Capítulo oito - You are mine

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Davina Petterson 🦋

- Eu disse que foi apenas um beijo, nada mais. - diz a ruiva andando ao meu lado, completamente despreocupada.
A encaro perplexa.
- Como... mas você não sente nada por ele? Nadinha? - andamos no corredor da escola, até chegar ao nosso armário.
- Ah amiga, eu não sei e sinceramente, não quero perder meu tempo falando sobre isso, entende? - suspiro.
- Tá né. - respondo. Abrimos nossos armários um ao lado do outro e pegamos os livros necessários para a primeira aula.
O tranco de volta e seguimos para nossa sala.
- Oi. - falo ao ver Eli e deposito um beijo em seus lábios.
- Oi. - ele diz antes de eu me sentar no lugar atrás dele.
O professor ainda não havia chegado então os alunos que ocupavam a sala, estavam mexendo no celular, outros conversavam, um grupo faziam brincadeiras entre si e alguns ficavam apenas quietos mesmo.
Tiro da mochila meu material e meu celular, que vibra assim que o pego. Ligo a tela, e automaticamente sorrio ao abrir o chat de mensagens do meu pai.
Uma foto de um carro e a mensagem...
"Pensei em fazer uma surpresa, mas não aguentei por muito tempo. Esse é seu novo carro."
"Mal posso esperar pra vê-lo pessoalmente. Te amo pai"
- O que aconteceu pra você estar tão sorridente? - Eli pergunta olhando pra mim.
- Meu pai já comprou meu carro. - o mostro a foto.
- Que bom. Nossa, ele é bonito. - diz. Afirmo sorrindo.
- Amiga. - chamo Lindsey na mesa ao lado e a mesma me encara curiosa. Aponto a foto para a garota que vê com brilho nos olhos.
- caraca, que lindo. Seu pai tem bom gosto. - diz. - agora você vai dirigir ele até pra ir na rua de trás né? - sorrimos.
- Não duvide - digo.
O professor chega e todos se calam e se sentam nos devidos lugares.
- Bom dia. - o homem diz e se direciona até sua mesa recebendo o coral de "bom dia" dos alunos.
A aula passou e já no final nos deu duas folhas do livro de Química para estudar.
Logo, a primeira aula do dia acabou e se iniciaram as outras como todos os dias. Trocamos a sala conforme trocavam-se as matérias e agora havia terminado a última aula do dia.
Estou ansiosa para chegar em casa e ver meu novo carro.
Ando apressadamente pelos corredores vazios e logo sinto meu pulso sendo puxado para dentro de uma das salas. O responsável me encurrala na parede. Já me preparo para desferir um soco se fosse algum tipo de brincadeira idiota. Quando percebo quem era abaixo a mão.
- Meu Deus. - sussurro com a respiração alterada. Sorrio. - você ia ficar com o nariz roxo. - Eli ri.
- Desculpa. Eu queria te ver de novo. - diz à minha frente. O beijo e seguro suas mãos cruzando com as minhas entre nossos corpos.
- A gente se vê quase toda hora por conta das aulas.
- Mas não é suficiente pra mim. - diz. Ele me beija com mais calma e lentamente até que necessitemos de ar. - eu sei que você precisa ir e eu também, mas eu pensei na possibilidade de estudarmos Química juntos. Você escolhe onde e o horário.
- Pra mim tudo bem, - falo. - se não tiver problema, na sua casa amanhã depois da escola. - lhe dou um selinho e acaricio seus cabelos.
- Tudo bem. - trocamos algumas carícias por um tempo. - Quer ir? Eu sei que você deve estar com pressa e eu tomando seu tempo...
- Vamos, mas você não é uma perda de tempo pra mim. - saímos de mãos dadas pelo corredor. O garoto me encara e lança um sorriso.
Fomos até a saída da escola juntos e pude perceber algo diferente... meu pai parado em frente ao carro vermelho da foto.
Dou um pulo e puxo Eli pra dentro de volta antes que ele pudesse nos ver.
- O qu...
- Meu pai! - falo e ele me olha.- não me leve a mal. Eu preciso ir agora.
- Tudo bem então. Eu também já vou indo, minha mãe deve estar me esperando. - diz o garoto. - pode ir na frente. - o beijo.
- Tchau. - saio e vou em direção ao meu pai que logo me vê.
Corro e o abraço.
- Olha, parece que alguém está de bom humor hoje. - nos afastamos.
- Pois é. - sorrio.
- Espero que não se importe por eu ter vindo com o seu novo carro. Mas eu trouxe pra você. O que achou? - ando em volta do veículo avermelhado.
- Tá brincando? É perfeito. - o encaro. - obrigada pai.
- Vai lá, é todo seu. - ele diz sorrindo pra mim. Sorrio empolgada e entro no veículo jogando a mochila para os bancos de trás. Meu pai entra no passageiro e se aconchega.
- Vamos dar uma volta antes de ir pra casa. - digo.
- Tudo bem, onde você quiser ir. - sorrio.
- Tá. Só um minuto. - pego meu celular no bolso da calça e mando uma mensagem para Lindsey dizendo que não me esperasse.
- É a sua amiga? - pergunta meu pai.
- É sim, ela que me deu carona esses dias. - explico.
- Ela deve ser legal né?
- É. Ela é sim, meio maluca mas uma maluca legal. - ele sorri.
Dou partida no meu novo carro e saio do estacionamento da escola.
{•••}

