Me Perdoa

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Por alguns instantes o mundo deixara de ser perfeito e se tornara um abismo sem fim que jogava seus habitantes em um lopping eterno de sofrimento e dor. Tord estava sentado no sofá encarando aquela carta maldita que trouxera o desespero ao seu lar, entendera que assinara sua carta para guerra, mas jamais imaginara que sequestrariam Edd e o fariam de refém para completar seus projetos imundos. Tord levantara, seus pensamentos o castigavam sem pretextos, Tom o abraçou tentado convolá-lo, mas já era tarde demais, já havia algo em plano que seria dado como êxito a volta de Edd, mas não a sua vida.

- E então Sunshine Lollipops, o que vamos fazer? – indaga Tom, a preocupação é nítida e apesar de sempre esconder o que sente, desta vez ele realmente está se abrindo.

- Você vai ficar aqui com Matt, eu tenho um plano – Tord se vira para a porta, tentando não encara-lo, a culpa já o martiriza, encarar Tom é o mesmo que assinar a sentença de seus pensamentos suicidas.

Tom segura o ombro de Tord, seu movimento calmo e delicado faz com que Tord sinta um arrepio.

- Ham, não, você já me viu ficar com o Matt? Isso seria um saco – ele da de ombros – Eu vou com você!

Ele soubera que o quanto mais ele negasse, mas Tom iria insistir, entretanto, soubera naquele instante que nada poderia se fazer, era o seu amigo que estava em risco, era sua credibilidade, era sua amizade... Ele tinha um plano realmente, mas não era um dos melhores, apenas invadir e se entregar poderia Levar a algo maior, talvez o seu controle mental.

Era facil de  imaginar o que fariam com ele, caira em uma isca fácil. Sabia que não existiria qualquer chance dele voltar , mas com o Tom, poderia ser diferente, poderia mostrar a ele que o ama realmente e mostrar que podem realmente confiar nele e em sua palavra . Era um jogo difícil, teria que mover as peças cautelosamente. Quaisquer erros Poderiam levar à morte.

- Qual o seu plano? - perguntou Tom.

- Eu sei que você não vai gostar... - Tord segura o rosto de Tom, as lágrimas começam a cair, já se decidira - Eu vou ter que me entregar, não existe saída.

- Não! Tem que haver um outro jeito! - Tom entrara em desespero, as lagrimas jorravam pelo seu suave rosto - Eu não posso te perder!

Tord enxuga as lagrimas do rosto de Tom.

- Não temos escolha... - ele olha para o chão - Não temos...

Tom abraça Tord, desta vez diferente, a mágoa e tristeza emanava de seu corpo, sua mente perdida abria porta ao medo, nunca imaginara que isso aconteceria, mas aconteceu.

- É hora de irmos... - disse Tord.

*****

O vento assobrava fortemente, Tord e Tom permaniciam imoveis em frente ao grande portão de alta tecnologia do exército vermelho, o medo assombravara os dois, mas sábiam que aquilo devia acabar. De repente o portão começa a se abrir, dando a vista a um grande corredor branco cheio de portas que dara a diferentes salas do exercito, no meio do corredor há um homem parado, ao vê-lo Tord fechara o punho, aquele homem era o mesmo respeitoso chefe da base, o mesmo que Tord recusou a seguir os planos e o que queria acabar com sua vida. O som de seus passos aguçaram o recinto ao ele andar, de longe podia-se ver seu sorriso debochado, que mostrara que ganhou.

- É bom vê-lo Tord! - exclama o homem.

- Sinto não lhe dizer o mesmo... - Tord serra os dentes, sua raiva súbita está subindo a cabeça.

- Venham, irei mostrar o local a vocês - o Homem se vira e segue em direção ao final do corredor, onde há uma grande janela e uma portinha a direita.

Tom e Tord os seguem, o lugar é sinistramente macabro, o clima é pesado e ardo, um sentimento ruim fora posto a eles desde que entraram, mas não puderam sentir realmente por conta do medo. Eles param em frente a janela que mostrara a grande sala dos tanques, algo inacreditável, poderia havel mil deles lá, Tom estara surpreso com o que vira. O Homem bate na janela com o dedo indicador mostrando a eles uma coisa, seu sorriso debochado era nítido novamente. Era Edd que estara acorrentado com o Paul e Patrick, estara trabalhando no concerto de um dos tanques.

- A que devo essa estimada e maravilhosa Visita? - o seu tom mudara, agora era de um homem rancoroso e manipulador.

