

- Acho que te devo uma explicação... Sobre Krys.

- Não precisa me contar se não quiser.

- Você já ouviu uma parte mesmo, acho que deve saber a história toda. Bem - exala. - Bailey era melhor amigo de Krys em sua antiga escola, e Bailey ainda namorava Emma na época. Acontece que esse é um dos motivos pelos quais você não pode deixar essa vaca subir à sua cabeça. Ela é perigosa de verdade.

Faço um gesto para que ele continue e aperto sua mão. Ele prossegue:

- Bailey e krys faziam tudo juntos, amavam basquete, saiam para os bares e estavam sempre na casa do outro. Emma também estava presente algumas vezes, mas ela não conseguia suportar a ideia de alguém "roubando o tempo que ela deveria ter só pra ela com Bailey". Então um dia, ela colocou fogo em uma parte da escola e ligou para krys pedindo socorro, alegando que houve um incêndio e que Bailey não atendia o celular. Krys me ligou no caminho, apavorado. Eu não estudava com ele, mas nos conhecíamos desde crianças por conta de nossas famílias, apesar de não sermos amigos tão próximos quanto ele e Bailey. Enfim, fui ajudar Krys, e quando chegamos lá, encontramos Emma completamente bêbada e desmaiada, perto do fogo. Peguei Emma no colo e a levei pra fora da escola, enquanto Krys encontrou um galão de gasolina e alguns fósforos no chão lá dentro. E bem na hora, ouvimos uma sirene de polícia. Eles assumiram que a culpa foi de Krys, e Emma fez de tudo para que parecesse convincente. "Ele me queria morta porque meu namorado prefere a mim! Ele odeia a escola! Ele é um monstro!" - Josh tenta imitar a voz aguda de Emma - e com essas mentiras, convenceu os policiais. Desde então, krys está na cadeia injustamente, e sua sentença era de um ano.

Estremeço, assustada. Nunca imaginei que Emma pudesse chegar naquele ponto, mas ela me provou estar errada.

- Meu deus... - sussurro.

- O lado positivo? - Josh tenta forçar um sorriso. - Ele sai daqui alguns dias, e vai estudar aqui.

- Fico feliz por você - acaricio seu braço.

- Eu não suportaria ver Emma fazendo algo parecido com você. Ela é psicopata Any. Ela é completamente louca, e o pior, Bailey acredita em tudo que ela diz - torce o nariz.

- Então ainda bem que tenho você para me proteger.

Ele não responde, só fica em silêncio. Eu encosto a cabeça em seu ombro tenso, imaginando o quanto aquele tipo de experiência deve ter sido traumática.

Quando finalmente somos liberados,
Josh e Bailey vão se preparar para o jogo de basquete. Sabina já está ficando mais consciente, e Emma nem olha na nossa cara quando adentramos no ginásio e nos sentamos nas arquibancadas da frente.

Peter já está nos esperando, e assim que me sento do seu lado, ele fica tenso.

- Tudo bem? - pergunto.

- Eu é que deveria perguntar. Onde vocês estavam?

- Na detenção - Sabina responde por mim.

Peter olha para nós duas, com o queixo caído, mas ele se recompõe e seus olhos fitam Sabina:

- O que você fez? Falei pra não vender aquilo na sala!

- Relaxa, eu não fiz nada - revira os olhos. - Vocês sempre saem me acusando assim... Argh. Odeio isso.

- É porque você é a má influência, Sabina - respondo.

- Você não está enganada, mas dessa vez a culpa foi de Josh que entrou numa briga com Bailey. Estávamos no lugar errado, na hora errada - ela pega um energético da mochila e toma um longo gole.

- Se você tinha isso com você o tempo todo - aponto para o energético - então por que não tomar na detenção?

- Eu poderia, mas quem em sã consciência quer ficar acordado numa detenção? Minha soneca é mais importante - ela gesticula, como se fosse uma grande ofensa.

Balanço a cabeça bem no momento em que os auto-falantes avisam que o jogo está prestes a começar.

O time adversário entra na quadra, e em seguida avisto Josh saindo com Bailey ao seu encalço. Josh está de regata, cabelo bagunçado, e deixando todos os músculos definidos à mostra. Ele me encontra no meio da multidão e da um sorriso diabólico, passando a mão no cabelo.

Como eu quero agarrar esses fios macios.

O pensamento evapora quando o jogo começa. O time adversário não parece ser páreo para o nosso, mas percebo que nosso time não está trabalhando completamente em equipe.

Murmúrios de agitação reverberam pelas paredes quando o primeiro ponto vai para o outro time.

O segundo round começa, e vejo Josh
livre sinalizando para que Bailey passe a bola para ele, mas Bailey ignora e tenta atravessar o campo sozinho, o que é uma péssima ideia, considerando que roubam sua bola em questão de segundos.

Josh corre e consegue tomar a bola para si, marcando nosso primeiro ponto.

Não estou no campo para saber o que está acontecendo entre ele e Bailey mas não é difícil de assimilar.

O jogo segue por mais alguns rounds - alguns em que perdemos novamente por culpa do egoísmo de Bailey - porém quando o treinador anuncia o fim do jogo, acabamos ganhando por um ponto a mais.

Levantamos da arquibancada, animados. Me viro para encarar Peter, que com um sorriso no rosto, me pega desprevenida quando me beija repentinamente.

Fim do capítulo!
Espero do fundo do coração que tenham gostado!
Se a resposta for sim, por favor podem deixar uma estrelinha? Ajudaria muito minha motivação, obrigadaaa ;)

BABÁ DE UM BAD BOY - ADAPTAÇÃO BEAUANYOnde histórias criam vida. Descubra agora