Billie
— Eu estou esperando por você. Aonde você está? Billie, estou com medo. — Meu subconsciente gritava com a voz da Anastácia.
Abri meus olhos lentamente sentido uma dor insuportável nas pernas, meus braços estavam abertos amarrados em correntes, mexi minha cabeça de um lado para o outro lentamente, grunhir de dor, estava ajoelhada no chão o que dificultava tudo, puxei todo o ar que conseguia para os meus pulmões, depois soltando aos poucos, olhei para os lado, não via nada, apenas escuridão. Forcei minha visão para o centro daquele galpão escuro aonde tinha uma luz que iluminava alguém sentado com as mãos amarradas atrás da cadeira, mesmo forçando, não conseguia enxergar direito quem era. Não lembrando que estava com as mãos acorrentadas, tentei levantar fazendo as correntes fazerem um barulho alto, acoando pelo galpão, rapidamente parei ao ver que era uma mulher que estava amarrada naquela cadeira, congelei na hora, meu coração acelerou, quando percebi quem era pelo enorme cabelo castanho.
Anastácia?
Senti uma pontada forte no meu peito direito, escutei seus choros baixos, sentia na obrigação de sair dessas correntes e correr até ela, meus pulsos já estavam marcados e doloridos de tanto puxar meus braços, não importava o quanto eles ficaram machucados, só quero tirar ela desse lugar. Comecei ficar aflita só em saber o que poderia acontecer com Anastácia dentro desse galpão.
— Ana? — Minha voz acoou pelo galpão fazendo ela parar de chorar rapidamente, notei com sua suas mãos sangrava.
— Billie? — Sua voz saiu trêmula, um sentimento de culpa instalou dentro de mim, respirou fundo, seus choros se tornaram altos e aflitos. — Billie, eu tô com medo. Me tira daqui, por favor.
— Vou tirar você daqui sim, meu amor. Você vai ver. Só fica quieta e vai dá tudo certo, não faça barulho. — Falei, encerando ela de costas.
— Ele me machucou, Bill. Eu tô com medo. Ele arrancou todas as minhas unhas da minha mão direita. — Disse chorosa, minhas mãos se fecharam se tornando punhos, meu maxilar trincou, a raiva invadiu o espaço vazio dentro de mim.
— Eu tô aqui. Vai ficar tudo bem. Eu prometo. — Digo, tentando acalmá-la, mas na verdade eu tava morrendo de raiva por dentro, fechei com tanta força minhas mãos que as unhas entrou dentro da carne causando uma dor, mas era suportável.
— Billie, aonde você está? — Perguntou baixo chorosa.
— Eu estou atrás de você. Estou vendo você, meu amor. — Meu rosto só havia preocupação, rocei meus lábios um no outro, respirei fundo tentando me controlar.
Tudo estava silencioso, não tirava os meus olhos da Anastácia por nada, tentava achar algum meio de sair daqui, preciso tirar o mais rápido Anastácia de perto do Carter. Carter sabe de tudo sobre Ana, o que deixava as coisas mais complicada, só queria que isso tudo acabasse, estou entre a cruz e a espada, não tenho saída, não posso fazer nada acorrentada, nós duas estamos vulnerável, minha vontade era gritar, muitas sensações horrível pairou sobre mim. Meu medo era Carter usar Anastácia para me machucar de alguma forma, espero que isso não aconteça, porque eu não aguentaria. Não posso perder minha garota.
Não imagino meu futuro sem ela. Minha vida sem ela.
Desde que a vi pela primeira vez, percebi que era diferente, seu jeito, a maneira que olhava para mim, seu comportamento, como me afrontava, teimosa, suas atitudes. Mesmo sabendo o perigo das situações sempre tentava fugir, seu medo era o que me alimentava, jurava que era coisa da minha cabeça. Se eu olhar para o lado vejo seus olhos castanhos claros, vejo seu rosto em todos os lugares, deixo de ir para os lugares para ficar com ela, ou de quantas vezes apressei tudo para chegar naquela casa e encontra a garota dos olhos perfeito. Estava completamente apaixonada por Anastácia, era a mulher que eu quero para minha vida, a mãe dos meus filhos, minha amante da noite.
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The Prisoner |G!P|
FanfictionPelos erros dos outros, você é condenada a viver o próprio inferno. E o próprio demônio não é como diziam ser. Anastácia, uma garota de poucos amigos, perdeu a mãe quando era apenas uma criança, teve uma adolescência conturbada, criada pelo pai que...