Já estávamos em casa e havia acabado de entrar no banho.
Dirigi por algum tempo pela cidade.
Passamos em alguns lugares para termos uns momentos juntos de pai e filha.
Tomamos um milkshake e conversamos, sorrimos e brincamos. Foi memorável apesar de estarmos um pouco longe um do outro ultimamente.
Sem falar que ele me deu uma leve bronca como continuação da nossa conversa do outro dia.
Termino meu banho calmo e tranquilo.
Dei um trato no cabelo com meu hidratante de misturas favorito deixando os fios macios e com um cheirinho de morango.
Me seco e procuro uma roupa para vestir.
Um vestido casual curto da cor azul com as mangas curtas deixando os ombros à mostra.
Solto os cabelos e os deixo secar naturalmente.
Ouço meu celular tocar e vou até minha penteadeira onde o deixei. Fixo os olhos na tela e logo atendo com um sorriso no rosto.
- Não me diga que já estava com saudades. - digo sorrindente me jogando de costas em cima da cama.
- Na verdade isso eu tenho a todo momento. - diz o garoto do outro lado da linha. - eu queria ouvir sua voz de novo. - sorrio.
- Fala logo, você não ligou só pra isso. - falo na brincadeira.
- Tá bom. Seu pai desconfiou de algo?
- Não. - respondo um pouco entristecida. - você não ficou mal, né?
- Por que eu ficaria?
- Talvez por pensar que eu fiquei com vergonha de você? - ele sorri.
- Não pensaria assim de você. Você só não quer apressar as coisas, isso... É normal. Eu também não disse nada pra ninguém ainda. - por que fiquei um pouco ofendida com isso? Talvez porque... estou realmente gostando desse garoto.
- Filha, hora de jan... - diz meu pai entrando no quarto - me desculpe. - ele diz se retirando do quarto.
- Não, tudo bem, eu já tô descendo. - digo antes dele fechar a porta completamente.
- Eu estou atrapalhando? - Eli me chama a atenção do outro lado.
- Não, claro que não, mas agora eu tenho que ir. - digo.
- Tudo bem, beijo. - sorrio.
- Beijo. - desligo a chamada e jogo o celular na cama.
Quando estou pra sair do quarto, meu celular toca novamente.
Sorrio e volto para atender sem mesmo olhar quem era...
- Ama mesmo minha voz, não é mesmo? - falo após levar o celular até meu ouvido.
- Sim, saudades dela por isso eu liguei. - desfaço o sorriso surpresa ao ouvir aquela voz novamente...
- Jersey...?
{•••}

You are mine - Eli Moskowitz Onde histórias criam vida. Descubra agora