Colonia Dignidad

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Na manhã seguinte, Wanda tenta vasculhar tudo que ela pode em busca de informações sobre a tal colonia dignidade que Tony contou à ela.

Ela vai atrás de jornais e igrejas que poderiam dar alguma pista, porém não obtém resultado.

Eventualmente ela encontra para vender na porta de uma padaria um jornal independente, que era produzido por amadores, e logo na cama havia um anúncio sobre esse tal "retiro" chamado colonia.

Wanda pega um exemplar e deixa umas moedas como pagamento. Wanda corre para casa a fim de tentar encontrar algo que a levasse até Visão.

Wanda entra no apartamento do casal às pressas e vai até o telefone fixo e disca o número de Laura Barton, sua melhor amiga que vivia em Westminster, Londres, Inglaterra e que era comisária assim como ela e fazia muitos vôos parra a América do Sul, principalmente para Buenos Aires, Montevideo e Santiago do Chile, que era quando as duas amigas se reencontravam, já que Wanda fazia muito esses vôos rumo à Berlim Ocidental e Londres assim como os vôos de retorno para a América do Sul, como foi o caso do último, que elas tiveram a sorte de estarem na mesma tripulação e junto aos amigos também comissários delas. A mulher logo atende


Wanda conta tudo sobre a prisão de Visão e o que estava prestes a fazer. Laura pede que ela não o fizesse e que fosse ficar com ela, o marido e os filhos dela na Inglaterra. Wanda queria aceitar aquilo mas precisava ser forte e ir onde Visão estava. Ela firmemente nega o convite de Laura e pede que ela dissesse ao pessoal, embora mandaria um fax avisando. Ao desligar, ela suspira fundo e coloca o telefone de volta no lugar.

Aquele era seu último dia de liberdade em algum tempo, mas valeria a pena por Visão.

Por não ter nada de roupa evangélica, Wanda pega um pouco de dinheiro e sai para comprá-las. Ela também passa em um cabeleleiro e corta suas medeixas castanhas que batiam no meio das costas e as deixa na altura dos ombros.

Ela amava seu cabelo comprido e sabia que Visão também amava o cabelo dela mas seria mais fácil para cuidá-lo se estivesse curto e ajudaria como um disfarce.

De noite, ela arrumou sua mala, a mesma que ela usava para voar, e telefona para sua supervisora, Helen Cho, avisando que estava com problemas pessoais e não poderia voar por algum tempo e que depois explicaria o ocorrido.

Wanda recolheu os passaportes dela e de Visão para poderem deixar o Chile quando fugissem. Ela lutava uma árdua batalha contra sua razão e sua emoção. Sua razão sabia que Visão poderia ter sido assassinado mas seu coração dizia para ela que ele estava vivo e precisava dela e era por isso que ela estava fazendo aquilo. Ela precisava saber o que aconteceu com ele e se o pior já tivesse acontecido pelo menos queria poder dar-lhe um enterro digno para que ele descansasse em um lugar bom e não em alguma vala ou em algum matagal. Ele não merecia aquilo. Ninguém merecia para falar a verdade.

Visão tinha familia. Ela era a familia dele e iria até o fim atrás de respostas. Ela iria lutar por ele com unhas e dentes.

Ela afasta aqueles pensamentos e recolhe mais alguns pertences pessoais que eram de valor afetivo como fotos dos pais dela e de Pietro, seu irmão gêmeo, que foram assassinados anos antes e uma correntinha que havia pertencido à mãe dela.

Wanda não era burra para não saber que certamente a revistariam ao chegar no local, então para não correr o risco de ter seus pertences confiscados, ela coloca os passaportes junto ao dinheiro que eles tinham guardado no apartamento dentro de um fundo falso que ela fez na mala e as fotos por precaução ela colocou junto.





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Pela manhã, logo cedo Wanda se levanta após uma noite de insônia e coloca uma roupa que normalmente ela não usaria: uma saia longa e uma blusa de mangas compridas e sem nenhum decote.

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