Olívia Baker retorna à Nova York após ficar cinco anos estudando fora do país, a jovem é apaixonada por Peter McBride o filho caçula dos empregadores de seu pai. Ao chegar na cidade ela vai para uma entrevista de emprego onde Peter joga como batedor...
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Olívia
Que eu precisava fugir após o flagrante na sala de Thomas é óbvio, então pela graça divina decido buscar as chaves do meu apartamento. Finalmente vou me mudar e ter minha liberdade de volta.
Resolvo ir a pé, pelo que vi na internet são uns 30 minutos de caminhada o que é bom já preciso pensar. Não que eu seja idiota de contar para alguém o que vi, nunca faria isso e sinceramente acho que as pessoas devem amar quem elas querem mas preciso pensar em como deixar isso claro, o médico precisa saber que não vou expor ele e nem o arremessador.
Mas por outro lado doutor Thomas está muito errado, pensando bem, se eu assinei que não posso me envolver com alguém, acho que isso vale para ele também, certo? Ou ele não assinou nada porque ninguém desconfia de seus gostos pessoais?
Novamente é melhor não me meter, na verdade nem pensei nisso! Suspiro pesadamente. Esse é um problema que eu não precisava, logo na minha primeira semana de trabalho descobrir algo assim, tudo conspira para me ferrar.
Paro em uma carrocinha de rua e decido comprar um cachorro-quente, este será meu almoço. Quando voltar compro um copo de café gelado e ficará por isso mesmo. Meu telefone começa a tocar na bolsa e atravesso a rua correndo. Paro na calçada pegando o aparelho.
_ Olívia?
_ Sim pai, o que foi? _ Pergunto verificando se é para virar a esquerda.
_ Logo mais estou indo a cidade, você quer que eu leve alguma coisa?
_ Não, estou indo buscar as chaves agora. Parece que o proprietário já arrumou tudo.
_ Posso levar suas malas se quiser.
_ NÃO! Não entre em meu quarto. _ Meu Deus o gato, eu havia me esquecido dele. Preciso me lembrar de comprar comida também.
_ Então depois de fazer minhas tarefas a gente pode voltar juntos, que tal? Vou sair daqui às cinco.
_ Vamos fazer assim, o senhor me liga mais tarde e a gente confirma. Realmente não sei se vai ter algum atleta para atender e tenho que resolver uma coisa com um jardineiro contratado recentemente.
_ É muito bom ouvir você sendo adulta e profissional.
_ E e por acaso já fui infantil? Pai, desde que a mamãe morreu eu mudei muito, só o senhor que não reparou.
_ Certo, certo.. Vá buscar suas chaves e cuidado ao atravessar a rua. A cidade é um caos e os taxistas são loucos.
_ Okay, até mais. _ Desligo e guardo telefone no bolso traseiro. Finalmente uma boa notícia, não vou gastar dinheiro com transporte. Olho para o céu em meio a tantos prédios, o dia como sempre oscila entre sol e nuvens. Vejo que não foi uma boa ideia vir andando, mas preciso economizar qualquer tostão mesmo que meus pés estejam me matando.
