12 - "Que a verdade seja dita"

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Astrid pov

Desci as escadas antes de Nicholas, pois ele ainda precisava tomar um banho bem longo para melhorar sua feição e postura, já que fazia dias que não saía de dentro do quarto. Mais parecia um vampiro, com os olhos avermelhados, os cabelos bagunçados e a roupa amassada.

Quando cheguei ao salão, estava vazio.

-Jimin? Solar? Onde estão vocês?

-Astrid? -Solar surgiu dos fundos do prédio, fazendo um coque com os cabelos- Ué, onde está o Jimin?

-Ele não estava aqui com você?

-Sim, mas... Eu fui ao banheiro.

-JIMIN? JIMIN!

Começamos a gritar por ele pelo salão, olhando os quartos, camarins, banheiros, mas ele não estava mais ali conosco. Parecia ter desaparecido de repente.

-Aonde será que ele foi? -Solar perguntou.

-Eu não sei, não consigo pensar em nenhum lugar para onde ele iria nesse horário.

-Liga pra ele!

-Boa ideia. -retirei o celular do bolso imediatamente para lhe telefonar mas acabei notando outra coisa. Notei uma notificação no aplicativo que instalei no celular, que sincronizava com o sistema do meu carro- Que... Estranho.

-O que houve?

-Meu carro está andando... O GPS mostra que está indo a caminho da construção abandonada atrás do parque. Mas nem eu e nem Nicholas estamos...

-Minha nossa, roubaram o carro de vocês?

-Argh, que péssimo pressentimento. -encarei a tela do celular outra vez e ela escureceu de repente- Merda, descarregou. Eu preciso ir, Solar.

Corri em direção à porta;

-Aonde você vai?

-Para a construção abandonada, ué.

-E o Nicholas?

-Diga para ele que eu precisei sair, e não deu tempo de espera-lo. Chamem a polícia para mim e vão direto para o local da construção.

-Você tem certeza que quer ir sozinha?! Pode ser perigoso!

-Não é comigo que você deve se preocupar, Solar. Por favor, avise o Nicholas.

-P-pode deixar!

Nós trocamos pequenos sorrisos e eu corri dali em diante, corri bastante, corri sem parar até o meu destino. E quanto mais me aproximava daquele lugar, mais meu sangue esquentava, meu coração acelerava e meu corpo suava de acordo com meus passos apressados.

Eu tinha um péssimo pressentimento sobre tudo isso.

Jungkook pov;;

-Espero que não tenha claustrofobia, querido Park. Espero que não tenha claustrofobia, querido Park. Espero que não tenha claustrofobia, querido Park. 🎶

Eu cantarolava sem parar tais palavras enquanto martelava com força contra a tampa de madeira da caixa aonde guardei Jimin, para que ficasse seguro.

Claro que, nós trocamos alguns socos e eu precisei bater muito no seu estômago até desmaia-lo para que ele me acompanhasse, mas logo ele acordaria.

Ele não era leve, principalmente estando com todo o peso do corpo relaxado, mas eu consegui, com muita dificuldade, leva-lo até um andaime bem alto.

Foi quando ele acordou e começou a se jogar contra a caixa.

Burlesque;;PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora