Qual o seu nome?

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Antes desejasse poder conversar com eles, explicar a eles, estar com eles, mas meu destino fora escrito com tinta vermelha e enquanto aquele homem estivesse ali, nada mais poderia ser dito.

Uma coisa era certa, eu e ele estávamos extremamente cansados, havíamos lutado anteriormente e isso fazia-nos encarar um ao outro com repulsa e ódio, a energia daquele cômodo era intensamente pesada e perigosa. Houve sons vindos da porta atrás do homem, alguém tentava abrir, talvez fossem os seguranças, mas eu sabia que aquela porta não seria aberta.

- Devo lhe ser grato por ter vindo até eles. Vou poder acabar com as duas presas ao mesmo tempo. Não é maravilhoso? - O homem de terno falou, cuspindo em seguida.

- Me poupe. - Falei revirando meus olhos com tal tolice, mal acabei a frase e o vi vindo diretamente em minha direção.

[...]

Mesmo com os golpes físicos que recebia e com os que tentava acertar em meu adversário eu fugia meu olhar para o canto da sala onde todos eles estavam encolhidos, com medo e como se estivessem se protegendo de toda aquela violência. Posso até supor o que eles devem estar pensando: Seria alguma pegadinha? Câmera escondida de algum show? Realmente aquilo não importava, eu estava sendo ferida e estranhamente pude perceber que isso deixava os sete garotos angustiados. Os staffs os impediam de prosseguir, mas estava sendo difícil apenas assistir àquilo.

Talvez a confusão daquele momento tenha tornado a situação ainda pior. Havia medo, muito medo, não só vindo de nós dois que estavam no meio daquela sala batalhando de forma inacreditável como para os demais que assistiam aquilo do canto da sala, pasmos e só desejando sair daquele lugar.

Não se pode dizer que aquela briga era justa, afinal, era um homem, de aproximadamente 1,80 de altura, com uma estrutura física atlética contra uma garota, claramente machucada e exausta. Estávamos agitados, mas por alguma razão tudo pareceu ficar em silêncio quando o meu corpo voou pelo ar até chocar contra as cadeiras que antes os Staffs estavam sentados, por alguma razão me ver ali, rastejando pelo chão, grunhindo de dor, tentando ao máximo se colocar em pé novamente, atingiu fortemente algo dentro daqueles sete jovens que observavam tudo apavorados.

Não era só medo, não era só raiva; aquele sentimento compartilhado silenciosamente pelos sete era maior que isso, era quase descritível, como ver alguém a quem se depositou muito amor ser ferida em frente aos seus olhos. Eu tinha certeza, doía tanto em mim quanto neles.

Eu me rastejava entre as cadeiras caídas procurando algo que a pudesse ajudar, o homem de roupas escuras estava ofegante, tentando se recompor, parece que tanto eu quanto ele estávamos com sintomas de exaustão, mesmo que não pareçamos ter os mesmos. O homem se aproximava de mim lentamente e percebi que isso assustou a todos naquela sala quando os ouvi prenderem a respiração de forma alta. Havia barulho do lado de fora, tentavam abrir aquela porta de todos os jeitos possíveis, mas nada parecia adiantar.

Por um segundo quando desviei o olhar para os sete garotos no canto da sala amontoados com o coreógrafo e os Staffs e eu me amaldiçoei por fazê-los me ver assim, eu me vi sozinha, fraca e inútil eu... eu falhei. Perdoem-me, por favor.

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- Ela não pode... - Jimin sussurrou sôfrego e quase não teria sido ouvido se Namjoon não estivesse a seu lado.

- O que está falando? - O mais velho perguntou em um sussurro enquanto corria os olhos para ver se ninguém estava machucado.

- Ela vai desistir. - O jovem loiro falou olhando para a garota.

- O que? - O líder suspirou, não era uma pergunta como deveria ser, era mais como... negação ou até mesmo decepção.

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Enquanto Houver Luz |《BTS》Onde histórias criam vida. Descubra agora