Harry Edward Styles, um príncipe prestes a se tornar rei, tendo tudo em suas mãos, inclusive a escolha de uma rainha para governar ao seu lado. Só que nem tudo acontece dentro dos eixos.
Ele não tem olhos para nenhuma das três jovens selecionadas p...
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— Isso é tão lindo, Lou... - Comentei ainda olhando para o papel em minhas mãos.
Ouvi ele soltar um riso baixinho e o encarei. Seu olhar era fixo sobre mim, o sorriso no canto dos seus lábios era fofo.
— Gostei disso.
— Do que? - Arquei uma sobrancelha.
— Você me chamando de Lou - Sorriu. Minhas bochechas com certeza ficaram vermelhas, porque ele riu. - Eu me inspirei em uma pessoa muito especial para escrever esse poema.
— É? - Mordi o lábio inferior para esconder um sorriso.
— Aham - Seu sorriso era tão lindo - Adoro me encontrar com ela - Então olhou para cima se aproximando do lago.
Espera! Ela? Será que ele quis dizer ela de mulher ou ela de pessoa. MEU DEUS, será que ele escreveu isso pensando na minha irmã? Aí como você é burro Harry Styles, é claro que é sobre ela.
Suspirei indo até o mesmo. Estiquei o papel em minha mão para ele, fazendo com que me olhasse confuso.
— Para você entregar para a pessoa - Sorri forçado.
Sua expressão feliz pareceu murchar um pouco, franzi o cenho, ele me encarou por alguns segundos e então pareceu voltar a realidade.
— Ahn... - Pigarreou pegando o papel - Claro, você tem razão.
Então guardou no bolso desajeitado e voltou a encarar o lago suspirando. Ele se sentou com uma expressão indecifrável no rosto.
— Falei algo errado? - Me sentei ao seu lado confuso.
— O que? - Me olhou indignado, mas parecia tímido, disfarçando - Claro que não.
Seu olhar percorreu meu rosto mais alguns segundos, ele parecia analisar todos os machucados que estavam ali. Ele estava com pena.
— Não me olhe assim, não preciso da pena de ninguém - Desviei o olhar para a água.
— Eu não estou com pena de você!
— Claro que está, eu vejo o jeito que me olha - Bufei - Eu não preciso de mais ninguém me lembrando que sou o coitado que sempre apanhou do pai. - E as lágrimas já embaçavam meus olhos novamente.
— Hazz... - Disse carinhoso.
Ele tinha me chamado pelo apelido, isso era a primeira vez, foi como se tivesse despertado algo em meu estômago ao ouvir ele me chamar assim. O olhei com um sorriso querendo escapar, mesmo com lágrimas querendo tomar o mesmo rumo.
— E-eu... - Engoli em seco - A primeira vez foi quando eu tinha apenas dez anos - Encarei meus pés.
Eu não sabia porque estava contando aquilo, mas eu precisava, assim como sentia que podia qualquer coisa naquele momento.
