BABÁ DE UM BAD BOY - ADAPTAÇÃO BEAUANY

17 | Tomando as rédeas

Quando finalmente sou liberada do castigo, me surpreendo vendo que Josh não foi pra aula. Isso não deveria me preocupar, considerando que ele deve faltar com frequência.

Mas um sexto sentido me diz que dessa vez não é só isso.

Ele também não aparece no dia seguinte, nem no outro.

Minha mãe quer que eu peça demissão do meu trabalho à tarde, mas ainda não tive coragem para fazer isso. Será que Josh sentiu minha falta nesses últimos dias?

Um sentimento ruim se apossa do meu peito, como se algo tivesse acontecido, e decido que nesta tarde irei escondida até a casa dele, quer minha mãe goste ou não.

Bato na porta uma. Duas. Três vezes. E nada.

Na quinta vez, um sujeito sonolento aparece, um pouco incomodado, talvez.

- Quem é você? - pergunta.

- O Josh está em casa?

- Depende de quem quer saber - ergue um canto da boca.

Reviro os olhos:

- Sou Any. Ele está aí ou não?

- Então você é a Any? - um olhar de divertimento aparece no seu rosto. - Não, ele não está. Por que?

- É que... - como posso explicar que sinto que algo não vai bem sem parecer louca? - Você não entenderia. Ele faltou a aula hoje, e ontem, e no outro dia também. Estou preocupada.

- Como assim? Pensei que ele estivesse com você.

- Comigo? - franzo a testa, confusa.

- Isso não faz sentido - balança a cabeça. -
Josh me mandou uma mensagem 3 dias atrás dizendo que ia ficar na sua casa.

- Minha casa...? Mas isso é impossível, minha mãe ia ter um treco. Ela, meio que... Ela o odeia.

- Bem, então onde ele está?

- Me diga você.

Acabo descobrindo que Krys é um cara mais agradável do que parece. Rapidamente me sinto confortável com ele, e explico tudo que aconteceu entre mim e Josh. Desse modo, averiguamos possíveis lugares para os quais ele possa ter ido.

Tudo bem... Não contei tudo. Krys não precisa saber da parte da piscina. Mas explico sobre minha mãe, e sobre a briga que tivemos. E claro, Krys me explica também sobre ter perdido o emprego e estar ficando temporariamente na casa de Josh.

- A mãe de Josh não liga? - pergunto.

- Se eu fico aqui? Não, nossas famílias eram boas amigas, ela já me conhece.

- E o que ela acha sobre o sumiço de Josh?

- Ele deve ter inventado algo pra ela. Talvez... Viagem da escola?

Assinto, pensativa.

Depois de um pouco de discussão, decidimos tentar ligar para Josh
e mandar mensagens novamente, mas se ele as lê, ou se recebe as chamadas, está ignorando.

- Alguém na escola deve ter visto ele - sugere Krys. - Talvez devêssemos começar por lá.

- Não é uma má ideia - respondo, me levantando do sofá da sala de estar. - Vamos até lá.

No colégio, saímos questionando a vários alunos sobre Josh,
que respondem sempre a mesma coisa "Sinto muito, não o vi".

Estávamos quase desistindo quando avisto Sabina nos corredores e corro para lhe dar um abraço:

- Eu senti tanto a sua falta - murmuro.

- Sua mãe te deu um castigo e tanto... - ela para, parecendo notar a presença de Krys. - Quem é esse?

- Este é Krys...

- O Krys, Krys, aquele que a Emma...

- Esse mesmo - ele completa.

Peter aparece ao lado de Sabina logo em seguida, e minha expressão se fecha na mesma hora. Não vou esquecer tão cedo o que ele fez. Me afasto de Sabina e cruzo os braços, na defensiva.

- Oi Any - diz.

- Oi, Peter - respondo, com a voz mais seca que consigo.

- Prazer, sou krys - Krys estende a mão para Peter, que a aperta hesitante. Pode ser coisa da minha cabeça, mas vejo algo brilhar no olhar de Krys quando fita Peter.

- O que diabos vocês dois estão fazendo aqui?

- Vocês viram Josh?
Ele está sumido há três dias, e não atende o celular nem vê as mensagens.

- Eu não o vi, mas bem que estranhei quando ele não apareceu depois da aula.

- Apareceu onde depois da aula? - questiono.

Sabina me lança um olhar que responde minha dúvida.

- Na última vez que o vi, ele estava saindo puto da sala da diretora -
Peter murmura, surpreendendo a todos nós.

- Isso foi quando?

- Três dias atrás.

Acho que já tenho uma boa ideia do que aconteceu.

Entro na sala da minha mãe sem me preocupar em bater. Ela me olha, assustada, e em seguida seu olhar pousa em
Krys. Erguendo o queixo, ela murmura:

- Any. Não pode sair entrando assim. Ainda sou a diretora.

- Mãe, o que você fez com Josh? E não me venha com enrolações! O que você disse pra ele?! - bato as mãos na mesa, furiosa, ignorando tudo que ela disse.

- Mocinha olhe como você fala comigo!

- O que você fez com ele porra? - berro, e krys coloca uma mão no meu ombro, tentando me acalmar.

Mas eu não tenho a mínima vontade de me acalmar.

- Any, sente-se e vamos conversar...

- Não! Eu não quero conversar! O que foi? Você o ameaçou? Espalhou mentiras sobre mim?

- Fiz o que tive que fazer, o melhor pra você - ela tenta permanecer inabalada, mas conheço minha mãe o suficiente para saber que estou cutucando um nervo sensível.

- Você não sabe o que é melhor pra mim! Eu posso cuidar de mim mesma! Anda, fale! O que você fez?!

- Eu o expulsei.

Meu queixo cai, e fico em silêncio por alguns longos segundos antes de recuperar minha voz e continuar:

- Você ficou louca? Tudo bem que Josh não era o melhor aluno, mas ele não fez nada grave pra tomar expulsão!

- E como você saberia, Any? Mal conhece esse garoto.

- Garanto que conheço melhor do que você.

Ela suspira, e sua expressão se suaviza por 1 segundo. Tão rápido quando apareceu, ela endurece de novo, murmurando:

- Você é muito jovem e ingênua, Any. Eu só quero que você entenda...

Interrompo-a, exasperada:

- Você não está em posição de me impor nada. Comece tentando entender como ser uma diretora justa, aí conversamos - sibilo, e olho para Krys. -
Vamos nessa.

Não olho para trás quando bato a porta com força.

Fim do capítulo! Me conta aqui nos comentários se você gostou! E se a resposta for sim, por favor pode deixar uma estrelinha? Ajudaria muito na minha motivação.

Obrigada amores ;)