Olívia Baker retorna à Nova York após ficar cinco anos estudando fora do país, a jovem é apaixonada por Peter McBride o filho caçula dos empregadores de seu pai. Ao chegar na cidade ela vai para uma entrevista de emprego onde Peter joga como batedor...
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Olívia
Paramos no décimo posto de gasolina, se eu soubesse que essa viagem demoraria tantos dias teria pego um avião.
_ Já fez a reserva? _ Pergunta Mariah.
_ Vamos parar onde? Quer atravessar para o Canadá ou vamos dormir em solo Americano?
_ você decide, ontem ficamos tempo demais naquele hotel e deu para descansar bastante. Ainda são cinco da tarde, acho que dá para atravessar. Não parece ter trânsito no caminho, mas quer que eu compre alguma coisa? _ Pergunta arrumando os óculos de sol no rosto mesmo o tempo estando nublado.
_ Me traz uma soda e um pacote de batatas. É minha vez de dirigir, pode descansar um pouco no banco do carona ou se quiser cochilar atrás.. Suas pernas devem estar doloridas por dirigir durante seis horas seguidas.
Tenho que admitir que minha amiga está sendo compreensiva. Todo caminho de Nova York até a fronteira do Canadá ela reclamou apenas 2 vezes, a primeira foi quando tirei o chip do meu telefone e o joguei fora. E a segunda vez foi quando eu não quis parar em um hospital para trocar o curativo do nariz. Não tocamos mais no nome de Richard desde que saímos de Boerum Hill na quarta-feira. A minha desculpa por ter jogado o chip fora foi pelo medo de me pegar ouvindo suas mensagens e desejar voltar.
Respiro fundo encostando a cabeça na janela, olho em volta vendo as árvores e o clima chuvoso, na verdade sinto-me culpada pelo bilhete que deixei na minha porta e as duras palavras que escrevi. Richard não merece tal tratamento, ele cuidou de mim quando mais precisei.
Desço do carro vestindo um segundo casaco, cada vez que chegamos mais perto do Alasca o tempo fica mais frio. Me programo mentalmente para quando chegarmos ao hotel, acho que preciso telefonar para meu pai, já faz quase uma semana desde que saímos de Nova York e liguei para ele apenas antes de ontem.
Não disse que estamos atravessando a metade do país de carro, apenas nós 2 correndo o perigo de sermos sequestradas ou mortas. E o que era para ser uma viagem divertida, no ponto de vista de Mariah está sendo um grande velório prolongado, nem os 3 reis magos demoraram tanto para chegar ao seu destino.
Tento não acompanhar as notícias online quando uso a internet no hotel para evitar de ver algo referente ao McBride, esfrego as mãos lembrando-me da mensagem de Hillary, em breve ela depositará mais 100 mil em minha conta, para ser sincera não sei o que fazer com todo esse dinheiro. Será que devo comprar uma casa ou pagar aluguel? Será que devo realmente ficar no Alasca ou devo simplesmente voltar para Londres e viver minha vida com meus amigos como fiz nos últimos 5 anos.
Ocupo o banco do motorista ligando o carro e vejo minha amiga saindo da loja de conveniência rindo, parece ter ouvido uma piada muito engraçada ou então estou deprimida demais para conseguir esboçar um sorriso.
Abro o mapa no telefone para verificar a rua do hotel que ficaremos hospedadas, sinceramente não estamos poupando dinheiro, tenho feito reservas nos lugares mais caros e mais chiques que acho pelo caminho, simplesmente liguei o foda-se.
