BABÁ DE UM BAD BOY - ADAPTAÇÃO BEAUANY

8 | JOSH

Acordo com Joalin pulando na minha cama e me esmagando:

- BOM DIA ANY - ela grita, e só então quando meu ouvido para de zunir percebo que ela colocou até alguma música da Taylor Swift para tocar.

- Deus o que eu fiz pra merecer isso? - questiono, ainda meio grogue.

- Você? Nada. Mas adivinha só, Bailey separou para nós lugares VIP para seu próximo jogo de basquete - ela pula mais e dá gritinhos esganiçados que acabam com o resto da minha sanidade.

- Não sou muito fã de esportes, pra ser sincera.

- Pela sua querida irmã Joalin, eu declaro que agora você vai. Pode chamar Sabina e peter se quiser. O jogo é daqui dois dias. Agora levanta.

Gemi em consternação, mas Joalin me pegou pelos braços e me puxou pra fora da cama à força.

Voltar a ir de patins para a escola foi a melhor das sensações. Meus patins antigos já tinham uns 5 anos de uso e já estavam gastos, mas os patins novos que Josh me deo parecem deslizar como água pelo asfalto.

Os pássaros cantando aos meus ouvidos, o sol batendo no rosto... É revigorante.

Avisto a escola se aproximando e começo a desacelerar, quando vejo Josh descendo da sua moto nos fundos do estacionamento. Ele está lindo como sempre: jaqueta de couro, calça rasgada.

Porém, distraída, e sem perceber que há uma pedrinha no meio da calçada, acabo tropeçando, e caindo no chão.

Amaldiçoo Josh e a mim mesma mentalmente: é nisso que dá tentar admirar alguém que exala problema.

Meus joelhos ficam vermelhos e as feridas vibram com sangue escuro, que escorre pela extensão da minha perna. Sento e tiro os patins, me levantando com dificuldade e ignorando a dor latejante que se instala.

Belo jeito de começar o dia.

Certamente eu lavei a ferida antes de entrar na sala, mas parece que não adiantou de muita coisa já que o sangue insiste em continuar escorrendo. Finjo que estou perfeitamente bem quando a professora de biologia entra e começa a falar.

Josh chegou na mesma hora em que o sinal tocou, mas não trocou nem um olhar ou palavra comigo. Tudo bem, mais tarde ele vai ter que me aguentar de qualquer maneira.

- Vocês terão que fazer um trabalho sobre as emoções dos seres vivos. Afinal, os animais tem sentimentos? Por quê nós, seres humanos, sentimos o que sentimos? Quero que me expliquem. Vou sortear esses dois temas e suas duplas serão com o par de trás - a professora explica. - Precisarão me entregar tudo no final do semestre. Boa sorte.

Nem preciso virar para trás para saber que vou ter que fazer com Josh.

- Any e Josh: emoções humanas - a professora sorteia. Bem, pelo menos nosso tema é o mais fácil.

Olho para Josh, desleixado em sua carteira, e começo:

- Parece que estamos juntos novamente, fuckboy.

Ele se inclina para frente:

- Sim. Parece que sim. Docinho - ele sorri, como o diabo sorri para sua próxima vítima.

O resto da aula é feito de pesquisas na internet e conversas tediosas. Achamos algumas informações relevantes para fazer a base do nosso trabalho, e nenhum de nós menciona nada sobre o dia anterior.

No intervalo, me sento com Sabina e Peter, que conversam sobre algum tipo de jogo novo. Ou algo assim.

- ... Aí você mata os zumbis com um lança foguete! - Sabina gesticula, como se tivesse duas arminhas nas mãos.