9 - "Paris"

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Astrid pulou em meus braços de repente em demonstração de felicidade e eu a abracei com toda a força, sentindo sua respiração em meu pescoço acompanhada de um lindo sorriso brilhante.

-Eu também te amo, Jimin. -sussurrou em meu ouvido, acariciando meus cabelos loiros desbotados- Eu te amo muito.

-Era tudo o que eu queria ouvir.

Nós nos beijamos outra vez, intercalando entre vários sorrisos sinceros e juras de amor. Eu estava verdadeiramente feliz ao lado de Astrid, e mais ainda por ter certeza de que estaríamos juntos para enfrentar quaisquer que fossem os problemas, não importava como, nem quando ou o porquê, mas teríamos o apoio um do outro, e a digníssima sorte de termos nos encontrado em um mundo tão grande.

Eu cultivarei esse amor, cuidarei para que cresça saudável, para que nunca se acabe, haja o que houver, eu jamais desistirei dele.

Isso nunca me aconteceu antes, e eu estava aprendendo ao lado da pessoa mais incrível que poderia existir, o que significa realmente amor, confiança, força, respeito, caráter.

De uma forma completamente louca, aquela mulher de sorriso doce e personalidade rara acorrentou meu coração ao seu genuinamente, eu precisava da sua companhia, do seu beijo, do calor dos seus braços, da sua voz e de toda a alegria que poderia me proporcionar.

Astrid era um misto de qualidades infinitas e eu passarei a minha vida inteira descobrindo cada uma delas.

[...]

Meses se passaram, o Natal e Ano novo ocorreram sem problemas, passamos os feriados mundiais na casa de alguns amigos da Astrid e Nicholas, todos muito bem educados e simpáticos, eu me senti em casa de verdade, foi agradável estar rodeado de pessoas que me queriam bem, isso não acontecia sempre... Dois mil e vinte e três será um ano próspero.

Depois que esses períodos passaram, tudo continuou como antes, as apresentações no clube aconteciam normalmente, o número de clientes crescia todos os dias e Astrid fazia cada vez mais reformas no clube, agora era maior e possuía nova pintura, com mais mesas e cadeiras, Hoseok já não trabalhava sozinho e sim com mais dois homens e uma mulher, e isso o deixou feliz.

Yoongi também já não trabalhava mais sozinho na área musical, conseguiu alguns assistentes para si e a qualidade sonora nas apresentações aumentou, a iluminação, as músicas, dançarinos, o espaço, estava tudo novo em folha, até o ar que respirávamos parecia novo, e o clube burlesco masculino repercutiu ainda mais em sites e jornais, mas dessa vez, de forma positiva.

Astrid estava divinamente feliz com todo o progresso, e eu ao seu lado não poderia estar diferente. Fizemos muito em um ano e meio, trabalhamos duro e o resultado chegou no momento certo.

Apesar de tudo estar ocorrendo bem e encaminhando para frente, o que ainda me fazia dar dois passos para trás era a mesma pessoa e o medo antigo. Não era possível ignorar a presença assustadora de Jungkook e a forma que ele escondia perfeitamente bem o seu ódio por Astrid. Estava sempre lá, em todos os momentos, e fazia questão de me relembrar todas as palavras ruins.

Fisicamente Jungkook não me tocava mais, ele não ficava cerca de um metro perto de mim. Mas a agressão verbal continuava, de forma cada vez mais pesada, abominante, cruel e nojenta possível, eu ainda me sentia fraco por não conseguir revelar a verdade para Astrid, medo de que algo ruim acontecesse ou que ela nunca me perdoasse por isso... Ainda era insuportável. Eu lidava como podia, sozinho.

Fora isso, eu conseguia ser feliz.

Certo dia, estava no quarto olhando as redes sociais em meu celular, distraído, na verdade, quase adormecendo, quando Astrid abriu a porta de repente e pulou em mim, parecia bastante animada e feliz, mais que o normal. Estava eufórica. Eu comemorei com ela, mesmo sem saber do que se tratava.

Burlesque;;PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora