Garotas unidas e a fiscalização

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- Para de me bater sua  idiota - Nath se debatia no chão  tentando se livrar da Bourgeois, mas a loira estava determinada  em dá  uma lição  no ruivinho.

Eu queria tirar Chloe de cima do Nathaniel, mas naquele  momento  ele merecia saber pra quê  enormes umas  de vidro serviam. A loira se mantinha  em cima dele, acertando  tapas  na sua face com tanta força  que  pude ver uma de suas unhas voar pelo piso do corredor.

- Isso seu idiota - acertou outro tapa - É  pra você  aprender  o quê  é  a porra  de um não. E isso - outro tapa ecoou - É  pela  minha unha.

Vi ela  se levantar e ajeitar o cabelo como se algum vento forte o tivesse   bagunça. Depois de está  impecável  novamente, ela veio em minha direção  com um olhar tão  preocupado  que naquele instante  me fez sentir acolhida e segura.

- Você  duas vão  me pagar - Nathaniel  gritou quando finalmente  se colocou de pé - Principalmente  você - apontou pra mim, deixando toda a sua fúria evidente  quando direcionou  seu olhar para o meu rosto.

- Se você  estiver  aqui ainda garoto, porque saiba que eu vou usar todo o poder que minha família  tem pra que nunca mais você  pise nessa escola - Chloe parou do meu lado, colocando um dos seus braços em volta do meu ombro.

- Obrigada - murmurei, sem conseguir  dizer algo descente. Só  conseguia agradecer.

- Por nada, nós  garotas temos que nos unir  para que menos deles existam - fez um sinal com o queixo  no caminho que Nathaniel tinha seguido - Agora se não  se importa, tenho que  ir dá  um jeito nessa unha, porque ela tá  ridícula.

Sorri do jeito que  ela falou, acho que  pintei mal a Barbie  da escola. Ela podia ser mimada, mas tinha  suas qualidades. Com um último  aceno me despedi dela e caminhei  o mais depressa  até  o meu quarto.  Precisava de um banho para me limpar das mãos  nojentas  daquele moleque  podre e depois fazer o quê  Chloe tinha dito, usar todo o meu dinheiro ao meu favor.

François-Dupont era uma escola de filhos de poderosos e acima de tudo, era mandada  por dinheiro. E isso a família  de Nathaniel  Kirtzberg tinha de sobra, era evidente  pelas doações  generosas que a mãe  dele fazia nos eventos beneficentes da escola, quantidade essa que tinha boa parte desviada paras as mãos  do reitor.  E ele não  abriria mão  disso, não  se não  tivesse uma contia muito maior garantida.

- Aí  ruivinho, você  tá  ferradinho.

Depois de vestir meu uniforme  e  está  arrumada de forma  devida para uma aula de literatura pude sair do quarto.  Meu plano era ir até  o diretor  e contar tudo o que  tinha acontecido, mas meu caminho estava sendo bloqueado  por um garoto de um metro e oitenta  e  cinco. Respirei  profundamente  tentando desviar de Adrien, mas ele segurou minha mão.

- Tá  me evitando  por quê? - arqueou uma sobrancelha enquanto  cruzava os braços.

- Eu tenho mais o quê  fazer Agreste - revirei os  olhos. Adrien  era a última  pessoa que  eu  queria ver agora.

- Ah claro, tudo bem. Mas eu só  queria  saber por que você me beijou ? - desviei meu olhar rapidinho  para os meus pés  quando ele me recordou  de tal acontecido.

Minhas bochechas estavam quentes e eu tenho certeza que  também  estavam vermelhas. Tinha esquecido desse pequeno detalhe.

- Adrien... - minha fala  fora cortada pelo loiro me puxando para  dentro de um dos quartos - Que merda você  tá  fazendo ?

- Shiu Marinette. Tem uma fiscal no corredor, espero que  ela não  tenho nos visto - o loiro estava apreensivo e eu sabia o porque.

Ser pego  no bloco das garotas acarretaria em uma suspensão  de três  dias e isso era horrível pra alguém  que  queria tentar a vaga em uma  faculdade  de medicina. Por isso eu tentei fazer o mínimo  de  barulho possível.

- Dá  pra você  sair de perto de mim - cochichei para que apenas ele pudesse ouvir.

- Acho melhor entrarmos  no guarda roupa. Ela sempre as portas dos quartos - o loiro  não  esperou que eu respondesse e me arrastou para dentro do enorme armário  que tinha no quarto.

Tudo  que eu  precisava agora, ficar trancada com esse idiota. Olhei para os lados e tentei me manter o mais longe possível  do Agreste, mas era quase impossível  com o mínimo  espaço  que tinha aqui. Respirei profundamente,  aqui era escuro e apertado, o quê  fazia com que  aos poucos minhas  claustrofobia  fosse dando sinais. Mais outra lufada de ar fora puxada por mim.

- Ei eu tô aqui - Adrien colocou  as mãos  nos meus ombros.

- Não  tô  conseguindo  respirar direito - desabotoei alguns botões  da minha camisa e tirei a gravata. Parecia que  eu estava sendo sufocada.

- Marinette olha pra mim - o loiro colocou as duas mãos  no meu rosto. Fazendo movimentos  circulares  com os dedões.

- Adrien - murmurei, minha voz estava embargada. Eu queria muito chorar agora. Era apavorante  tá  aqui.

- Olha pra mim My Lady, vai ficar tudo bem - ele continuo fazendo os movimentos  com as mãos - Só  se concentra aqui, como daquela vez, certo ? - Assenti com a cabeça.

- Respira fundo - tentei fazer o quê  o Agreste disse, puxando uma boa quantidade  de ar - Agora expira bem devagar - Soltei o ar lentamente  pela boca.

Adrien abriu um largo sorriso antes de falar:

- Alguém  não  escovou os dentes hoje - eu tentei não  rir, porque ele sempre fazia isso, mas foi inevitável.

A gargalhada  escapou  sem que  eu pudesse ao menos tentar segura-la.

- Por que  você  sempre faz isso ? - perguntei entre risos.

- Porque sempre funciona. Agora vamos sair daqui, já  deu tempo dela sair - ele nos tirou do guarda roupa  e me guiou até  a porta, enquanto  tentava de forma desajeitada colocar minha gravata.

- Obrigada pelo ajudinha. Agora eu preciso ir - me preparei para dá  o fora, mas Adrien me deteve.

- Ainda precisamos conversar.

- Prometo que  conversamos, mas eu preciso resolver  uma coisa antes.

Não  esperei respostas  e sai o mais rápido  que pude daquele quarto. Eu precisava acertar umas coisas...

Obs: Ainda não  foi corrigido



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