Eu vou tacar uma granada

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Capítulo 29 - Alice 

O barulho dos tiros e dos helicópteros rodando pelo ar o tempo inteiro é irritante depois de um tempo, nada comparado com as ruas cheios de carros buzinando sem parar por estarem em um engarrafamento, acordo e sinto o peso em meu braço direito e olho na direção e vejo Beck deitada aconchegada em mim eu me esforço para sair debaixo dela sem acordá-la, visto a minha bota e vou em direção a enfermaria o caminho é percorrido lentamente e em cada momento torço para que Luthor esteja acordado por um triz ele não morre e isso seria uma perda inimaginável para mim ele me acompanhou por muito tempo e eu criei um carinho imenso por ele logo de cara. Observo Jill treinar em um dos ringues que possui na parte inferior de onde estou e ela luta muito bem, a vejo derrubando alguns soldados antes de ir ao chão por um espertalhão, me aproximo da porta de entrada e a observo, na cor chumbo que dá a sensação de estar enferrujada, respiro fundo e colocando a mão na maçaneta a abro devagar  e observo todas aquelas camas ocupadas por alguém, Luthor está na última cama do lado esquerdo perto da parede, me aproximo lentamente e pego uma cadeira que está ao meu alcance e logo me sento ao seu lado, coloco minhas mãos sobre a esquerda dele e a sinto gélida, ouço o barulho dos aparelhos e o observo, ele está magro e seus músculos escondidos.

-É meu amigo, quem diria que chegaríamos tão longe assim, você disse que iria comigo e aqui estamos nós, eu espero que você se recupere logo. Eu digo e abaixo minha cabeça encostando minha testa em sua mão.

-Os sinais dele estão estáveis, acredito que dentro de uma semana poderemos tirá-lo do coma induzido, e assim descobrir como foi a recuperação dele. Ouço a voz de um dos médicos que sempre aparecem aqui para observá-lo.

-Existe alguma chance dele ficar com sequelas do ataque? 

-Nós só saberemos qualquer coisa quando ele acordar, agora é muito cedo para dar qualquer diagnóstico. 

-Certo doutor, eu agradeço por isso. Digo e vou me levantando para ir em direção a saída.

-Ele teve sorte, um pouco mais forte e ele teria tido o coração destruído, mesmo assim neste estado ele é um homem de sorte senhorita Alice. 

-É você tem razão, e logo ele estará lutando ao meu lado novamente, com licença doutor. 

Saindo da sala ouço algumas vozes de pessoas preocupadas, algumas estão tristes outras nervosas e algumas até alegre estão, tudo é relativo e os sentimentos que cada um tem aqui proporciona algo positivo na nossa luta, tudo está mais intenso agora, desde que meus poderes voltaram eu me sinto presa em um casulo querendo sair e extravasar, aproveitei meus dias aqui e treinei o máximo que pude e fui descobrindo minhas limitações e os perigos que esses poderes me proporcionam, ele não é como antes de eu perde-los, agora é mais forte, rápido e letal até mesmo para mim. Sigo em direção a Jill e espero treinar um pouco antes de sairmos para nosso objetivo, de longe já ouço alguns grunhidos de pessoas indo ao chão e outras aplaudindo e se divertindo com isso, ao me aproximar mais cumprimento alguns rapazes que conheci ali no decorrer dos dias e outros ao me verem já se animam com o que pode estar prestes a acontecer. 

-Você vem treinar? Jill me chama com um sorriso no rosto enquanto segura um bastão que está apoiado em seu ombro. 

-Claro que sim, você me deve uma revanche já se esqueceu? 

-Eu não me esqueci, pois foi o pagamento da última vez que você me derrotou. 

-Claro, e nunca mais sairemos desse ciclo vicioso, não é mesmo?

-De jeito nenhum! Jill diz e estende a mão me puxando para dentro do ringue.

Dentro do ringue um dos rapazes me joga um bastão parecido com o que Jill possui em mãos, ela me encara o tempo inteiro e me observa e a cada movimento que faço ela está atenta, até parece que ela está me movimentando pois ela sempre está na mesma sintonia que meu corpo, ela da uma volta no ringue e quando completa ele, ela para e estica para seu lado direito o bastão deixando ele penso no ar, eu observo tudo minuciosamente e meu corpo entra em alerta para qualquer movimento que ela possa fazer em minha direção, minha nuca se arrepia e meu coração acelera com a intensidade do combate que teremos é como se estivéssemos em uma batalha, eu movimento o meu bastão de um lado para o outro e Jill começa a conversar sobre os movimentos que irá fazer, eu presto atenção em suas palavras e por alguns segundos esqueço que a sua aproximação é para mostrar na prática e automaticamente meu corpo se defende quando ela me golpea com o bastão, um passo de cada vez com um golpe de cada vez, o barulho do ferro se chocando faz com que vou andando para trás enquanto me defendo dos variáveis golpes até que ela cessa os golpes e me observa e vai voltando para trás e quando percebo eu estou grudada na proteção dele, ela sorri e me chama para a briga.

Resident Evil A extinção humanaOnde histórias criam vida. Descubra agora