Kenma não tinha nada pra falar, ainda sentia o gosto da boca de Kuroo na sua. Ele queria de novo, queria pra sempre. Kuroo sorria, procurando os olhos de Kenma, que sempre dava um jeito de desviar, seu rosto ardia de tão vermelho.
- Vamos pra casa, gatinho? Acho que você ficou um pouco tímido né?
Kenma assentiu, não sabia o que dizer, estava feliz, mas tinha medo de escolher as palavras erradas. Ele levantou junto ao mais velho e segurou sua mão. Ainda estava tímido demais para o olhar nos olhos, mas não podia o deixar pensando que não se importava.
- Tá tarde, vou chamar um táxi, que tal? - Kuroo sabia que esse era só o jeito do loiro, não tinha nada de errado nisso, ele estava feliz de ter tido seu beijo correspondido. Eles esperaram um pouco sob a luz fraca da varanda e entraram no carro que chegou, Kenma deitou no seu ombro novamente, escondendo o rosto no seu casaco.
- Você é a coisa mais preciosa, sabia? Acho que nunca encontrei alguém como você antes...Tão perfeito pra mim. Meus amigos disseram que eu saberia quando encontrasse alguém, estavam certos, eu soube no dia que te conheci.
Uma declaração repentina assim deixou Kenma ainda mais envergonhado, mas também se sentiu amado naquele momento, ele não estava acostumado a ser desejado por ninguém. Ele segurou a mão de Kuroo mais forte. Pra quebrar o clima, Kuroo começou a cantar uma música sobre os elementos da tabela periódica. Música essa que Kenma nunca tinha gostado, até que saiu da boca do moreno, agora ele amava.
Eles foram pra casa de Kuroo de novo, naquela noite, não dormiram em camas separadas. Dormiram abraçados e protegidos no abraço um do outro.
Nos dois dias seguintes eles viveram com mais leveza, a intimidade entre os dois aumentava, dificilmente trocavam beijos, mas viviam grudados trocando caricias. Bokuto, confidente oficial de Kuroo, já sabia que o amigo estava apaixonado, perdido de amores pelo garoto do cabelo descolorido. Akaashi, confidente de Kenma, também já sabia da novidade. Sabia que Kenma agora não imaginava um dia sem Kuroo ao seu lado. Mas as coisas estavam tranquilas demais pra ser verdade.
Na segunda-feira, a polícia bateu na porta de Kuroo, antes dele ir pro colégio. Eles estavam procurando por Kenma, é claro. Kuroo insistiu que não o devolvessem pro irmão. Contou das agressões, mostrou as fotos, tudo isso enquanto Kenma estava atrás dele, com um olhar vazio. Ele já sabia que voltaria pro inferno de qualquer jeito, nunca conseguiria fugir. Ele tinha tanto medo.
- Hey, Kenma, não se preocupe. Eu vou ver você o tempo todo, é só você me ligar. Se ele encostar um dedo em você, eu chamo a polícia. Eles são uns merdas, precisam te levar pra casa, mas se acontecer algo, eles também vão tirar de lá. Eu juro.
Kuroo abraçou Kenma o mais forte que podia, um abraço não correspondido. Kenma estava atônico, não sabia o que seria dele, mas sabia que o irmão não ia deixar barato assim. Ele foi com os policiais pro lugar que precisava chamar de casa, mas seu lugar era com Kuroo. Era onde ele queria estar. Ele queria voltar pra Kuroo.
Em off: Acho que a fanfic esta chegando ao fim hein
Estão gostando? Podem ficar a vontade pra fazer críticas e observações, adoro os comentários <3 To tentando atualizar sempre, mas a faculdade atrapalha minha vida de fanfiqueira kkkkk
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(Can We Be Friends?) - Kuroken - FINALIZADA
Fiksi PenggemarKuroo, o capitão do time de vôlei, sempre foi curioso e, com a chegada do misterioso Kenma, não seria diferente. Mutismo seletivo - O Mutismo Seletivo (MS) é um transtorno de ansiedade complexo que caracteriza-se pela dificuldade de um indivíduo se...