𝐢 𝐰𝐚𝐧𝐧𝐚 𝐛𝐞 𝐲𝐨𝐮𝐫𝐬; kei tsukishima

10

Depois de ouvir "kuroo" olhei para os dois lados tentando lembrar de quem era, mas não foi muito difícil depois de reconhecer aquele cabelo em que o dono era daquele jeito.

E antes mesmo de fazer mais alguma coisa, observei em silêncio o moreno trocando olhares com aquele mesmo grupo de amigos de antes, ainda com um sorriso no rosto depois de ouvir meu nome.

Sentindo a mão de Kiyoko na minha coxa, nossos olhares se encontraram e notei ela com aquele típico "está tudo bem?", então sem pensar direito nas consequências apenas acenei com a cabeça e, quando menos percebi fui jogada por Oikawa para dentro do closet que tinha perto da sala em que todos estavam.

Que eu me lembre, antes de usar tudo aquilo com Tsukishima, eu não tinha trocado uma palavra diretamente com Kuroo, mas não podia mentir para mim mesma que ele não era um cara atraente para não querer fazer nada com ele naquele minúsculo e abafado armário em que fomos trancados.

Com o empurrão de Oikawa, que foi bem delicado o possível ao ponto de me fazer cair em cima de Kuroo, quando abri meus olhos estava sentada no colo do mesmo.

E sem notar a vergonha na hora, eu fiquei naquela posição por uns segundos esperando minha pressão voltar ao normal antes que eu vomitasse em cima do menino bonito ali mesmo.

-"você está bem?"- subi minha cabeça para ver seu rosto e jurei que ele tinha o mesmo sorriso provocante de todas as vezes que eu o olhava. Ele soltou uma risada baixa e rapidamente envolveu seus braços em volta da minha cintura, me fazendo não perder o equilíbrio mas também se aproveitando um pouco da situação.

-"o que você está fazendo? eu estou é ótima"- eu disse nervosamente e levantei daquele lugar, que por mais que fosse confortável, era bem constrangedor.

Observei ele levantar logo depois e se apoiar na parede que ficava de frente para a porta, cruzando os braços e me encarando de cima a baixo como se eu estivesse numa vitrine. E quando eu digo que aquele closet era pequeno, significa que se ele desse mais três passos curtos, nossos lábios estariam a centímetros de distância.

-"você vai gastar esses últimos minutos ai parada ou quer fazer outra coisa?"- depois de um passo dado, Kuroo falou se inclinando perto do meu ouvido, me fazendo sentir o cheiro de bebida da sua boca ao mesmo tempo em que senti seu perfume do pescoço.

E sentindo um frio na barriga depois de nossos olhos se cruzarem, percebi que nossas bocas haviam passado de raspão.

-"sabe, até que eu não me importaria de te beijar agora mesmo"- ele deu mais um passo, intercalando o olhar entre minha boca e meus olhos vermelhos por mais cedo.

E eu igual uma idiota fiquei estendida na frente dele, não que eu fosse recuar se ele fizesse algo, mas a iniciativa de fazer alguma coisa eu que não iria ter.

-"eu não posso fazer nada se você não deixar"- com a cabeça baixa pela vergonha da troca de olhares com aquele garoto, senti seu dedo em baixo do meu queixo o levantando, fazendo com que nossos lábios ficassem ainda mais próximos e nossos narizes se tocassem na ponta.

-"se você não dizer nada, nós vamos ficar aqui olhando um ao outro enquanto eles contam os minutos lá fora"- com a mesma mão que havia puxado meu queixo, ele a moveu pela minha bochecha até chegar no meu pescoço, assim afirmando ela na minha pele fortemente.

-"é isso que você quer? desperdiçar essa chance?"

É claro que não era minha intenção recusar uma ficada com um cara daqueles, mas bêbada, chapada, tonta e ainda mais num país novo em que nem sabia quem era aquele menino que tinham me trancado junto, eu tinha minhas dúvidas do que fazer ou não.