Resident Evil A extinção humana

Reencontros

                       Capítulo 30

                     Chris Redfield

O cansaço mental é sempre pior que o físico e hoje o meu está demais, eu tento ao máximo manter meus olhos aberto e não me entregar ao sono profundo que me persegue, dois dias ou mais nessa situação e me sinto uma bomba relógio, depois do meu encontro com Nivans e Merah e nosso passeio pelas cidades atrás de sedes da Umbrella para destruir todas elas eu tomei a decisão de voltar para ir atrás de minha irmã, Claire estava em Raccoon City com uma galera que a resgatou quando nos perdemos tempos atrás, como prometido Nivans deu um jeito de saber dela e me manteve informado sobre ela mas não sei se ela ficou sabendo de mim. Decidi parar em uma cidade próxima a Raccoon City para descansar a caminhada até aqui foi longa e cansativa tive diversos problemas com zumbis modificados e descobri que alguns deles criaram uma sensibilidade maior ao cheiro do sangue puro seja ele de animais ou humanos e agora tudo ficou mais complicado que antes para se escondermos, eu encontrei um prédio alto que está todo destruído, preto por ter ficado em chamas e vidros totalmente estilhaçados a porta está arreganhada mas ainda contém uma barricada feita com sacos de areias e carros capotados em volta, quem fez isso acreditou mesmo que conseguiria um abrigo aqui, observei de longe a movimentação e após alguns testes para saber se tinha algo vivo por perto eu adentrei ao prédio com minha arma em punho e o dedo no gatilho para que qualquer movimento fosse acertado por uma bala, meus olhos tentam se fechar a todo custo e eu preciso urgentemente dormir um pouco antes que algo ruim aconteça comigo, encontro um local com apenas duas saídas sendo uma pela porta em que entrei e a outra uma janela quebrada que tem um tamanho razoável para caso eu precise sair fugido daqui pego um cabo fino de aço dentro da minha mochila e amarro entre duas pilastras de concreto e as camuflo como posso, pego alguns vidros e começo a espalhar os cacos em frente a porta de entrada e em toda a sua volta para caso alguma coisa se aproxime eu tenha a chance de ouvir e me apressar em sair daqui, preparo uma estaca a prendendo por outro cabo no alto para que corra na altura de um corpo adulto caso algo trombe com o fio que amarrei entre as pilastras.
Algumas cadeiras jogadas a volta de onde não tem armadilhas é o que vai me ajudar agora, deixo tudo preparado e dou mais uma caminhada em volta para me certificar de que estou sozinho aqui, ao lado de fora da janela que servirá de acesso para minha fuga faço a mesma coisa que na porta e jogo diversos cacos de vidro e algumas latas próximas para ajudar com o barulho deixo alguns pneus empilhados de uma maneira que se encostar neles cairão junto com objetos barulhentos e volto para dentro da sala, me trancando aqui dentro ajeito minhas coisas para tentar ficar o menos confortável possível para não correr o risco de apagar totalmente e ficar vulnerável, minha mente precisa dormir mas torço para que meu corpo se mantenha em alerta caso qualquer movimento ocorra, eu me encosto na parede gélida me mantendo parcialmente deitado e deixo meus olhos se fecharem respiro profundamente algumas vezes e sinto os sons indo diminuindo gradativamente.
Acordei atordoado e com o corpo inteiramente suado, meus olhos ardiam e minha boca estava seca minhas pernas dormentes e minha bunda nem sentia mais, tentei me levantar, mas tudo formigava e isso me deixou incomodado, olhei para fora da janela com cautela e o dia estava começando a clarear, o cheiro da manhã é inconfundível eu observei tudo a volta que a janela me permitia observar e depois de uns minutos eu me alonguei e estralei meu corpo completamente fazendo assim com que meus músculos se esticassem e a sensação de cansaço fosse disfarçado, peguei minha mochila e tirei um pedaço de barra de cereal duvidosa que encontrei e mordisquei um pedaço, guardei o restante dentro da mochila conferi minha arma as facas e também dois bastões que com o jeito certo eles abrem ficando próximo a um tamanho de uma espada, são perfeitos para acertar as pernas de zumbis ou até mesmo pessoas que merecem apanhar, tudo conferido coloco minha mochila nas costas e a faca e arma na cintura e vou me movendo em direção a porta quando ouço barulho dos vidros sendo pisados bem levemente fico atento aos movimentos e me deito no chão para olhar debaixo da porta mas infelizmente ela não tem frestas suficientes para eu enxergar o outro lado, me levanto novamente e diminui minha respiração para evitar qualquer barulho que afete minha audição, me aproximo mais da porta e olho para a maçaneta decidindo se a abro ou não, o barulho surge novamente e mais uma vez é leve e baixo como passos de roedores penso por alguns segundos e retiro minha arma da cintura engatilhando a arma e mantendo apontada para a minha frente, abro a porta com a mão esquerda fazendo um movimento que eu vá para trás junto a porta para tentar ter alguma vantagem caso algo pule em cima de mim me atacando, meus batimentos são fortes e consigo sentir em meus ouvidos meu coração pulsando freneticamente, observo ao redor e nenhum movimento brusco é visto somente um gambá mais a minha frente cheirando tudo em sua volta, respiro fundo e balanço minha cabeça negativamente e me ponho a sair pela porta, quando piso no primeiro caco de vidro o gambá se vira em minha direção e fica parado cheirando freneticamente, observo seus olhos vermelhos e as patas com sangue de repente ele dá um grito estridente e corre em minha direção eu me assusto com a velocidade e depois de alguns segundos acerto um chute certeiro nele fazendo com que ele bata na parede mas rapidamente ele se levanta e volta a correr em minha direção, eu corro entre a armadilha que montei pulando o fio vou pegando o bastão o abrindo rapidamente e me viro pegando impulso e acertando mais uma vez o gambá com força e ele cai de lado atordoado eu me volto para ele e piso em sua cabeça o esmagando e vejo seu corpo tendo espasmos, fecho o bastão e quando estou o guardando dentro do suporte ouço outro grito estridente, olhando para trás vejo mais quatro gambás com os olhos vermelhos e me preparo para correr, eu atiro neles e acabo acertando dois e os outros dois correm em minha direção um consigo chutar para longe e o outro pula bem no meu peito, o pego rapidamente e o arremesso para o alto fazendo bater na parede e cair ao chão morto, que loucura foi essa agora, eu me apresso e saio em direção a Raccoon City mais alguns quilômetros e chego mais próximo de Claire, caminhar até lá não será fácil mas valerá a pena.