Meu nome é Alice, e eu me lembro de tudo.

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Tudo estava indo de mal a pior, os dias passavam lentamente e eu sempre tento me manter sã, ninguém mais existe e os que existem mal estão sobrevivendo.
Tudo está se deteriorando os lugares estão  irreconhecíveis o que era limpo agora é sujo, o que tinha felicidade agora tem terror, cada canto que olho ou passo vejo alguma pessoa jogada ao chão como um simples saco de lixo, um saco de ossos que de alguma maneira tentou sobreviver aquele holocausto, mas que mesmo assim não teve a chance.
Eu vago por todos os lugares fugindo da corporação umbrela que descobri ter feito de mim um projeto, eles viam através de meus olhos, cada passo cada pessoa que eu encontrava tudo era monitorado o tempo inteiro até eu perceber.
O T-vírus foi rapidamente espalhado após Racon City a corporação umbrela achou que tinha contido a infecção, mas não,  eles estavam errados a infecção foi espalhada rapidamente e logo todo o estados unidos já tinha sido contaminada e logo depois o mundo inteiro, lagos e rios secaram, vidas humanas e animais estavam se acabando, tudo estava se tornando um deserto e com o passar do tempo tudo começou a morrer.
Para os poucos sobreviventes a única alternativa foi aprender a se virar com o que tem e não se podia mais encarar as grandes cidades os zumbis estavam atacando em massa, jamais se pode ficar muito tempo em apenas um lugar, a melhor solução é cair na estrada e assim se manter vivo.
Minha próxima parada é na cidade de Saltlake, recebo em meu radio uma mensagem de que uma mulher precisa de ajuda e eu vou em direção ao local para tentar ajudar de alguma maneira, após uma longa viajem de moto no silencio do deserto é bom ouvir uma outra voz assim não esqueço que existem outras pessoas e que ainda podemos lutar contra a corporação umbrela, chego em frente ao local de qual a mulher se refere KLKB mais um lugar triste sujo e abrigando alguém, paro minha moto em frente ao local e a desligo descendo da mesma observo mais o lugar e vejo que é enorme e que teria que manter alerta para qualquer movimentação estranha sem conseguir ver a movimentação do lado de dentro sigo em direção a porta e ando lentamente observando tudo e esperando pelo pior.
Nomes estranhos escritos nas paredes com sangue o  lugar é totalmente sombrio, carregado da escuridão o cheiro da morte impregnado em todo o lugar  a sensação de que algo ruim me espera me faz ficar em alerta e imaginando o que uma mulher estaria fazendo sozinha em um lugar como esse e quanto tempo esta por aqui, ando cada vez mais a dentro a procura desta mulher. Logo escuto um som parecido com choro, saco minha arma e caminho em direção ao som, chegando em uma parte onde há luz e vejo ao longe alguém sentado a uma cadeira se balançando lentamente me aproximo cada vez mais da mesma sempre olhando em volta para ter a certeza de que não é uma armadilha, ela olha para mim e vejo que ela segura algo em suas mãos eu continuo com a minha arma apontada para ela, parece fraca e indefesa com seus cabelos grisalhos escondidos por um pano rosa e com os dentes apodrecidos, triste realidade em que estamos vivendo.

-Meu bebê, ajude meu bebê!  Ela me diz chorando

Eu guardo minha arma e vou em direção a mesma pegando seu bebê em meu colo para que eu possa fazer algo que ajude a mesma, pois não posso perder mais ninguém, precisamos de o máximo de pessoas vivas para refazermos o mundo após acabar com a existência desses malditos zumbis, recolho a criança em meu colo e quando eu tiro o cobertor da cara da mesma descubro que eu realmente estava certa e que aquilo não passava de uma maldita armadilha.
Sou cercada por dois homens além da velha que agora tem em suas mão uma arma que olhando com mais atenção vejo ser uma 12 na cor cinza, ela engatilha a arma e eu jogo a boneca no chão, não acredito que eles estão fazendo algo com quem tenta ajuda-los pois eu tenho a certeza que não sou a única que aceitou o chamado de socorro.

-Sua vagabunda, derrubou o meu bebê.
Ela zomba de mim como se eu fosse só mais uma de suas vitimas, os três embustes me colocam contra a mesa com as mãos para trás e me prendem com uma algema, achando que isso é suficiente para me prender, mal sabem eles com quem terão que lidar agora, ela diz mais algumas coisas que eu paro de prestar atenção para estudar o lugar e a maneira de como sairei dali e como matarei todos eles.