- Vim fazer um acordo - Tord se opusera a ele, seu tom de grandeza era perspicazes, mas ao menos tempo tolo.

- Um acordo? A que preço Tord? A que preço? - o Homem se vira a ele, ambos com postura autoritaria.

- Eu fico... Se vocês os soltarem e os deixarem em paz, eu fico e cumpro o seu plano... - Tord não perdera a postura.

- Você quer realmente salva-los? - indaga o homem.

- Sim... Eles são tudo o que eu tenho, eu não vou me importar de ficar aqui! - Tord da um passo a frente.

- Otimo! - o Homem bate três vez no vidro, como se fosse um código, ao escutar, Paul pega Edd e o leva até o chefe, seus olhos brilham ao ver Tom e Tord, mas Tord não consegue retribuir o olhar, o sentimento de culpa ainda o martirizava, poderia ter perdido o amigo por conta de uma estupidez.

Tord pega o ombro de Edd firmimente, seus olhos cheio de lagrimas se recusavam a chorar, ele põe Edd ao lado de Tom, ele realmente não poderia chorar naquele instante. Ele segura o rosto de Edd e se aproxima.

- Me desculpe por tudo, não queria meter vocês nessa enrascada - sussurra Tord.

- Não se culpe, você é nosso amigo - fala Edd e então o abraça, o que faz com que Tord se derrama em lagrimas, ele nunca sentira tanta falta deles como naquele instante, então Edd coloca a mão no bolso do moletom de Tord - Sempre seremos amigos.

Então ele vai até Tom, já entendera o que estava acontecendo, soubera que Tord tinha se entregado por ele e isso nunca fora feito antes, soubera naquele instante que ele realmente se redimiu e que o considerava como amigo, como familia. Tom se recusa a acreditar então apenas segue em frente, saindo daquele lugar puxando Edd, seu coração estara partido e desconsolado. Tord encara a sua saída sem poder fazer nada, o seu amor estara indo embora sem poder se despedir, aquilo o matou.

- Então Tord... Você já sabe o que fazer - Paul da uma risada.

Tord põe a mão no bolso e sente algo, a faca que dera a Edd na noite anterior. Ele tinha uma chance, então não se recusou.

- Tord?... - falou o chefe, então Tord virou rapidamente e o cortou no pescoço, o sangue jorrara em seu rosto, então Tord se apoiara no corpo do homem que morria lentamente o fazendo de escudo humano, Paul e Patrick entrara em desespero, Tord pega a arma do chefe que se encontrava perto do bolso do paletó e comecara a atirar em Paul e Patrick que fizeram o mesmo.

O barulho das balas indicavam uma guerra sem fim, Tord levara um tiro na coxa o que ocasionara a caida com o Homem, mas se levantara rapidamente e atirara no tórax de Patrick e no ombro de Paul que cairam instantaneamente. Tord correu para perdo deles e tirou as munições das armas, Paul e Patrick se renderam no chão e ali permaneceram gemendo de dor. Tord correra para uma sala perto dali que era o abastecimento geral de munição de todo o exército, o plano era simples e fácil, então pegara uma lança Granadas, o alarme fora disparado assim que entrara, então o resto dos militares deveriam estar vindo, então correra para grande janela e a quebrara com arma, agora era apenas ter foco, posicionara a arma, botara a mão no gatilho e respirava profundamente, com o dedo ele disparou uma granada no tanque que Edd estara concertando, o disel espalhado pelo chão fez com que o tanque explodisse e assim sucessivamente os outros tanques. Tord largou a arma e saiu correndo dali, era questão de segundos para toda base se explodir.

Saira de lá correndo, os cabelos ao vento e o olhar desesperado mostrara o que fora ensinado, destruir, atrás de si uma grande explosão anunciara a destruição da base. O silêncio fora tomado pelo barulho estrondoso, Edd e Tom pararam e encaram a grande voracidade das chamas e correram até ela com a esperança de encontrar Tord e ali ele estava, correndo para os braços de seus amigos.

- PUTA QUE PARIU O QUE VOCÊ FEZ?! - gritou Tom.

- ME SALVEI O QUE VOCÊ ACHA? - exclamou Tord.

"Esse só foi o início de algo maior"

- perdão por quaisquer erros, não tive tempo para corrigir KKKKKKK -

Tom e Tord - Renúncia Clandestina Onde histórias criam vida. Descubra agora