Olívia Baker retorna à Nova York após ficar cinco anos estudando fora do país, a jovem é apaixonada por Peter McBride o filho caçula dos empregadores de seu pai. Ao chegar na cidade ela vai para uma entrevista de emprego onde Peter joga como batedor...
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Richard
_ Richard você enlouqueceu, porque estava com Olívia? _ Peter nervosamente me puxa escada acima. _ O que vocês fizeram?
Usando um tom acusatório para cima de mim? O encaro, o que eu poderia ter feito com a mulher?
_ Não faço ideia do que você está pensando.
_ Quero saber porquê os dois chegaram sozinhos e que história é essa que jantaram juntos?
_ Apenas jantamos para passar um tempo mesmo. _ Digo esperando sua resposta.
_ Passar um tempo? Richard você não tem que passar tempo nenhum com Olívia, eu pedi para você cuidar dela apenas porque estou ferido, não quero você se aproveitando da garota.
_ Olhe bem o que você está falando, o único que quer se aproveitar da mulher é você! Sinceramente Peter, cresça! Ofereci o jantar porque ela não almoçou graças a um atleta com problemas, a mulher estava morrendo de fome mas eu deveria ter largado ela lá e deixado desmaiar no caminho de volta. _ Paro ainda no meio do corredor tateando os bolsos, jogo a caixa com o par de brincos em sua direção. _ Da próxima vez dê um anel, não acredito que vou ter que comprar. E prepare-se amanhã será anunciado publicamente o noivado.
Não espero sua resposta, entro no quarto acendendo as luzes a procura de Margot.
Tiro o Blazer e o penduro na poltrona. Vou até as cortinas para ver se ela não está escondida e vejo uma fresta da porta para a sacada aberta.
_ Era só o que me faltava, quem deixou isso assim? _ A Gata com certeza fugiu, vou até o banheiro para ter certeza que ela não estava ali dentro.
Saio do quarto e desço as escadas saindo da mansão. Procurar a felina nesta escuridão será uma missão impossível, só quero gritar com quem deixou aquela maldita porta aberta!
_ Margot?_ Me sinto ridículo mas não deixarei a felina a solta ainda mais operada, pode ser atropelada ou até morta por alguém maldoso.
Entro em todos os lugares. A quadra de tênis, verifico toda a área externa e a piscina coberta. Paro na porta da garagem mas não tem como Margot ter entrado aqui, a porta está completamente fechada e é mantida assim por Frank.
Dou uma volta pelo casebre e me dou por vencido quando olho meu relógio. 3:30 da manhã, preciso dormir, tenho uma reunião logo cedo.
Torço para que ela ache seu caminho de volta e não tenha ido longe demais.
Entro em meu quarto tirando a camisa e me deito na cama de qualquer maneira. Fecho os olhos ainda pensando onde pode ter se enfiado a endemoniada da gata. Por que fui assumir tanta responsabilidade, adotar um animal? Eu realmente não levo jeito para essas coisas..
...
Acordo com o telefone tocando. O sol já entra pela janela cegando-me, pego o aparelho e o atendo.
_ Hãm, bom dia senhor. Eu.. Eu apenas estou ligando para saber se está tudo bem.
_ Como assim?
_ Bem, são dez da manhã e o senhor ainda não chegou. Quer que chame um médico?
_ Não estou doente, chego ai em uma hora! _ Se não fosse June me ligando estaria completamente ferrado. A reunião é ao meio-dia e nem tenho tempo de passar em casa para trocar de roupa, dígito rapidamente para ela sair e comprar alguma coisa que me sirva. Essa não é a primeira vez que me acontece isso e a secretária de meu pai é capaz de cumprir tal tarefa.
Vou até o banheiro para tomar um banho e me recordo que a gata ainda está sumida.
Saio enrolado na toalha e vou até o quarto de Peter. Bato em sua porta algumas vezes até ele me atender com a cara amassada.
_ Margot sumiu me faça o favor de procurá-la.
_ Como assim sumiu? Ah, ela apenas deu uma volta. Frank encontrou a gata na varanda de sua casa, o homem estava vermelho de tanto espirrar.
_ Sério, e onde ela está?_ Não acredito que tudo terminou bem.
_ No quarto de nossa mãe.
_ Me faça outro favor. Coloque Margot na caixa de transporte mais tarde, por volta das cinco horas e peça a Frank para levá-la, mas dê algum remédio ao homem para não matá-lo. Vou deixar as chaves do apartamento.
_ Ok, agora vá se vestir, ninguém quer ficar vendo esse seu peito peludo e tatuado.
_ Eu não tenho culpa que você ainda não entrou na puberdade e tem apenas essa barba mixuruca.
Volto para o quarto vestindo minhas roupas rapidamente, desço as escadas olhando a hora em meu relógio de pulso.
_ Não vai tomar café filho? _ Hillary me segue até a porta.
_ Não, eu preciso estar no estádio para uma reunião importante, na verdade já estou atrasado. Essa semana ainda volto, está certo o jantar com a família de Laura?
_ Sim, no final de semana.
_ Ok, até lá!
Passo pela porta vendo a moto estacionada, pego o capacete lembrando-me da terrível noite que tive desde o momento que saí do estádio. Gravo um lembrete interno de nunca mais levar mulher alguma para jantar.
Subo na Harley Davidson colocando o capacete. Tenho cerca de 1 hora para estar em minha sala com o computador já ligado fazendo a vídeo-chamada. Respiro fundo me sentindo um tanto aliviado por Margot ter encontrado seu caminho de volta sem se ferir.
