Fix You

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Já se fazia duas semanas que eu estava trancada nesse quarto, sem direito a nada, apenas uma água dada no final do dia pela empregada que lamentava pelo meu estado crítico. Duas semanas sem ver a Billie, ou outra pessoa. Me mantinha na mesma posição por duas semanas, porque meu corpo estava inchado e dolorido, qualquer movimento eu chorava de dor, as vezes eu vomitava sangue, até a empregada já reclamou pelo mal cheiro do quarto, meu corpo ainda não superou dos arremessos da barra de ferro, não conseguia fazer nada, nem urinar eu conseguia, as roupas que vestia estava suja de sangue. As vezes eu tinha alucinações, podia jurar que vi minha mãe acariciando meu cabelo, fechei meus olhos por alguns segundos, tentando criar coragem pra me soltar das correntes, mesmo estando muito fraca. Me sentei na cama com muita dificuldade, girei o meu pulso diversas vezes, até conseguir, fiquei no máximo cinco minutos girando, cair da cama de mal jeito, me contorcia de dor no chão, enquanto gritava de dor, mas não era alto por falta de força, nem conseguia falar direito, rastejei até a porta e bati três vezes, abaixei minha cabeça com os olhos marejados pela dor enorme que sentia, meu corpo pedia socorro.

— Me ajude, por favor. — Implorei chorando, fiquei com a boca entreaberta por falta de ar, eu respirava aquela poeira do chão.

Nesse momento eu preferia morrer, não é como se fosse algo difícil para mim, eu corria risco de uma infecção, tinha certeza de quando melhorasse eu queria distância de Billie, o máximo que puder, sua presença não me fazia bem. Agora veio em meus pensamentos “E se você estiver grávida dela?”, depois que eu passei dúvido que ainda eu esteja grávida, é difícil de acreditar, eu sei. Mas se eu realmente estivesse e Daisy o matou, eu juro que mato ela, tô nem aí pra o que Billie vai fazer comigo depois. Essa criança não tem culpa pelos atos de seus pais, é uma vida, mas eu sinto que ela não está mais comigo.

Isso é horrível, meu Deus.

A porta foi aberta depois de uma hora, agradeci a Deus, senti alguém tocar minhas costas gentilmente, fazendo eu chorar mais ainda, essa pessoa me virou revelando a garota loira a minha frente espantada. Zoe rapidamente se agachou e me puxou para o seus braços, ela se tremia, fechei meus olhos, posso dizer que, finalmente alguém vai me ajudar, sorrir voluntariamente, mais acabei chorando, ela beijou o topo da minha cabeça, suas mãos tremia sem parar.

— Meu Deus, Ana! Quem fez isso com você? — Perguntou trêmula, seus braços me apertaram mais ainda contra o seu corpo.

— Por favor, me ajuda. Nunca te pedi nada. Estou dolorida, minha barriga dói. — Minha voz saiu baixa, quase não saia.

— Vou ajudar você sim, meu amor — Disse olhando pra frente. — HARRY! HARRY, POR FAVOR!

Ela gritou sem parar, até Harry aparecer, quando nós viu, seu celular caiu no chão com o espanto, seus olhos pairaram em mim, rapidamente ele correu até a gente, sua mão tocou meu rosto com cuidado, sem delonga, Harry me pegou no colo, Zoe segurava minha mão, seu polegar acariciava carinhosamente, ela tentava me conforta, ela beijou minha testa. Quando chegamos na área da piscina que estava cheia de gente, todos pararam o que estava fazendo para nos encarar, Matt aproximou de nós com olhar de preocupação, seu polegar acariciou minha bochecha, Billie apareceu no nosso campo de visão, seus olhos buscavam pelos meus urgente, pela primeira vez vi seu rosto demonstrar preocupação? Apertei com força a camiseta de Harry, Daisy apareceu de biquíni com um copo de whisky nas mãos. Zoe olhou pra mim como se estivesse perguntando o óbvio, assenti devagar, ela rapidamente andou na direção de Daisy.

— É boa pra bater em alguém que não tem condições pra se defender, né sua cachorra sarnenta — Disse Zoe, alterada, ela empurrou com força a Daisy pra trás, suas mãos agarraram o cabelo de mulher com força. — Se a Billie não der um fim em você, eu nunca mais olho na cara dela.

The Prisoner |G!P|Onde histórias criam vida. Descubra agora