CAPÍTULO OITO

141 28 46
                                    

Lorenzo Ferrara D’Angelo

     — Vamos nos separar. — Aviso quando as luzes principais se apagam e o tom avermelhado do alerta tomam conta de todo o lugar junto com o barulho insistente do alarme. — São cinco andares. — Falo olhando o painel do elevador.

O zero é o que estamos e aparentemente aqui é lugar das operações, onde ela trabalha, então os interrogatórios provavelmente ficavam nos outros quatro.

     — Somos em três, temos quatro abaixo desse para olhar. — Aciono o andar A, B e C. — Brian você sai no A, Trant no B e eu no C, se não acharmos nada, nos encontramos no D.

     — Isso se não formos pegos. — Brian resmunga saindo do elevador rapidamente assim que as portas se abrem revelando um corredor escuro. 
Sorri com a adrenalina tomando o ritmo do meu coração para si.

Ah, nós seriamos pegos... na verdade, já fomos e o que precisamos fazer agora é achar o maldito lugar que estão escondendo Zenny, o restante eu resolvo com Pennelope Giordano.

     — Achando Zenny, vocês saiam daqui com ele e inventem uma boa desculpa pra ele dar por ter ficado sumido. — Ordeno quando é a vez de Trant sair do elevador para mergulhar no andar tão escuro quanto o anterior.

Apesar de estar aqui unicamente com a intenção de liberar Zenny, eu precisava achar Pennelope e descobrir como ela conseguiu manter um lugar que mais parecia uma base secreta do exército nacional escondido de todo mundo.

Quer dizer, é Pennelope Giordano, ela não é conhecida por se envolver nos assuntos de negócios que o pai dela comanda, muito pelo contrário, até hoje para mim ela ainda era uma garota que suspirava pelos cantos por causa dos seus livros. Por isso nunca esteve na minha lista de pessoas a serem observadas de perto.

Talvez esse fosse o meu erro, Matteo Giordano era inteligente o suficiente para fazer todos acreditarem que só ele resolvia os negócios da sua família, deixando sua filha agir pelas sombras, sem ninguém observando nem sabendo dos seus passos.

Isso ou a inteligente era Pennelope, que consegue fazer o que quiser e não ser observada.

Pelo menos no nosso meio, ninguém sabe a respeito desse lugar e se sabe, mantém esse segredo guardado a sete chaves.

Quem está ajudando você, princesa?

Avanço pelo corredor mal iluminado com as luzes vermelhas dispostas no alto das paredes, iluminando muito pouco para quem não conhecia o lugar, mas mesmo com a pouca visibilidade do local, eu estava conseguindo avançar sem problemas.

Ao menos o barulho ensurdecedor das sirenes de antes tinha cessado, me deixando em um silencio mórbido.

Entro no corredor à minha direita e vejo uma silhueta feminina encostada na parede não muito distante de mim, um pé estava apoiado na parede em suas costas e o rosto estava inclinado para baixo enquanto olhava alguma coisa em sua unha.

Sorrio ao me aproximar enquanto tento entender se me sentia excitado ou intrigado com ela.

     — Estou indecisa sobre uma coisa. — Diz ainda olhando as unhas. — Você é burro ou arrogante? 
Meu sorriso se alargou ainda mais.

(LEIA O ÚLTIMO AVISO)Onde histórias criam vida. Descubra agora