Olívia Baker retorna à Nova York após ficar cinco anos estudando fora do país, a jovem é apaixonada por Peter McBride o filho caçula dos empregadores de seu pai. Ao chegar na cidade ela vai para uma entrevista de emprego onde Peter joga como batedor...
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Richard
Olho para o relógio vendo que já são quase 19 horas e nada de Olívia Baker passar pela maldita porta. Hillary me ligou para contar que escutou a recém contratada e Peter combinando de almoçarem juntos amanhã e terei que interferir nisso, é claro! Na verdade me virei nos 30 tentando arrumar algo para ela fazer.
Estou bebendo uma xícara de café pela vigésima quinta vez hoje para me manter acordado. Para ser sincero não preguei os olhos na noite passada, mas isso não é nenhuma novidade. Acho que fui extremo demais ao beijá-la e o tapa em minha cara foi a resposta que passei dos limites, coisa que no momento nem pensei. Era mais um jeito idiota de fazê-la esquecer rapidamente Peter o que não foi uma boa idéia, já que eu não sou um bom candidato para isso. O telefone toca e o tiro do gancho o colocando no ouvido.
Finalmente a mulher chegou e parece que tudo conspira ao meu favor quando por volta das 16 horas da tarde me ligaram da imobiliária falando que alguém veria um de meus apartamentos. Na verdade nunca mais me interessei por eles, tantos espalhados pela cidade.. Quando ouvi que uma tal de Baker se interessou só consegui ligar os pontos em minha cabeça. Esse é um apartamento relativamente próximo ao estádio e pela descrição da mulher ao telefone era mesmo a garota. Mas ela não precisa saber que a casa é minha, guardarei essa carta para usar no futuro.
June abre a porta e encaro a mulher entrar segurando sua bolsa com força, ela parece Margot assustada querendo fugir quando tento lhe dar algum comprimido suspeito.
_Boa noite, aceita um café? _ É, agora tenho que apelar para gentileza com mais uma mulher, como se isso já não fosse chato o suficiente.. Laura, Olívia, quem mais?
_ Hãm.. não obrigada! _ A vejo olhar discretamente em volta e não posso evitar revirar os olhos. Vou terminar logo com isso e voltar para casa, mas antes preciso passar na tabacaria para comprar alguns cigarros e charutos.
_ Sente-se Olívia, vou pegar alguns papéis de seu interesse. Não precisa ficar parada como se eu fosse atacá-la a qualquer momento. _ É, eu não consigo controlar meus comentários irônicos.
Abro as gavetas procurando um contrato de confidencialidade, por mais que ela ainda vá passar pela experiência é melhor mantê-la de boca fechada desde o início. Caminho até a poltrona sentando-me de frente para ela e coloco os papéis sobre a mesa de centro. Arrumando os óculos no rosto ela enrola os cabelos e pega os os documentos lendo-os atentamente.
_ É um simples NDA, deixando em linhas tudo o que você não pode falar daqui para fora no seu caso não deve falar nada a respeito do estado físico de nossos atletas em reabilitação ou planos de jogos que possa ouvir, e claro sobre a vida pessoal deles.
_ Entendo.. _ É a única palavra que diz.
_ Se você quebrar este contrato temos o direito de processá-la e provavelmente você não conseguirá trabalhar com nenhum outro time. Então basicamente boca fechada não entra mosca
