Capítulo cinco - You are mine

1.3K 122 5
                                    

Davina Petterson 🦋

Chegamos em frente à lanchonete que Lindsey diz ser muito boa. Descemos do carro, e adentramos o local, que já tocava algumas músicas.
- Ah fala sério, já não está mais tocando as clássicas! - exclama Lindsey. - Ah mas está é legal. - se refere à música "play dirty", do Kevin McAllister. Bipolar.
- Deixa eu avisar para o meu pai que não vou chegar em casa por agora. - falo pegando o celular e já abro o chat de mensagens do meu pai. Envio a determinada mensagem para ele, e logo volto minha atenção para meus amigos.
- Ali, vamos nos sentar ali. - Lindsey corre até uma mesa vazia e a seguimos.
Nos posicionamos nos bancos atrás da mesa. Miguel, Eli e Demitri em minha frente. Lindsey, foi pegar os cardápios para darmos uma olhada.
- Bom... eu vou querer um milkshake de morango com gotas de chocolate e biscoitos quebrados no meio. - diz a ruiva. - escolhem aí. - Miguel pega o cardápio e escolhe. Após todos escolherem o que queriam, peço o meu... um milkshake de chocolate com calda amarelada e pedaços de cerejas dentro.
Lindsey sai em direção ao balcão deixando lá os pedidos e volta à mesa.
- Já eles trazem. - ela se senta na ponta do banco onde eu estava, e se aproxima de mim me empurrando com o quadril.
- Você vem muito aqui né? - pergunto à ruiva.
- É, a maioria das vezes. - responde.
- Aí, eu falei com o meu sensei, ele disse que vocês são bem-vindos lá. - comenta Miguel.
- É eu vou ver se consigo ir lá amanhã. - digo.
- Eu dou uma carona, tô pensando em ir também esqueceu? - diz a ruiva.
- Não, não esqueci. Passa lá às sete da manhã. - ela afirma. - e vocês? Misteriosos, não vão? - aponto para Eli e Demitri que conversavam entre si. Ambos me encaram.
- Não, não. Eu passo, prefiro ficar jogando e jogando invés de apanhar o dobro do que eu já apanho na escola. - diz Demitri.
- Por isso que vale a pena ir lá cara. - diz Miguel.
- Quando eu resolver ir, podem me internar. - diz. Eli apenas sorria da situação. Eu queria tanto que ele conversasse com a gente, se enturmar.
- Eli, você vai não vai? - pergunto. O garoto me encara atentamente.
- N-não acho uma boa idéia. - suspiro. Uma hora consigo convencê -lo. Uma hora que não acho que seja agora.
Ao passar dos minutos, os pedidos chegam à mesa. Cada um, pediu uma bebida diferente.
- Hmm, é tão bom. - saboreia Lindsey. A garota se assusta, quando sente minha mão bater em seu braço rapidamente. - o que maluca?
- Você nunca ouviu Lana Del Rey?? - pergunto me referindo ao início de Born to die, que tocava no ambiente. A ruiva arregala os olhos empolgada.
- Não faz meu estilo. - diz Miguel. - prefiro Rock, especificamente os modernos.
- Shiu!! - Eu e Lindsey, reclamamos juntas e iniciamos a canção.

Why?
Who, me?
Why?

Feet, don’t fail me now
Take me to the finish line
Oh, my heart, it breaks every step that I take
But I’m hoping at the gates, they’ll tell me that you’re mine

Walking through the city streets
Is it by mistake or design?
I feel so alone on a Friday night
Can you make it feel like home if I tell you you’re mine?
It’s like I told you, honey

Don’t make me sad, don’t make me cry
Sometimes love is not enough and the road gets tough, I don’t know why
Keep making me laugh
Let’s go get high
The road is long, we carry on, try to have fun in the meantime

Come and take a walk on the wild side
Let me kiss you hard in the pouring rain
You like your girls insane
Choose your last words, this is the last time
‘Cause you and I, we were born to die

Lost, but now I am found
I can see, but once I was blind
I was so confused as a little child
Tried to take what I could get, scared that I couldn’t find
All the answers, honey

Don’t make me sad, don’t make me cry
Sometimes love is not enough and the road gets tough, I don’t know why
Keep making me laugh
Let’s go get high
The road is long, we carry on, try to have fun in the meantime

