You are mine - Eli Moskowitz

Capítulo Quinze - You Are Mine

Davina Petterson 🦋

Mexi a colher dentro do iogurte na bandeja a minha frente, sem fome alguma.
Já era a sexta aula daquele dia, mas não havia o visto desde ontem quando ele saiu do dojo.
Suas palavras ainda circulam em minha mente, ele realmente achou melhor se afastar de mim?

- Aí amiga, melhora essa cara. - Lindsey chegou sorridente e me empurrando levemente com seu corpo. Ela se senta a minha frente. - Eu sei que está chateada, mas, talvez ele só precise de um tempo.

- Ficaria mais tranquila, mas ele nem responde minhas mensagens.

- O sensei é mesmo um pé no saco. - Arqueei as sobrancelhas, concordando obviamente. - O Miguel, falou com ele.

- É? E falou o quê? - Me inclinei sobre a mesa, apoiando os cotovelos.

- Ele disse, que se continuar dando aulas daquele jeito, ao invés de recrutar mais alunos, vai assustá-los. - Ela sugou o suco da caixinha, pelo canudo. - Ele pareceu pensar sobre o que fez. - Com os lábios imóveis e os olhos pesados acompanhando o cansaço apoderado em meu corpo, assoprei ar num riso fraco e desinteressado.

- Quem não o conhece, acreditaria. Ele vai aparecer no dojo com a mesma arrogância de sempre.

- Olha amiga, se eu fosse você eu não julgava. Ele realmente pareceu se tocar que foi exagerado, sua feição não negou. - Dou de ombros e Demitri se aproxima. - E sobre o Eli, não se preocupe. Ele deve estar apenas "respirando", sabe, não é fácil. Ele só quer um tempo.

- É, eu sei que é difícil.

- Aí Davina, pode dizer pro Eli me responder? - Pergunta óbvio se sentando junto de Lindsey, que notou o clima sem graça ao me ver levantar. - O que eu disse de errado?

Segui com passos lentos para o corredor aonde normalmente estaria vazio e eu estaria afastada dos alunos barulhentos e invasores do refeitório.
Por ali, passava um ar fresco e agradável.
Melhorou o clima, mas não havia um minuto em que não passasse pela minha mente, como ele estaria agora.
Eu espero que bem.

- ...eu tenho certeza de que você só está com ciúmes dela. - Já sabendo quem seria, os analisava de longe.

- Com vocês nunca chega de brigas não é? - Retrucou Miguel, seriamente.
Eram apenas eles dois no meio do corredor, numa discussão que parecia não ter começado naquele momento.
Por mais que Kyler não quisesse dar muito na cara, Miguel parecia estar o intimidando com sua proximidade.

- Não estou chamando você pra brigar, cara. - Diz Kyler com as mãos na frente do corpo, fingindo amizade com o garoto. - Semicerro os olhos, apenas prestando atenção até onde isso iria. - Já entendemos ok? Não vamos mais mexer com vocês.

- Não, vocês não vão mais mexer com a Samantha, também. - Finalmente o Miguel deu às caras com Kyler, pela garota que ele gosta.

- Isso tudo é ciúmes?

- Você foi um babaca com ela, isso não tem justificativa.

- Tá bom. Tudo bem, não vou mais perturbar a Samantha. É sério. - Se rendeu. Eu tentava mesmo acreditar, que aquilo fosse verdade, enquanto Miguel esperava uns segundos a mais para virar as costas para ele. - A não ser que ela queira. - Ainda bem que não pude dizer que acreditei e que já era tarde demais... Miguel volta e com tudo, acerta um soco bem no meio de seu rosto. Formei um "Uh" entre os lábios e soltei um riso. Kyler, bateu suas costas na parede com o impulso, e deslizou até o chão com a mão em seu nariz que obviamente, estaria estourado por dentro.