Engasgada e famosa no Instagram

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Eu me levantei determinada a provar para todos que Marinette  Dupain Cheng  cumpre todos os desafios que lhe são  impostos, mesmo que  ele seja beijar a pessoa que  eu mais odeio no momento. 

Adrien ainda estava sentado, me olhando de forma desafiadora, o quê  apenas me encorajou ainda mais a ir até  ele.  Parei na frente do loiro, que se levantou com um sorrisinho travesso, ficando bem mais alto que eu quando se colocou de pé.  Respirei profundamente  e me inclinei nas pontas dos pés  para alcança-lo.

— Não  tem vinte e  quatro  horas  que você  está  aqui e já  não  consegue resistir a mim ? — Adrien arqueou uma sobrancelha, enquanto colocava sua mão  bem firme na minha cintura.

Percorri o olhar por todo o rosto do Agreste, ele ainda sorria o quê  o deixava com uma aparência  adorável, já  que  como um demônio  da sedução, o mesmo tinha duas covinhas que adornavam seu sorriso  perfeito. 

— Só  estou fazendo isso por causa de  um desafio — murmurei irritada, porque eu passei muito a querer aquilo depois de o ter tão  perto.

— Então  o faça — Adrien sussurrrou  bem próximo  a minha boca, fazendo seu hálito  quente entrar em contato com minha pele.

Sabe, a distancia era mínima, de milímetros e eu teria acabado  com ela, não  só  pelo o desafio, mas por todo o fogo que Adrien reacendeu em mim ao me provocar com sua voz rouca sussurrada, mas minha atitude foi evitada quando o grito da professora me trouxe de volta para a terra.

— O que vocês estão  fazendo ?! — a mulher alta de calos roxos  parecia cuspir fogo pelo o nariz.

Me afastei  rapidamente  do Agreste, fugindo de toda a Química  avassaladora  que parecia nos envolver.

— Eu me engasguei — falei a primeira coisa que me veio na cabeça.

Todo mundo da sala me olhou descrente, mordi o interior da bochecha, eu não  era nenhum pouco boa com desculpas.

— E pra isso o Agreste tinha que está  com a lingua quase dentro da sua boca ?! — ela cruzou os braços focando seus olhar raivoso em cima de mim.

Olhei para atrás  em busca de ajuda, não  queria ir para a reitoria de novo e o Adrien também  não  podia ir, não  ia ficar  legal para a bolsa que ele quer, não  que eu me importe com isso, eu só  não  queria ter que ir lá  de novo.

— E-eu… Digo, ele, ele  veio ver mais de perto o quê… O quê  tinha me feito engasgar! Isso! Foi isso — parecia que  eu  tinha contado  o fato mais verídico  da minha vida, me sentia orgulhosa  por ter pensado  nisso.

— Sei, dessa vez eu vou deixar passar, mas não  de graça — ela disse pausadamente — Quero que  os dois, todas as quintas, ajudem a bibliotecaria a arrumar as estante de livros.

— E o restante da turma, porque eu vi o quê  todos estavam fazendo, vão  arrumar o laboratório do segundo bloco, em todas as aulas de Química — e então ela se sentou triunfante, como se tivesse acabado  de nos entregar  a inquisição.

A essa altura, eu já  estava  desejando  a reitoria. Tenho certeza que dois termos era bem melhor que isso.

Toda a turma  voltou a se organizar  no seus devidos lugares. De novo eu me encontrava do  lado do Agreste, respirei profundamente, essa era a última  aula, eu conseguia passar 50 minutos sem surtar.

— Engasgada Marinette ? — Adrien me cutou, gargalhando.

Enterrei meu rosto no livro de Química, minha mente poluída  tinha conseguido deixar  isso mais constrangedor  do que parecia.

— Foi o quê me veio a mente — sussurrei de volta, depois de um tempo.

—É  ? E você  lembrou do quê  ? — puta que  pariu. Era agora que eu teria um treco.

Minhas bochechas esquentaram tanto ao ponto de arder. Eu não  responderia isso, minha mente trabalhava de forma ardilosa, me deixando  ainda mais constrangida.  Que droga! Tanta coisa pra falar  e eu mando uma dessa.

Passei o restante da aula sem dá  um piu, apenas copiando o quê  a professora  mandava e por incrível  que pareça, Adrien também  fez o mesmo. Desde o momento que  eu cheguei, que não  era muito, essa era primeira aula que eu conseguia assistir normalmente, sem direção, sem Agreste sendo Agreste.

— Liberados! Finalmente  as pragas destruidoras de paciência  vão  embora  — a professora  saiu praticamente marchando para fora da sala. Sorri, ela até  que  era legal.

Arrumei minhas coisas e segurei firme minha folhinha, agora era o momento que  eu  conheceria minhas colegas de quarto. As meninas com quem eu passaria boa parte da minha vida. Seguindo todas as instruções  eu saí  da sala, mas antes não  consegui evitar olhar para o loiro ao meu lado.

— Eu sei que  sou  lindo My Lady, não  precisa me olhar assim — ele tirou os fios dourados de cima dos olhos, os destacando ainda mais.

— Não  sou sua Lady — enfatisei a última  parte e saí. Rum!

A escola tinha suas regras e uma delas era que os dormitórios  eram separados  do dos meninos, para evitar que  ouvesse algum tipo  de interação intima de mais dos garotos com as garotas, então  seguindo o quê  o Agreste me disse enquanto apresentava a escola para mim, eu caminhei para o bloco "c". Meus olhos proucuravam uma porta com o número  quarenta e oito,  enquanto eu ia murmurando  os números  das portas.

— Quarenta  e oito! Graças a Deus —  com um último  suspiro eu abri a porta.

— Marinette! Que consciência — Alya veio toda empolgada na minha direção, franzi o cenho.

— Como chegou aqui primeiro que eu ? — falei adentrando o quarto.

Ele era enorme, realmente  tinha superado minhas expectativas. O dormitório  tinha dois andares, o de cima parecia ser apenas para os guarda-roupas e o de baixo para as camas e algo mais que o aluno quisesse adicionar. Cada cama parecia  está  decorada, uma tinha a temática  dos Vingadores e a outra toda cor de rosa com vários  ursinhos  de pelúcia  e a minha, bom, ainda não  tinha nada  além  da minha mala.

— Eu sei aonde é  meu quarto e sei atalhos — Alya deu de ombros.

— Oi, sou Marinette — ascenei para a menina de cabelos cor de rosa, que estava bastante concentrada  no seu celular.

— Sou Tikki e  sei quem é você, já  é   manchete no insta da escola — ela deslisou  o dedo pela tela do celular — Aqui, no primeiro dia de aula já  conseguiu derreter o coração do nerd mais cobiçado  da François- Dupont — leu e depois ela virou o celular pra mim.

Eu quis morrer quando vi a foto do Adrien e eu quase se beijando.

— Quem postou isso ?

— Foi eu — Alya se levantou da cama prevendo o quê  eu  iria fazer.

— EU VOU MATAR VOCÊ! — agarrei o travesseiro e saí  correndo atrás  da ruiva.

— Marinette  e Adrien se beijando em baixo de uma árvore — Tikki cantarolou. A olhei e arremessei o travesseiro nela.

— Agora é  você!

Enquanto corria  atrás  da Alya eu não  conseguia parar de imaginar o quanto hoje estava sendo bom, mesmo com todos os acontecimentos  quase catastróficos, o primeiro dia tinha começado  quase bem. Eu disse quase!

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