8 - "Estamos juntos"

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Jimin era uma pérola sem igual, em meio à milhões de grãos de areia comuns, era sina, paixão em forma de ser humano. Ele dançava com a alma, dublava como se fosse a primeira vez, fissurado no que fazia.

-Ah, Jimin... Que sorte a minha.

Sussurrei para mim mesma, batendo palmas junto às outras.

[...] Dias após.

8:00pm

Jimin e eu estávamos outra vez em meu restaurante italiano preferido, comemorando uma noite bastante especial. Esperei o dia inteiro por alguma frase ou qualquer sinal que fosse, mas ele ao menos cogitou falar sobre o assunto. Acontecia que checando a papelada dos seus dados pessoais, descobri que no dia treze, seria o seu aniversário. Talvez por timidez não quisesse me relembrar, mas eu o entendia. Estava feliz de tê-lo ali.

Ainda esperando nossos pratos, eu checava o horário no relógio de pulso frequentemente, estava bastante ansiosa, por algum motivo. Ao que chequei as horas pela vigésima vez, Jimin segurou meu pulso, cobrindo os ponteiros e segurando minha mão.

-O que há de errado? Tinha outro compromisso? Está atrasada?

-Não, não é isso... -sorri, fazendo carinho em sua mão com minha outra mão livre- É que... Eu quero que hoje, a noite seja perfeita e essa demora está atrapalhando.

-Não, Astrid, não está! Aliás, dessa forma eu posso te admirar por mais tempo.

-Ah, não seja tão fofo, eu posso me apaixonar.

-E eu não seria o homem mais sortudo do mundo?

Eu sorri desconcertada com sua fala.

-...Você estaria perdido.

-Mas então? Por que quer tanto que essa noite seja perfeita? Você está aqui, isso já a torna perfeita.

-Bom... Por que não me disse que hoje é seu aniversário?

-Ah... -engoliu em seco- Eu não queria parecer estar te cobrando alguma coisa ou, sei lá, ser inconveniente. Não é nada demais.

-É sim! Está completando vinte e seis anos, é claro que é especial.

-P-por favor, Astrid, não me diga que comprou alguma coisa.

Eu sorri falsamente, o encarando em silêncio, e ele se mantinha de boca aberta como se estivesse chocado. Era uma situação engraçada, mas eu queria agrada-lo, era seu aniversário, eu tinha carinho por ele, ele tinha de entender.

Jimin pov;;

Eu estava completamente sem reação, acanhado e nervoso, e tudo de repente piorou quando Astrid me entregou uma caixa branca de tamanho médio, com um celular dentro, fones de ouvido e carregador.

Eu encarei tudo aquilo bastante envergonhado, respirando fundo e tentando não sair correndo dali.

-Não, eu não posso aceitar.

-É claro que pode!

-Mas... Mas eu não vou.

-Como assim? Está rejeitando o meu presente?

-Olha, eu não quero te ofender...

-Hum, tarde demais.

-Astrid. -soltei a caixa sobre a mesa e apertei suas mãos outra vez, a olhando nos olhos- Você é meu presente. Sua companhia, seu sorriso, sua voz, o seu clube, e até mesmo a sua família inteira. Encontrar você foi como me encontrar também, sou eternamente grato por tudo que me deu e me permitiu viver, esse ano foi o melhor da minha vida porque você está nele e me proporciona tanto, tudo... Eu me sinto sem jeito de aceitar um presente tão caro, não tem necessidade de gastar dinheiro comigo.

Burlesque;;PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora