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                     Flashback On

— Mamãe, estou com medo. E se estiver um bicho papão debaixo da minha cama, o que eu faço? — Me escondi debaixo das cobertas, sentia medo cada vez que pensava que teria que voltar para o meu quarto.

— Enfrente, querida. Não tem nenhum bicho papão, seu pai inventou isso, amor. — Diz me pegando no colo, meu corpo subia e descia a cada passo que minha mãe dava, abracei seu pescoço, encostando minha cabeça no seu peito.

— Não é verdade, mamãe, existe sim, eu vi na tv.

— Acontece que na vida real não existe bicho papão, só aqueles que querem ser. Aqueles que amam perturbar alguém, ou machucá-la, mas eu não irei deixar alguém fazer isso com você. — Suas mão acariciava meus cabelos, seus olhos brilhavam com a baixa iluminação do quarto, sua boca se curvou em um sorriso.

— Papai também disse que promessas nem sempre são cumpridas.

— Seu pai fala de mais, querida — Deu um beijo em minha testa, vi ela se levantar da beirada da cama, indo até a porta do quarto. — Minhas promessas não irei quebrar, meu anjinho, vai ter vezes que não irei cumprir, mas outra pessoa irá fazer o favor de cumpri-lá.

— Boa noite, mamãe. — Falo jogando um beijinho no ar.

— Boa noite, Anastácia. — Ela desligou o abajur, e saiu do quarto fechando a porta.

                      Flashback Off

MÃE, NÃO ME DEIXE. — Me levantei da cama assutada, meu peito subia e descia conforme minha respiração acelerada, eu suava frio, olhei para janela do quarto vendo que ainda era madrugada, passei a mão no cabelo tirando algumas mechas que estava colada em minha testa.

Respirei fundo várias vezes, tentando controlar minha respiração, encarei a porta por um segundo, odiava ter medo no meio da madrugada, se eu ficar aqui, não irei conseguir dormir de novo, girei a maçaneta um pouco ansiosa, olhei o corredor escuro, as vezes sentia medo, dava calafrios só de imaginar andar no meio da noite aqui. A porta do quarto de Billie estava encostada, mais pra aberta, olhei prós lados, depois pro meus pés descalço, encostei minha mão na maçaneta fria da porta, abri um pouco mais, vendo Billie deitada na cama, seus cabelos jogado no travesseiro, seu corpo estava coberto só a parte de baixo com edredom, fazendo seu sutiã ficar amostra, seu rosto tava sereno, sua boca inchada avermelhada, me tremi de frio, então, dei passos vagarosamente até a ponta da sua cama, toquei seu ombro, vendo a mesma se mexer.

— Billie — Falo baixinho, agachei ficando na altura do seu rosto, sem perceber passei minha no seu rosto sereno, toquei seus lábios com meus dedos. — Por favor, acorde.

" Não se apaixone, Anastácia. "

— O que faz aqui, Anastácia? — Me assustei com sua voz sonolenta, ela ainda estava de olhos fechados, tirei minha mão do seu ombro.

— Posso dormir aqui? Prometo que vou ficar quieta. — Digo baixinho, olhei pro seu rosto percebendo que ela me encarava, desviei meu olhar dos dela.

— Pode.

Foi a única coisa que saiu do seus lábios, me levantei andando até o outro lado cama, deitei de costas pra ela, cobrir meu corpo sentindo o alívio de não sentir o vento gelado. Fiquei alguns minutos de olhos fechados tentando dormir de vez, mas eu sentia falta de algo.

— Billie, você está acordada?

— Sim, por que? — Responde sonolenta.

— Me abraça — Fiquei um pouco ansiosa, era a única coisa que me faziam dormir, depois de uma lembrança passada, precisava de um abraço mesmo sendo de alguém que eu menos queria. — Por favor.

Se passaram cinco minutos, e nada dela, acabei desistindo, afundei minha cabeça no travesseiro, fechei meus olhos com força, eu estava preste a cair no sono, quando o braço de Billie envolveu minha cintura, me puxando para perto do seu corpo, me arrepiei com seus toques sútil, seu rosto ficou na curvatura do meu pescoço, seus seios estava encostado em minha costa. Me aconcheguei em seus braços, finalmente conseguindo dormir.

[...]

Acordei com a luz batendo na minha cara, joguei o edredom na minha cara sem perceber que eu estava agarrada no corpo de Billie, a mesma estava com o seu braço debaixo da minha cabeça, enquanto sua mão estava no meu cabelo, seu outro braço estava na minha cintura, a levantei um pouco minha cabeça vendo que ainda dormia, o relógio marcava 07hrs da manhã em ponto, botei minha mão em cima deu braço, fechei meus olhos sentido sua respiração bater na minha testa.

Se eu tentasse sair do seus braços, com certeza ela acordaria, fiquei o máximo petrificada na mesma posição, até sua boca encostar na minha testa, e sua mão aperta minha cintura, fazendo eu arrepiar, eu não queria encarar seus seios fartos na minha frente, levantei mais uma vez minha cabeça tendo a surpresa de seus lábios ficarem encostado nos meus, fechei meus olhos, com vários pensamentos rondando em minha cabeça, não poderia me apaixonar por ela, as vezes era legal comigo, mas mesmo assim eu tinha medo. Sou tirada dos meus pensamentos, quando Billie mordeu meu lábio inferior, abro meus olhos vendo a imensidão azul me encarando.

— É melhor eu ir. — Falo saindo dos seus braços, rapidamente andei até a porta atordoada pela rapidez.

— Sua amiga não está morta. — Engulo o seco, meus dedos ainda estava encostado na maçaneta, me virei pra encara-lá, vendo que ela estava sentada na beirada da cama.

— Está mentindo. — Olhei prós lados sem acreditar, meus olhos encheram de lágrimas, me aproximei dela, ficando em sua frente, me agachei ficando numa altura considerável pra encarar seu rosto.

— Por que eu estaria mentindo? Charlotte estar na casa dela, dormindo provavelmente. Matt está de olho nela. — Disse dando de ombro.

Numa agilidade que eu mesma desconhecia, abracei Billie, a mesma demorou pra reagir, dei um beijo na sua bochecha, me afastei dela vendo um sorriso de lado em seus lábios.

Depois do meu banho demorado, me vestir com um blusão preto, apenas usava uma calcinha pequena, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo frouxo. Abri a porta do quarto me esbarrando com a Billie que estava apressada, ela me segurou firme pela cintura pra não cair, minhas mãos apertavam forte os seus braços.

— Foi mal. — Falo soltando os seus braços.

— Sem problema. Aliás, quem esbarrou primeiro foi eu. — Disse jogando o cabelo pra trás.

— Por que tanta pressa?

— Tenho que resolver alguns assuntos. — Seus olhos pairaram em meu corpo, a mesma deu um sorriso de lado. — Se não estivesse tão ocupada, eu poderia arrancar alguns gemidos seus hoje. — Abaixei a cabeça envergonhada, minhas bochechas começaram a queimar.

— Isso é tão errado, Eilish. Sou apenas uma garota mantida na casa da minha sequestradora. — Falei baixinho, sentido minha intimidade queimar, mordi o lábio inferior com força.

— O errado é mais gostoso, concorda? — Diz brincalhona, deixei escapar umas risadas, ela se aproximou de mim, encostando seu boca na minha orelha, enquanto sua mão direita aperta minha cintura. — Você nunca reclamou sobre sua primeira vez, então, podemos repetir a dose — Ela me puxou pra mais perto, colando nossos corpos. — Vou foder você ainda hoje.

Apertei sua cintura com força, fechei meus olhos aproveitando sua boca em meu pescoço, ela deu um beijo na minha mandíbula e saiu.

Pequeno capítulo pra vocês ^^ Estou trabalhando em outras fanfic, que serão postada quando essa acabar ❤️

The Prisoner |G!P|Onde histórias criam vida. Descubra agora