Come and take a walk on the wild side
Let me kiss you hard in the pouring rain
You like your girls insane
Choose your last words, this is the last time
‘Cause you and I, we were born to die
We were born to die
We were born to die

Come and take a walk on the wild side
Let me kiss you hard in the pouring rain
You like your girls insane

Don’t make me sad, don’t make me cry
Sometimes love is not enough and the road gets tough, I don’t know why
Keep making me laugh
Let’s go get high
The road is long, we carry on, try to have fun in the meantime

Come and take a walk on the wild side
Let me kiss you hard in the pouring rain
You like your girls insane
Choose your last words, this is the last time
‘Cause you and I, we were born to die
(We were born to die)

Cantamos toda a canção nos olhando divertidas, enquanto os garotos nos encaravam impressionados.
- Vocês cantam muito bem garotas. - diz Miguel.
- É belas vozes. - diz Demitri. - tirando a ironia. - o garoto aponta para minha camisa. Sorrio.
- Não pode ter mais de um gosto agora? - pergunto sorrindo. Ele dá de ombros.
- Sabemos que cantamos bem. - Lindsey faz uma pose engraçada. - Ah tem umas máquinas de jogos ali, querem? - a ruiva pergunta já se levantando.
- Eu não vou ir agora não. Podem ir se quiserem - falo, e Lindsey puxa Miguel pelo braço.
Por alguma coincidência, Demitri se levantou e foi junto deixando apenas eu e Eli.
- Você não quer ir? - pergunto ao garoto que nega com a cabeça.
- Prefiro ficar aqui. - responde. Dou um sorriso.
- Eu queria falar com você. - falo. - o que disse à Lindsey hoje?
- Ah... apenas que você não estava bem, ela perguntou o porquê, mas eu não quis dizer porque você ficou mal com o que a Yasmine disse. Não quis render a conversa. Falei à ela que Yasmine havia mexido com você, e ela foi atrás.
- Você disse pra ela me procurar. - falo sorrindo.
- Bem, sim... - responde envergonhado.
- De qualquer forma, você pensou em mim, obrigada. - ele meneia a cabeça positivamente. - eu não perguntei, mas... como ficaram os machucados?
- Ah, estão bem melhores graças à você. - responde sorrindo. Seus olhos vidraram nos meus, e pude sentir sua timidez. Resolvo brincar um pouco. Enrolo minhas pernas nas suas por baixo da mesa, sem desviar os olhos dos seus. Até que ele os desvia, mas ao mesmo tempo sorrindo.
- Posso fazer mais uma coisa acontecer graças à mim? - pergunto posicionando meus braços por cima da mesa. O garoto rapidamente me olha.
- Do que você está falando? - pergunta. Sorrio e me aproximo mais dele por cima da mesa. O garoto permanece imóvel, ainda olhando profundamente em meus olhos.
Nossos rostos estavam bem próximos, nos fazendo sentir a respiração do outro. Ele me atrai, de alguma forma.
Num movimento lento, selo nossos lábios num beijo calmo no qual ele permite. Incrivelmente, ele conseguiu dar os primeiros passos, porém tive que pedir passagem com a língua.
Não fazia idéia do porquê fiz isso mas não me arrependeria depois, ele quer e eu também. Dá pra perceber.
Meus sentimentos, são confusos. Não posso afirmar algo que não faço ideia do que está acontecendo. Mas eu sinto que devia me aprofundar no que não sei o que é... engraçado não é?
Separo nossos lábios e nos encaramos profundamente.
Dou um sorriso.
Eu amava a cara de perdido que ele fazia.
Era único, inexplicável.
Talvez eu me sinta atraída por ele.
Sim, pelo Eli.
- O-o qu...
- Não é hora de perguntas. - o interrompo com o indicador em seus lábios. Sorrio. - vem. - o chamo ao mesmo tempo que me levanto, e o garoto sorri contente e me segue.
Nos divertimos o resto da noite. Karaokê, máquina de jogos, bebidas. E ficamos por um bom tempo na por ali.
▪︎▪︎▪︎

You are mine - Eli Moskowitz Onde histórias criam vida. Descubra agora