Draco Black e a Ordem da Fênix

32

N/A: A fanart n tem nada a ver com o capítulo, mas queria compartilhar essa obra de arte :)

N . O . M . s

A euforia de Ron por ter ajudado a Grifinória a ganhar a taça de quadribol era tal que ele não conseguiu se concentrar em nada no dia seguinte. A sonserina não estava muito feliz, mas sem Blaise, Draco e Harry, eles já sabiam que a derrota era o destino mais comum. Só queria comentar o jogo, por isso Harry, Blaise, Draco e Pansy acharam muito difícil encontrar uma vaga para mencionar Grope. Não que eles tivessem se empenhado muito; nenhum deles queria ser responsável por trazer Ron de volta à realidade de maneira tão brutal.

Hermione, porém, logo ficou ciente da situação, e teve certeza que todos soubessem que estava irritada, reclamando o dia todo. Quando eles finalmente atualizaram Ron da situação, ele reagiu mais ou menos da mesma forma. Os sonserinos deixaram claro que nenhum dos dois precisava se envolver, mas apesar da irritação, eles se recusaram a deixar seus amigos sozinhos nessa.

Os jardins e terras do castelo refulgiam ao sol como se tivessem sido recémpintados; o céu sem nuvens sorria para o seu reflexo no lago liso e cintilante; o verde acetinado dos gramados ondeava ocasionalmente à brisa mansa. Junho chegara, mas para os quintanistas isto significava apenas uma coisa: estavam às vésperas dos N.O.M.s.

Seus professores não passavam mais deveres de casa; as aulas eram dedicadas a revisar os tópicos que eles achavam que mais provavelmente cairiam nos exames. Nesse meio-tempo, nascera entre os alunos de quinto e sétimo ano um florescente mercado negro de produtos para aumentar a concentração, a agilidade mental e a atenção.

Harry se sentiu imensamente tentado, mas Draco estava convencido que o moreno seria pego, e disse a ele que iria ficar um mês sem sexo caso ousasse participar da compra de tais produtos. Harry desistiu da ideia imediatamente.

Nenhum dos quintanistas conversou muito durante o café na manhã do teste, tampouco: Parvati, na mesa da Grifinória, praticava encantamentos em voz baixa, fazendo o saleiro à sua frente se mexer; Hermione, na Corvinal, relia Sucesso em feitiços tão rápido que seus olhos pareciam se turvar; Neville, na Lufa-Lufa, não parava de deixar cair os talheres e derrubar a geleia; e Daphne, na Sonserina, repetia milhões de vezes o que aconteceria caso ela falhasse em todos os testes.

Quando terminaram, os alunos de quinto e sétimo anos se deixaram ficar pelo Saguão de Entrada enquanto os outros estudantes foram para as aulas; então, às nove e meia, eles foram chamados, turma por turma, a reentrar no Salão Principal. as mesas das quatro Casas tinham sido retiradas e substituídas por muitas mesas individuais, de frente para a mesa dos professores no fundo do salão, à qual estava a Prof a McGonagall, por sua vez, de frente para as mesas dos alunos.

Depois que todos se sentaram e sossegaram, ela disse:

"Podem começar."

E virou uma enorme ampulheta na mesa ao lado, sobre a qual havia ainda penas, tinteiros e rolos de pergaminho de reserva.

Harry virou a folha do exame, o coração batendo forte – três fileiras à sua direita e quatro cadeiras à frente, Draco já estava escrevendo –, e ele baixou os olhos para ler a primeira pergunta: a) cite o encantamento e b) descreva o movimento da varinha exigido para fazer os objetos voarem.

Harry teve uma lembrança fugaz de uma maça voando no ar e aterrissando com estrondo na cabeça dura de um trasgo... com um ligeiro sorriso, ele se curvou para o exame e começou a escrever.

Ao finalizarem, os quintanistas almoçaram com o restante da escola (as mesas das quatro Casas reapareceram na hora do almoço), depois marcharam para uma pequena sala ao lado do Salão Principal, onde deviam esperar a chamada para o exame prático. À medida que pequenos grupos de alunos eram chamados, os que ficavam murmuravam encantamentos e praticavam movimentos com a varinha, ocasionalmente espetando o colega nas costas ou no olho, por engano.