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Cinnie Hacker

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Cinnie Hacker

Ela parecia um pouco desconfortável.

Vinnie: Ouve, Bella, eu quero te tentar entender mas tu não tens que falar se não quiseres.

Bella: É um tema que eu nunca falei com ninguém a não ser o Thomas e mesmo assim nunca lhe falei de tudo. A Mia também começou a querer saber mas as palavras não saiam então pedi ao Thomas que lhe contasse o que sabia. Nunca falei disto com a minha mãe pois ela sabe, ela acompanhou tudo e é difícil abrir-me sobre um assunto tão delicado.

Vinnie: Eu estou aqui te ouvir, ou então, para ser apenas uma boa companhia. Se não quiseres falar não é preciso.

Bella: Mas eu sei que preciso. Eu sei que se nunca falar com ninguém nunca vou conseguir superar mas quando tento não sai. Já tentei psicólogos, um em Portugal e outro aqui em LA, logo na primeira sessão mandei os dois á merda. Acabei por desistir.

Vinnie: Então os teus problemas já são antigos.

Bella: Mais ou menos.

Vinnie: Há quanto tempo tens insônias?

Bella: Mais ou menos dois anos. Foi quando me comecei a drogar.

Vinnie: Aconteceu tudo ao mesmo tempo, ah?

Bella: Basicamente.

Vinnie: Tu costumas ter pesadelos?

Bella: Às vezes. O que últimamente não tem acontecido visto que não durmo.

Vinnie: E que pesadelos são?

Bella: Às vezes é o meu pai. Outras vezes é com a Morte que não me deixa ir para onde quero depois de morta.

Vinnie: A tua relação com o teu pai é assim tão má?

Bella: Bom, ele nunca foi muito presente. A partir dos meus oito anos só o via ao jantar e nunca falávamos muito, mas quando falávamos era bom. Até aos meus quinze anos quando ele e a minha mãe se divorciaram. Não foi por traição ou uma grande discussão, apenas porque o amor se esgotou. Nisso surgiu outro problema, a minha mãe ia se mudar para cá e o meu pai ia continuar em Portugal. Durante o acerto da minha guarda fiquei em casa dos meus tios. Surgiram algumas complicações e pediram-me para escolher onde eu queria ficar. Escolhi a minha mãe, eu queria sair daquela cidade, haviam coisas ali que me atormentavam e o meu pai não aceitou isso muito bem. Durante os 6 meses que estive em Portugal depois de escolher, ele não falou comigo nem uma única vez, ele apenas me disse no dia da escolha que eu o tinha traído, que o tinha apunhalado. Desde então que a nossa relação é uma merda.

Vinnie: Eras filha única?

Bella: Sim. Fui a terceira e última tentativa. Eles já tinham tentado antes mas morreu antes de nascer das duas vezes.

Vinnie: Sinto muito.

Bella: Não sintas. Menos duas pessoas a sofrer neste mundo.

Vinnie: Eu queria perguntar uma coisa mas só quero que respondas se tiveres confortável.

Bella: Tu do bem. Podes perguntar.

Vinnie: O que é que te atormentava? Era o teu anjo?

Bella: Como é que sabes do anjo?

Vinnie: Não te chateies com ele mas o Michael contou-me que na última noite desapareceste para ir ver o teu anjo.

Bella: Sim. Era ele que me atormentava. Parecia que ainda o podia sentir a chamar por mim. Aconteceu o mesmo nessa noite. Eu ouviu e não resisti em ir vê-lo.

Vinnie: Quem é o Anjo?

Ela começou a chorar e eu agarrei na mão dela.

Bella: Não consigo!

Vinnie: Não faz mal. Já falaste muito hoje. Não é preciso. Vamos aproveitar o almoço.

Bella: Obrigado.

Vinnie: Acreditas que a Mia não me queria deixar sair de casa?! Isto tudo porque tu não a avisaste que íamos sair!

Bella: Acredito, ela ligou-me a pedir satisfações!

Nisto chegou a comida e ficamos em silêncio.
Sentia-me mal por ela. Eu queria protege-la de tudo mas eu não sabia o que era esse tudo. Eu tenho que saber quem é o Anjo!

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Bjs!

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