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n a t a l e m G r i m m a u l d P l a c e

Como é que ele poderia ter sonhado em voltar à rua dos Alfeneiros para passar o Natal? O prazer de Sirius em ter de novo a casa cheia, e principalmente em ter Harry de volta, foi contagioso. Parecia resolvido que todos deviam se alegrar tanto quanto ele, se não mais do que teriam se alegrado em Hogwarts, enquanto trabalhava sem descanso nos preparativos para o Dia de Natal, limpando e decorando a casa com a ajuda dos garotos, de modo que, quando finalmente todos foram se deitar na véspera do Natal, a casa estava quase irreconhecível.

Os lustres oxidados tinham guirlandas de azevinho e serpentinas douradas e prateadas; neve mágica brilhava em montes sobre os tapetes gastos; uma grande árvore de Natal obtida por Mundungo, e decorada com fadinhas vivas, ocultava a árvore genealógica da família de Sirius, e até as cabeças empalhadas de elfos na parede do corredor usavam gorros e barbas de Papai Noel.

Harry acordou na manhã de Natal e encontrou duas pilhas de presentes ao pé da cama. Draco ainda dormia pacificamente ao seu lado. Ele silenciosamente foi no banheiro para sua higiene matinal e depois sentou-se no chão e abriu alguns de seus presentes.

Ron havia lhe dado uma Bússola para Vassouras e doces, enquanto Hermione lhe presenteou com um livro que parecia um diário, exceto que todas as vezes que ele abria uma página ouvia coisas do tipo: Faça hoje ou pague o preço!

Pansy tinha mandado um cordão preto com um pingente que, caso fosse aberto, mostrava uma foto deles e seus quatro amigos em Hogsmeade. Blaise, por sua vez, enviou um anel que ajudava no processo de cura de alguém - aparentemente, era típico da Espanha.

Sirius e Lupin haviam presenteado Harry com uma coleção de excelentes livros, A magia defensiva na prática e seu uso contra as artes das trevas, contendo esplêndidas e comoventes ilustrações coloridas de todos as contra-azarações e os feitiços descritos. Harry folheou o primeiro volume, curioso; dava para ver que seria extremamente útil nos seus planos para a AD. Hagrid lhe mandara uma carteira de pele marrom que tinha presas, que ele supunha fosse um Feitiço Antiladrão, mas que infelizmente o impediu de usá-la para guardar dinheiro sem perder os dedos. O presente de Tonks foi um pequeno modelo de Firebolt, que ele fez voar pelo quarto desejando ainda ter a sua versão em tamanho natural.

Narcissa embalou diversas roupas - algumas, para sua surpresa, trouxas - e vestes novas, junto com um cartão de 'Feliz Natal'. O Sr. e a Sra. Weasley, o costumeiro suéter tricotado à mão e algumas tortas de frutas secas e especiarias, e Dobby um quadro realmente horrendo que Harry suspeitava ter sido pintado pelo próprio elfo.

Ele encontrou um presente com a caligrafia de Draco e sorriu ao abrir. Era uma pulseira de couro preta, com um triângulo pequeno prateado e uma pequena pedra que brilhava em tons de roxo, azul e verde no centro.

"Gostou?" Harry olhou para Draco ao escutar sua voz sonolenta. O menino o encarava com metade do rosto escondida no travesseiro, apenas um olho cinza focado nele.

"Isso é..."

"A mesma joia do meu colar? É. Achei justo, considerando que eu sempre sei como você se sente em relação a mim." Ele se senta lentamente e Harry sorri quando seu namorado esfrega os olhos, bocejando. "Usei magia para conectar meu colar e sua pulseira. Se um parar de funcionar, o outro para também. Assim nenhum tem uma vantagem sobre o outro."

"Eu amei." Disse Harry. Subiu na cama, sentando-se ao lado de Draco, e deu um beijo na cabeça do menino. "Obrigado." Prendeu a pulseira ao redor de seu pulso direito.

Draco lhe deu um sorriso sonolento, e Harry assistiu-o levantar e caminhar na direção do banheiro, saindo alguns minutos mais tarde, parecendo bem mais disperso. O loiro se aproximou e, prendendo o queixo de Harry entre seus dedos e o forçando a olhar para cima, lhe deu um beijo.

Draco Black e a Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora