Claire Redfield, o que posso fazer por você?

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Vontade de fumar um cigarro é tudo o que eu sinto neste momento eu daria qualquer coisa para dar uma tragada bem longa até minha cabeça rodar. Eu e Oliveira decidimos juntos montar comboios e sair mundo a fora resgatando quem pudéssemos, agora nós estamos com dois jipes um ônibus escolar uma ambulância e um caminhão de combustível, com tantas viagens e pessoas para ajudar conseguimos arrumar um caminhão para carregar a nossa gasolina, com sorte encontramos uns pingos por lá ou por aqui e assim seguimos vivendo neste momento.

K-Marte e eu estamos em um dos Jipes e decido falar com Carlos para lhe pedir um cigarro, pego meu radio e entro em contato.

-Carlos é a Claire você tem cigarro ai?

-Tem não. Carlos me diz rindo.

-A tá, me engana que eu gosto. Eu digo frustada com a negativa.

-Claire, você sabe que eu jamais mentiria para você. Ele diz e eu desligo.

Decido então recorrer aos outros pois um trago agora é tudo o que eu preciso.

-LJ ?

-Claire Redfield, o que eu posso fazer por você?

-Diz para mim que você tem cigarro ai para salvar sua grande amiga.

-Imagina só se eu tivesse, estaria muito feliz agora. Ele diz e eu nego com a cabeça inconformada.

-Pessoal alguém ainda tem algum cigarro ai?

Todos dizem que não e com isso descobrimos que realmente estamos no fim do mundo, nada de nicotina para trazer aquela relaxada no corpo, isso é realmente péssimo para mim, queria muito tirar esse estresse de mim, jogo a caixinha do ultimo maço de cigarros pela janela enquanto seguimos caminho até encontrar um lugar para acamparmos.

Areia sol e mortos vivos são as únicas coisas que vemos por milhares de quilômetros, tudo é tão triste e fico pensando em como trazer o melhor conforto para todos neste momento, nosso estoque de comida sempre no vermelho e nos deixando preocupados em como manter os mais jovens alimentados.

Depois de um tempo encontramos um motel abandonado, enquanto o Carlos observa com seu binoculo se há alguém lá ou algum zumbi reparo em como deplorável tudo está, diversos carros abandonados quase cobertos pela areia plantas secas e arvores mortas me fazem pensar se ainda exista algum lugar com verde ou agua que de para beber.

-Aqui é o comboio de Claire Redfield, tem alguém ouvindo? Nossa localização atual é o motel trilha do deserto, tem alguém ouvindo?  Transmitindo para sobreviventes. Mike se esforça para encontrar sobreviventes que possamos ajudar.

-Continua tentando Mike. Eu digo descendo do jipe e observando o local.

-Claire o local parece vazio, a gente entra? . Carlos me chamando no radio pergunta.

-Pode entrar pessoal, mas com cautela. Eu digo enquanto ainda observo o loca.

Vejo Carlos e LJ descendo de cima do ônibus para irem em direção ao motel, eles pegam um dos jipes e se aproximam mais de la, aguardamos enquanto os dois entram e fazem a varredura do local para sabermos se podemos entrar ou acampar por ali. De repente ouço barulhos de tiro e entro em alerta para o que possa estar acontecendo lá dentro.

-O que esta acontecendo ai dentro? Esta tudo bem .Chamo Carlos pelo radio e aguardo uma resposta.

-Agora está. Carlos me responde.

Após a confirmação de seguro que Carlos me passa seguimos com o resto dos carros para próximo ao motel para nos prepararmos para fazer o acampamento, o que mais precisamos agora é de um descanso. Auxilio onde cada um deve deixar o seu veiculo e aguardo que todos façam isso. Explico a todos o que cada um deve fazer encontrar munições, comidas, gasolina tudo o que precisamos para sobreviver mais um dia.

-Oi Ortor. Ele me entrega uma das comidas enlatadas dizendo que é sopa.

-Como você faz isso? . Eu pergunto para o mesmo sorrindo espantada.

-É um dos meus talentos, uma arte em extinção e este é o final do estoque. Ele me diz.

Observo a fila de pessoas que precisamos alimentar todos os dias e fico me perguntando o que faremos se as coisas continuarem desta maneira, com a comida no fim eu topo qualquer coisa para ajudar a todos, entrego a lata que Ortor me deu para uma das crianças e sigo em direção ao Kirt e pergunto como estamos de gasolina o mesmo me informa que está seco e que usando ferrugem como combustível conseguimos ir longe, uma preocupação a menos por enquanto. Vou em direção a Mike e pergunto se já foram colocados os detectores de movimentos para que possamos ter uma vantagem caso algum zumbi nos alcance Carlos esta cuidando da distribuição dos mesmos e Mike me diz que ele esta quase acabando, eu brinco com ele e digo o quanto ele está ficando velho e lerdo demorando a terminar de distribuir tudo.

De repente começa a vir ondas de ventos fortes e areia para todo o local, sinto a areia em minha boca e entrando em meu cabelo, como eu queria um belo de um banho demorado, aviso a todos que estão do lado de fora para que vão para dentro ônibus e fiquem abrigados e protegidos da tempestade, apago o fogo e entro no motel a procura de cigarros, mas tudo o que tem é o vazio enquanto observo o local um maldito abajur decide cair atrás de mim com a força do vento, me viro rapidamente assustada e levanto minha cabeça respirando fundo e pensando em tudo o que esta acontecendo com a gente e o porquê disso tudo estar desse jeito.

Resident Evil A extinção humanaOnde histórias criam vida. Descubra agora