-Vamos ver o que tem para mim. O mais alto de boné para trás me diz com aquela cara nojenta e suja que ele possui.

-Eu não faria isso se fosse você, vai se arrepender se tentar. Eu digo para o mesmo.

Ardência foi o que senti logo depois de segundo de silencio e o mesmo olhar para os outros, o desgraçado ousa em me dar um tapa na cara e me mandar se calar enquanto sou segurada por um dos três caras grande coragem eles possuem.

-Cala essa boca e vê se colabora. Ele diz.

Olho bem para o mesmo e chuto sua cara, quebrando o pescoço e arrancando sangue de sua boca enquanto agoniza e se afoga com seu próprio sangue. A velha desesperada corre até o mesmo chorando e gritando por seu nome Ed assim que ele se chamava, uma pena mas o mundo esta melhor sem ele. Ela se abaixa em sua frente e agora sim esta chorando de verdade. De repente tudo se apaga.
Começo a abrir meus olhos sentindo uma grande dor na minha cabeça e ouço vozes ficando claras a cada segundo, minha visão que antes embaçada começa a melhorar e começo a entender onde aqueles desgraçados me colocaram, com as mãos amarradas fico pensando em como sair dessa, pois com a umbrela atrás de mim tenho que evitar ao máximo de usar meus poderes pois só assim eles não irão me encontrar. Eles estão rindo, se divertindo comigo ali presa nessa jaula, ouço a mesma dizendo para eu rezar que eu irei precisar, e joga a chave da algema para mim, o pior erro que cometeu, chego até a chave e vejo que a mesma caiu em cima de um osso, fico me perguntando de quem seria aquilo e se foi alguma pessoa que eles jogaram ali, é uma perversão sem fim dessas pessoas, não entendo o que eles querem com isso.
Agarro a chave e começo a tentar me soltar, quando ouço um barulho alto próximo ao meu ouvido e vejo que é a merda de um cachorro, a porra de um cachorro! Com isso entendo o que eles querem, eles querem diversão ver as pessoas morrendo atacadas e implorando por suas vidas. Vejo ao longe um fio de energia pulando e soltando estalos, então ouço.
-Abre a jaula. Um deles diz e com isso aguardo o inevitável, me apresso em tirar as algemas e assim conseguir me defender.
Ouço o som das correntes sendo puxadas e o portão sendo aberto com os cachorros se exaltando para sair de onde estão e poderem se alimentar, o pior erro que eles cometeram. Todos ficam em volta rindo e se divertindo com a situação, quando o inevitável acontece, eles terminam de abrir a jaula, tudo foi muito rápido eu me levanto e saio correndo ate uma parede para que eu possa pegar impulso e com isso desviar dos cachorros, e nessa eu me dou bem e um dos cachorros morre preso em uma estaca de ferro pontuda que estava ali só o esperando, e vejo que todos se calam e ficam mais irritados com o que eu fiz, o segundo eu mato com minhas pernas quebrando o pescoço dele e ouço a mesma mandando soltar os outros, quantos cachorros essa maldita possui neste lugar.
E novamente o barulho das correntes sendo recolhidas e as jaulas se abrindo, enquanto isso acontece eu consigo me soltar das algemas a primeira mão livre eu passo para a segunda fazendo isso o mais rápido que consigo, vejo um dos cachorros vindo em minha direção velozmente e corro pulando uma pequena barricada que ali tem, parece mais um corrimão de escadas, terminando de pular o cachorro passa por debaixo do ferro e nisso eu me seguro neles e  chuto o cachorro por entre os fios de energia que ali tem, pego um dos fios e amarro na coluna que tem ali e logo depois no cachorro, e faço isso com os outros dois e começo a ver a coluna se soltando com a força que eles tem para comer, de repente é puxado totalmente e tudo desaba em minha frente fico atenta para os próximos movimentos e o que farei para sair dali o mais rápido possível , vejo um fio e pego impulso segurando no mesmo para subir os escombros formado ali, e quando chego ao topo me seguro o mais alto possível para que os cachorros não me peguem e deixo com que eles vão em direção ao seus amados donos.
Enquanto os cachorros zumbis se alimentam de seus adoráveis donos eu recolho minhas duas armas, meus dois facões e a minha escopeta para sair daquele lugar deplorável e com o mesmo cheiro de morte que senti ao chegar eu o sinto enquanto me retiro de lá, com gritos ao fundo de pessoas desprezíveis pedindo ajuda para salvar as suas vidas medíocres, me mando dali, indo em direção ao lugar que estou procurando.


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