Draco Black e a Ordem da Fênix

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a z u l,    a    c o r    d a    v e r d a d e

Uma batida na porta do quarto de Harry o distraiu do livro que estava lendo. Era mais um sobre quadribol que Sirius havia lhe dado. Ele estava lendo sobre apanhadores mais famosos do século - assim como seus jogos mais fantásticos - quando Draco abriu a porta e entrou. Estava tarde na noite, quase de madrugada, então o moreno se perguntava o que seu amigo estava fazendo acordado. Mas as perguntas rapidamente fogem de sua mente.

Draco usava apenas uma calça de moletom baixa em seus quadris, expondo os músculos trabalhados e conquistados depois de anos de quadribol. Seu cabelo estava levemente bagunçado, como se ele tivesse acabado de levantar da cama e simplesmente não se importou em arrumar - coisa que não era nada Draco.

Mas foram seus olhos que o chocaram. O cinza quase prateado estava escuro, em um tom que chegava perto de preto, algo selvagem. Ele olhava para Harry de uma forma diferente, algo que o moreno não sabia exatamente como analisar. Ele deixou seu livro de lado e se sentou mais reto na cama.

"Você está bem? Alguma coisa aconteceu?" Questionou Harry, arqueando as sobrancelhas.

"Yeah, algo aconteceu." Disse o loiro. Draco trancou a porta, o que fez Harry franzir a testa, e rapidamente se aproximou, subindo de joelhos na cama. O coração do moreno acelerou em seu peito. "Você está me olhando de uma maneira diferente."

"Como assim?" Murmurou. Ele arregalou os olhos quando Draco colocou uma perna de cada lado dele, sentando em seu colo. Harry sentiu algo duro contra sua coxa e... Aí meu Deus. Isso é...? "D-Draco, o que está fazendo?" Sua voz era um sussurro rouco.

O loiro sorriu levemente. Seu sorriso era puramente diabólico.

"Eu notei, sabe. Desde aquele dia no banheiro, quando escutamos o ovo dourado debaixo d'água. Tem vezes que me encara de um jeito diferente." Sussurrou. Seu olhar era tão envolvente que Harry se sentiu obrigado a virar o rosto para o lado, tentando encarar qualquer coisa que não fosse seu amigo.

"Eu não sei do que está fala..."

Sua frase é interrompida quando Draco segura seu queixo em um aperto firme e o força a olhar para ele. Harry se surpreende ao encontrar o rosto dos dois bem mais próximo, conseguindo sentir a respiração do loiro contra sua pele, o toque dos fios claros de cabelo contra sua testa.

"Não mente para mim. Talvez seja isso que está fazendo com si mesmo, mentindo. Você finge que não percebe, porque ignorar a realidade é mais fácil do que encarar o que está sentindo."

Draco se aproximou mais ainda, e Harry sentiu sua respiração ficar presa em sua garganta ao sentir o toque provocativo dos lábios do menino contra os seus. Não era um beijo - era meramente um teste, uma pequena amostra do que poderia acontecer.

"Mas essa é a coisa engraçada sobre nós dois, Potter..." Sussurrou Draco, o cinza de seus olhos consumindo completamente o moreno. O coração de Harry estava tão acelerado que parte dele temia que fosse saltar para fora de seu peito. "Você nunca pode mentir para mim."

A mão em seu queixo o soltou, mas logo desceu até envolver ao redor de sua garganta. Não era um aperto ameaçador, nem mesmo forte. Era uma prova de suas palavras. Draco estaria sempre ali, e, querendo ou não, Harry realmente não podia mentir para ele. Querendo ou não, estava à sua mercê.

Os lábios de Draco se estendem em um sorrisinho travesso, e antes que Harry pudesse pensar sobre o que fazer em seguida, o menino fecha a pequena distância entre eles e o beija.

* * *

Harry acorda com um solavanco, sentando em sua cama com a respiração ofegante. A luz passando pela leve fresta entre as cortinas de sua janela declarava que já estava de dia - o que quer dizer que ele dormiu a noite toda, algo raro nesses últimos dias.