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Adrien Agreste


Ter Marinette tão  próxima  de mim foi como levar toda minha sanidade embora.  Eu não  tinha conseguido dormir esta noite, apenas imaginando  como seria vê-la hoje e isso me irritava, porque era como se eu tivesse perdido todo o meu auto-controle, em menos de um dia ela já  tinha  conseguido me trazer a tona. Respirei profundamente.

— Caralho Adrien. Tá  acabadão — Nino deu um murrinho  de leve no meu ombro, me trazendo de volta a realidade.

— Bom dia pra  você  também  — respondi entre dentes. Meu humor hoje não  estava os do melhores.

— Calma que  não fui eu quem comeu  a carne  do teu espeto.

— Desculpa Nino, é  só  que  não  consegui dormir e tudo por culpa  dela — olhei para o outro lado do refeitório. Onde a azulada se encontrava sentada rodeada de garotas.

— É  só  você  falar a verdade mano, mas prefere  ficar com esse teu cu doce — Nino deu de ombros, como se fosse fácil  fazer o quê  ele falou.

— Você  não  conhece a Marinette, ela não  vai me perdoar sem fazer um jogo antes — falei, ainda com os olhos  presos na garota que tinha roubado minha noite de sono.

— Ela está  olhando pra cá — Nino sussurrou como se ela pudesse ouvir. Sorri, estava na hora de colocar o Agreste em ação.

— Bom, então  esta é  minha hora — tomei um pouco do  meu  café  que até  então tinha se mantido intocado sobre a mesa.

— O quê  você  vai fazer ?

— O melhor, ser eu.

Eu tentava manter minha postura intimidadora  enquanto andava em direção  ao  outro lado do refeitório, sendo perseguido pelo o olhar curioso de Marinette. Não queria sorrir, mas era inevitável  quando percebi que  ela tinha toda sua atenção  focada em mim. Não  era difícil  decifrar a Dupain-Cheng, apesar de tentar esconder  seu interesse em mim,  ela não  conseguia controlar seus impulsos. Ó, eu ainda a conhecia tão  bem.

— Bom dia garotas — falei, sorrindo descaradamente  para todas.

Vi quando a pequena garota revirou seus olhinhos e torceu o nariz pra mim.

— A quê  devemos a honra  de ter o garoto mais idiota de toda escola aqui na nossa mesa ? — disse, deixando toda sua raiva evidente.

As outras meninas me olharam curiosas, talvez por Marinette ter me insultado ou por eu simplesmente está  aqui. Porque de fato eu não  saia  da minha bolha, sempre fiquei do outro lado com o time de futebol.

— Não  gosta da minha presença  My Lady ? — dei a volta na mesa e me sentei ao seu lado.

— Perdi a fome — ela se levantou, exatamente  o quê  eu  queria.

Assisti ela sair e caminhar  para o jardim, onde não  tinha ninguém. Me despedi rapidamente  de todos da mesa e fui até  ela.

— O que  você  quer Adrien ? — a azulada colocou as duas mãos  na cintura, agora me olhando nos fundo dos olhos.

Respirei profundamente, ela estava jogando, porque ela também  me conhecia e sabia minhas fraquezas. Droga.

— Me diz você — respondi lentamente, dando um olhar significativo  pra ela.

Marinette  olhou para os lados como se proucurasse alguém  e então  deu um passo na minha direção.

— Eu não  quero nada Agreste, não  de você.

Também  dei um passo a frente, eu só  precisava instiga-la.

— Certeza ? O jeito que  estava me olhando lá  no refeitório  parecia  dizer algo totalmente  diferente — assisti sua expressão  mudar drasticamente. As suas bochechas agora estavam escarlates — Achou que  eu não  tinha percebido ?

Dei mais um passo e me senti confortável  para me aproximar  mais um pouco quando ela não  se afastou.

— Eu sei o quê  você  está  fazendo Adrien — disse colocando uma de suas mãos  sobre meu peito, me fazendo parar.

A distância  entre  nós  dois era de um palmo e eu precisava usar do meu auto-controle  para não  fazer nada que eu fosse me arrepender  depois. E provocar  a Dupain Cheng  era interessante, ainda mais quando eu  sabia que  ela teria que passar por cima de todo  o seu orgulho  para ceder aos seus desejos.

— Sabe que  é  só  me mandar sair — comentei.

Marinette tombou a cabeça  para o lado como se pensasse e então  ela me olhou, seu olhar totalmente  diferente de anteriormente. Suspirei, eu precisava me controlar. Usando todas as minhas forças  eu aproximei meu rosto do dela, deixando que  nossas respirações  se misturassem. Vi quando  ela puxou o ar ainda mais forte pela boca, deixando-a entreaberta, como se esperasse por algo a mais. Sorri.

— Eu não  vou fazer nada, não  até  você  pedir — murmurei e sem conseguir me conter, desviei da sua boca e deixei um beijo casto na sua testa.

Me afastei antes  que fizesse outra  coisa  e saí. Sabia que  tinha conseguido  instiga-la, que finalmente  tinha feito o quê  ela queria. 

— Idiota — escutei, mesmo um pouco  distante.

Apesar de parecer controlado, a verdade é  que  cada parte minha desejava dizer a verdade a Marinette e resolver  as coisas, sem a merda de jogos, sem fingir que ela não  me afeta desde o momento  que  pisou aqui.  Mas claro que  isso não  a atrairia, porque ela adora isso, se  vingar, ainda mais quando sabe que  não  é a errada da história e se eu a quisesse de volta, precisava entrar no seu joguinho.

— Então  você  quer brincar, não  é  ? — ela me parou.

— Eu ? — me fingi de desentendido.

— Olha Agreste, você  sabe o que  fez, espero que  saiba lidar com as consequências.

— Que os jogos comecem então  Baby.

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