*ATENÇÃO! ESTE CAPÍTULO PODE DESPERTAR GATILHOS EMOCIONAIS.*
LINDA GOULART
"Ele estava batendo na minha mãe mais uma vez. Não aguentava mais ver aquilo. Os dias naquela casa eram sempre sombrios. Ver minha mãe sofrer daquele jeito doía em meu peito e naquele instante juntei toda a força que tinha em meus pulmões e gritei:
— NÃO FAZ ISSO COM ELA!
O medo se fez presente quando ele me olhou com ódio. Foi aí que sua loucura aumentou e por mais que minha mãe tentasse me proteger era quase impossível isso acontecer, então corri para um cantinho próximo à geladeira e me sentei lá na vã tentativa de me esconder.
Ele pegou um cinto e veio em minha direção. Minha mãe entrou em sua frente e tentou o impedir, mas não adiantou... Vi o momento exato em que ele a empurrou com força e ela caiu batendo com a cabeça e ficando inconsciente. Ele se aproximou de mim, parecendo estar possuído. Pegou meu braço tão agressivamente que cheguei a pensar ter o deslocado, pois, a dor que senti naquele momento era insuportável. Quando ele levantou o cinto fechei meus olhos aguardando a dor que sentiria..."
— NÃO! — Acordei exasperada e toda suada.
— O que houve Linda? — Thaís ainda meio sonolenta me pergunta.
— Aconteceu de novo Thaís. — Digo e sinto as lágrimas descerem em minha face.
— Os pesadelos?
—Sim... — Sussurro.
Ela se aproxima e me abraça. Thaís sabia toda minha história inclusive do trauma que me perseguia já tinha alguns anos, e ultimamente os pesadelos se tornavam mais frequentes.
— Amiga, e se esses sonhos forem um aviso de que ele está próximo?
— Calma Linda. Deve ser apenas coisa do seu subconsciente.
— Assim espero. — Suspiro. Olho para o relógio e já são 6h da manhã. — Vou tomar um banho Thaís. Hoje começo a trabalhar naquela empresa e quero causar boa impressão no meu primeiro dia.
— Tudo bem amiga. Continuarei dormindo na sua cama. Mais tarde vou para minha casa. — Ela diz e vira para o lado se cobrindo com o cobertor.
— Quem tem a vida ganha é outro nível né? — Digo sorrindo e indo na direção do banheiro.
— Ah, amiga hoje é minha folga então posso dormir mais. — Diz num sussurro.
Tomo um banho frio. As imagens do pesadelo ainda presentes em minha memória fazendo minha pele se arrepiar. Eu tinha medo dele me encontrar, sei que ele não aceitou nossa fuga.
Olho no espelho e vejo as olheiras presentes em meu rosto. Respiro fundo e faço minha higiene bucal. Vou para o closet escolher uma roupa para o meu primeiro dia na AH Construções Civis. Essa era uma das maiores empresas de construções aqui do Rio, que por sorte consegui o emprego como secretária. Decido usar um vestido tubinho vermelho, amarro meus cabelos em um rabo de cavalo, coloco um scarpin preto e passo uma maquiagem básica. Me sentia apresentável para meu primeiro dia. Pego minha bolsa e vou em direção a porta aguardar o carro que acabara de pedir pelo aplicativo. Se tudo der certo em breve comprarei meu próprio veículo.
Chegando na empresa, observo todos os detalhes. No dia da entrevista foi tudo tão rápido que não consegui ver toda a beleza daquele lugar. Era um prédio enorme de mais ou menos uns vinte andares. Sua porta principal era daquelas giratórias e a recepção era algo de tirar o folego de tão linda, tinha vasos enormes com plantas magnificas, poltronas no saguão e o seu piso brilhava tanto que dava para ver o meu reflexo nele.
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De repente é amor (Reescrita)
RomanceLinda é uma mulher que enfrentou muitos obstáculos no passado, mas está determinada a construir um futuro melhor para si mesma. Com um novo emprego e a oportunidade de cursar faculdade, ela acredita que finalmente deixará seu passado para trás. No...