PRÓLOGO

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Pennelope Wendy Barnett Giordano
Alguns anos antes.

Esgueirando pela parede lateral da casa velha, tento ao máximo controlar a vontade de colocar todo o meu plano de me vingar silenciosamente a perder e gritar ao mundo inteiro o que vim fazer, anunciar o que esses covardes tiveram coragem de fazer e o porquê merecem o destino que está prestes a bater em suas portas.

Meus olhos são puxados para o lugar onde tatuei dez pequenas caveiras, nove delas com um X vermelho, mostrando-me o quão bem sucedido é o meu plano de não fazer alarde ao confrontar os assassinos da minha mãe.

Há poucos meses minha mãe estava levando Renner, meu irmão, para dar um passeio. Era uma simples caminhada em volta da nossa enorme propriedade, porque aquilo o acalmava nos dias que seja lá por qual motivo aquele bebê estava estressado. Não preciso dizer que justo naquela tarde ele estava mais agitado que o normal, chorava, gritava, esperneava ao ponto de ficar roxo, era desesperador vê-lo daquele jeito e minha mãe, para acalmá-lo, resolveu dar uma volta, tentando fazê-lo dormir antes de papai voltar da BM TIGER, empresa de segurança que abriu com seus amigos de infância.

Geralmente esses passeios eram feitos com os seguranças da nossa família, homens enormes vestidos de terno escuro e com cara de poucos amigos, ninguém mexia com a família dos donos da BM TIGER, o país inteiro conhecia a empresa, somos famosos pela eficácia em proteger aqueles que pagam por nossos serviços e se vingar de quem ousa tentar atingir tanto os clientes como nosso ciclo de amigos e família, até então ninguém tinha tido coragem ou burrice o suficiente para isso, afinal se para os clientes a segurança era impecável, para a família dos donos seria mil vezes mais, não é mesmo?

Essa teoria está certa e errada.

Meu pai e seus amigos/sócios estavam tão acostumados em serem os melhores e ninguém conseguir furar a nossa segurança que não perceberam um ataque se formar debaixo dos seus olhos, um dos seguranças pessoais da minha mãe tinha sido corrompido pela família Bernardi, como são chamados os donos de uma empresa que tenta concorrer com a BM TIGER. A Dispy era composta por dez cabeças de homens poderosos de várias partes do país, mas eles não só eram uma empresa de segurança como também são líderes de uma rede de tráfico humano.

Acho que vocês já entenderam a origem da tatuagem em meu braço das dez caveiras, não é? Mas mesmo assim vou explicar tudo o que aconteceu para que entendam porque estou prestes a acabar com a vida da última pessoa da minha lista.

Como sempre fazia, minha mãe pisou na rua com seus cinco seguranças fazendo uma roda em torno dela, atentos a cada pessoa passando pelo local afim de protege-la com suas vidas caso fosse necessário, continuaram assim durante todos os minutos em que andavam em torno da propriedade, mas quando chegaram atrás da casa, onde estava pouco iluminado devido a um poste de luz queimado e Kenny, o segurança corrompido se colocou em ação, tirou a arma do coldre disfarçadamente e disparou na nuca da minha mãe, matando-a no mesmo instante.

Graças ao treinamento pesado de todos os seguranças o filho da puta não foi longe, no instante que minha mãe caiu no chão, o corpo dele também estava do mesmo jeito.

Inerte, frio, sem vida alguma.

Kenny já sabia que não iria sair dessa com vida e apesar de ter o mesmo treinamento que os outros, o traidor estava em desvantagem em questão de número e contados dez passos do corpo da minha mãe o dele foi deixado no chão em cima de uma poça do seu próprio sangue.

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