Capítulo 15 | Epílogo

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-P.O.V. ARMY/SN-

Eu acordei suada, meu coração acelerado e visão embaçada, minha primeira ação estranhamente foi verificar minha mão, não havia nada lá, tudo que eu tinha era uma dor aguda percorrendo toda a extensão de meu corpo e uma dor de cabeça horrível, só depois de alguns segundos tentando normalizar minha respiração foi que eu notei algo.

"Onde eu estou?"

Estava tudo silencioso ao meu redor e em minha mente podia sentir muito mais leve, mesmo com a enxaqueca. Quando voltei a analisar ao meu redor me espantei. É um quarto de hospital. Há umas pessoas estranhas em outras macas ao lado da minha e do meu outro lado, vazio.

- Ei! A moça acordou! Enfermeira! - Ouvi uma daquelas mulheres falar e reconheci como sendo em português. Mas por que não seria?

Eu estava tão confusa, sentia meus lábios tão secos e grudados que só em tentar abri-los me fazia ter a sensação de que novos cortes apareciam. Quando uma mulher fardada de verde apareceu  ela começou a medir algumas coisas e tentou falar comigo.

- Você consegue falar? - Ela perguntou e  eu apenas ascenti. Ela me ajudou a ficar sentada e quando tive a oportunidade...

- Água. - Foi a primeira coisa que falei sentindo minha garganta secar como se estivesse a dias em um deserto, pedido que a enfermeira rapidamente me trouxe.

- aqui. Não se preocupe, vai ficar tudo bem, o doutor vem em breve.

- Que dia é hoje? - Perguntei novamente.

- Hoje? 14 de Outubro.

Droga! Eu perdi o show do BTS! 

Mas... o que aconteceu? Eu não consigo lembrar. Tentei me concentrar, mas tudo o que consigo lembrar são de... sorrisos? De quem?

- Você foi encontrada por sua família desacordada no quarto e a trouxeram. Por alguma razão entrou em coma. Durante esses dias. - O doutor explicava, depois de ter feito alguns exames e de todo o drama da minha família, estamos apenas nós, e claro as outras mulheres nas macas, nesse quarto.

- Dias? Quantos? - Perguntei ainda tentando me situar.

- Foram 5 dias. - O médico explicou.

Depois de todo um questionário de que poderiam ter efeitos colaterais, tudo o que eu consegui assimilar foi que estaria em observação por mais um dia para que eu pudesse pensar em ter alta. A noite, quando o quarto estava mais silencioso, vi uma menina que acompanhava sua mãe (que estava em uma das macas ao lado) sorrir de frente ao celular. O volume estava baixo, mas pelo silencio, não demorou muito para que eu pudesse entender do que se tratava. Em um instante meu corpo se encheu de energia e expectativa. 

- Ei. Você está vendo o BTS? - Perguntei em esperança.

A menina sorriu com os olhos iluminados para mim, era algo tão caloroso e bom.

- Você é Army também? - Ela falou empolgada.

Army... Eu sou Army? Sou! Sou?

- Acho que sim. - Respondi sem jeito. - O que está vendo?

- É a reprise do show. Uma fanbase compartilhou alguns links e minha amiga me enviou, vai ficar disponível só hoje, quer ver? - Ela se aproximou e se sentou na cadeira ao meu lado.

- Sim eu quero. - Respondi, estranhamente com meus olhos já enchendo de lágrimas.

A garotinha colocou desde o primeiro dia, e não sei explicar, eu apenas chorei em vê-los, do início ao fim. Tivemos que conter os nossos gritinhos animados e até mesmo as risadas com a legenda. Estranhamente, eu conseguia entender, claro, eu não falo coreano, mas a língua está tão natural que eu simplesmente reconheço muitas palavras, as legendas me ajudaram nas partes que eu não conseguia.

Enquanto Houver Luz |《BTS》Onde histórias criam vida. Descubra agora