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a r m a d a    d e    d u m b l e d o r e

Se há algo que corre mais rápido que Hermione em direção a biblioteca é a fofoca em Hogwarts. No dia seguinte, quando Draco e Harry entraram no Salão Principal juntos, toda a escola já sabia do novo status de seu relacionamento. Ginny praticamente pulou nos dois, comentando como ela estava esperando ansiosamente por esse momento, e Luna disse a Harry para cuidar bem de seu primo.

Harry suspeitava que Pansy, Blaise e Fred eram os responsáveis pela rapidez da notícia.

Theo parou para dizer que estava feliz pelos dois, e isso fez com que Harry se sentisse mal, então ele sorriu e agradeceu o menino.

Era curioso como nada pareceu mudar muito entre Draco e Harry. Isso o fez perceber que eles sempre agiam mais como um casal do que como um par de amigos ao redor do outro. Eles ocasionalmente seguravam as mãos um do outro, se abraçavam, se provocavam eternamente e - mais do que Harry iria admitir - escapavam para cantos onde podiam ter momentos mais privados.

Para acompanhar seu bom humor, Snape conseguiu convencer Umbridge a liberar o time da Sonserina para os treinos de quadribol. Harry quis também pensar no Clube de DCAT deles, mas Hermione lhe garantiu que ela poderia organizar a primeira reunião sozinha.

Então, Harry chegou no treino de quadribol se sentindo melhor do que estava em semanas. Apesar do tempo horrível e da chuva pesada, ele conseguiu organizar o time. A queimadura em seu braço não o permitiu jogar tão bem quanto ele normalmente faria - movimentos bruscos causavam dor -, mas tudo ocorreu bem.

Até o vestiário.

"AI!" Gritou Harry. Ele comprimiu o rosto com a toalha, seus olhos contraídos de dor. Sentira a cicatriz na testa queimar intensa e dolorosamente, como não sentia havia semanas.

"Que foi?" Perguntaram várias vozes. Harry saiu de trás da toalha; viu o vestiário borrado porque não estava usando óculos, mas, ainda assim, percebia que os rostos de todos se voltavam para ele.

"Nada." Murmurou. "Enfiei o dedo no olho, foi só."

Mas lançou um olhar expressivo a Blaise e Draco, e os três ficaram para trás depois que o resto do time se foi.

"Foi a cicatriz?" Perguntou Draco, se aproximando e segurando o rosto de Harry entre suas mãos delicadamente. Ele estava com a testa franzida em preocupação.

"Foi." Murmurou.

"Ele não pode estar em Hogwarts, pode?" Perguntou Blaise. Sua postura era levemente tensa. Harry balançou a cabeça, e Draco o soltou, mas permaneceu ao seu lado.

"Não, ele não está aqui. Mas está com raiva. Por isso doeu." Harry não pretendera dizer aquilo, e, aos seus ouvidos, as palavras pareceram ter sido pronunciadas por um estranho – contudo, percebeu imediatamente que eram verdadeiras. Ele não sabia como sabia, mas o fato é que sabia; Voldemort, onde quer que estivesse, o que quer que estivesse fazendo, estava enfurecido.

Draco arregalou os olhos. "Como sabe disso, Harry? Você viu algo?"

Harry ficou muito quieto, olhando para os pés, deixando sua mente e sua lembrança relaxarem depois da dor. Um emaranhado confuso de formas, um clamor de vozes...

"Ele quer ver alguma coisa concluída, mas isto não está acontecendo na velocidade que ele quer." Novamente, surpreendeu-se ao ouvir as palavras saindo-lhe da boca, mas tinha plena certeza de que eram verdadeiras.

Harry sacudiu a cabeça e cobriu os olhos com as mãos, comprimindo-os com as palmas. Explodiram estrelinhas. Ele podia sentir Draco e Blaise o observando.

Draco Black e a Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora