White Flag

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“A V I S O: escutem com a música White Flag - Bishop Briggs. Não sei se vocês perceberam, mas cada capítulo tem uma música.”

Abro os meus olhos devagar tentando me acostumar com a claridade que vinha da sacada aberta, passo a mão no cabelo alinhando os fios, me espreguiço na cama, senti um peso na minha cintura, levanto o lençol vendo o braço de Billie arrodeado em minha cintura, olhei pro lado notando que Billie estava de baixo dos lençóis, seu rosto sereno e inchado estava perto dos meus seios, a mesma dormia tranquilamente, sua perna direita estava em cima da minha, suspirei baixinho olhando o quarto de Billie, que era enorme, diferente de todos que tinha aqui, era todo branco, exceto uma que era cinza, tinha espelho por todo o lado, duas portas que deduzi ser uma do banheiro e uma do closet, de frente da cama tinha uma televisão enorme na parede.

Tentei sair dos aperto de Billie, era impossível, já que parecia está petrificada, ela começou a resmungar baixinho me puxando por completo, colando nossos corpos, minha bunda bateu no quadril dela, arregalei os olhos quando senti algo me catucar por trás, virei com cuidado para encará-la, ela ainda dormia, sua boca estava levemente inchada, suas mão apertaram minha cintura, coloquei minha mão sobe as suas tirando as mesma de cima, encarei de novo Billie, mas logo me assustei com ela me encarando.

— Acho que dormir demais. — Diz se levantando, indo até a mesinha pegando um elástico preto, suas mãos foram até o seu cabelo fazendo um rabo de cavalo frouxo.

— Na verdade não, ainda tá cedo — Falo apontando para o relógio em cima da mesinha que marcava 6h17 da manhã. — Queria dormir mais um pouco, assim eu não preciso olhar pras parede daquele quarto ou procurar algo pra me distrair nessa casa, já que a dona não deixa eu sair da casa até o jardim.

— Você sabe o motivo, Peterson. — Diz seria, com os braços cruzado.

— Sim, eu sei. Você é insegura, Eilish.

— Você quer dizer que insegurança e falsas promessa são as mesma coisa? — Diz Billie, ela me encarou e começou a gargalhar. — Isso só pode ser uma piada. Como você é engraçada, Peterson. Tenho os meus motivos para não deixá-la ir até o jardim, caso eu esteja lá, você pode ir.

— De qualquer jeito eu vou sair daqui um dia e você não poderá fazer nada. Meu pai vai arrumar um jeito, eu sei que vai. — Digo convencida, da maneira que Billie olhou pra mim comecei a duvidar um pouco.

— Bom. Espero que você esteja certa. — Diz entrando dentro do banheiro, escutei a porta sendo trancada.

Vou para o quarto, onde eu tenho ficado. Tomo um banho, faço minhas higiene, arrumo meu cabelo em uma trança, visto um vestido de seda claro. Saio do closet pegando o mesmo livro que eu tenho lido, sento na poltrona ao lado da cama um pouco desajeitada, dou uma folheada na página do livro até ver a porta sendo aberta cuidadosamente por uma senhora que aparentava ter cinquenta anos.

— Desculpe. Não sabia que estava aqui. — Diz saindo, mas eu corro até a porta impedido de ela dá mais um passo pra frente.

— Não. Não precisa se desculpar. — Digo ainda com a mão em seu ombro, a mesma dá um sorriso e eu retribuir.

— Não vou demorar. Eu prometo, senhora. — Diz pegando os produtos de limpeza, ajudo a pegar, mas sou impedida imediatamente.

— Deixa que eu faço. — Diz curta e seria.

— Eu só queria ajudar.

— Obrigada pela atitude. Não precisa, eu faço isso sozinha. — Fala passando o lustra móveis na cômoda.

— Está atrapalhando a Maria, Anastácia? — Levo um susto com Billie atrás de mim, coloco a mão no meu peito, tentando regular as batida.

— Queria ajudá-la.

The Prisoner |G!P|Onde histórias criam vida. Descubra agora